3 de outubro de 2009

Passe Livre Estudantil

Um dos encargos mais pesados e exorbitantes para um (a) chefe de família na sociedade capitalista é sem dúvidas o gasto com o transporte. Para uma família trabalhadora, no Brasil, chega a ser o segundo maior gasto no mês. Em contrapartida os capitalistas donos das empresas de transporte lucram absurdamente à custa de um serviço ruim. As grandes cidades sofrem com a caótica situação do transporte público e a juventude é principal afetada, pois são estes que constantemente necessitam se deslocar para a escola e para diversas outras atividades.


Em Salvador pode-se perceber o caos do transporte público e o número cada vez maior de veículos particulares, o que leva nos horários de pico a uma situação absurda de congestionamentos quilométricos. Isso reflete diretamente na qualidade de vida do cidadão soteropolitano, pois o ambiente fica poluído com tantos veículos eliminando gás carbônico além do caos sonoro de buzinas e motores. Uma solução a médio prazo não efetuada e então teremos uma cidade intransitável no período de cinco anos.
Em contrapartida o SETEPS realiza ajustes anuais sob o argumento da defasagem da tarifa do transporte público em Salvador, se comparada a outras cidades. Isso é no mínimo cínico! É inaceitável ver o senhor Horácio Brasil e sua corja dizer que o transporte público de Salvador não lhe rende divisas. Ora companheiros, o cálculo é bem simples, a nossa cidade tem pouco mais de 3 milhões de habitantes, onde 2 milhões se utilizam do transporte público para se deslocar para o trabalho, para as escolas, enfim para cumprir a sua rotina cotidiana. Então o SETEPS pode falar qualquer coisa, menos que não está lucrando em Salvador.

Para provar a mentira contada pelo SETEPS, é necessário propor ao conselho de transportes, sem nenhuma ilusão a este órgão, que aconselhe a prefeitura de Salvador a abrir novas licitações para o transporte público fixando um valor que corresponda ao valor do salário mínimo além de garantir o passe livre para todos os estudantes e desempregados. Sem dúvidas de que essa estratégia desnudará a falácia dos empresários que dirão sobre a impossibilidade de tal implementação dessas reivindicações. De nossa parte diremos, não temos nada com isso e queremos que seja assegurada a nossa reivindicação e o nosso direito.

Neste sentido, nós do coletivo O Estopim! defendemos o passe livre para estudantes e desempregados. Entendemos que o direito de ir e vir da juventude deve ser respeitado, e que os empresários de ônibus devem arcar, de agora em diante, com qualquer adversidade financeira na matéria prima do transporte e com qualquer ônus causado pelos reflexos da economia.

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