5 de julho de 2011

Testemunhas de crime da ditadura levam torturador Ustra à Justiça

Desta vez, neste segundo processo, ele tentou a mesma coisa – mas não conseguiu. O juiz da causa marcou para 27 de julho, às 14h30, no Fórum João Mendes, no centro de São Paulo, a audiência das testemunhas na ação movida pela família de Merlino, acusando Ustra de responsável pela morte sob tortura desse jornalista, em julho de 1971, nas dependências do DOI-Codi.

No mês em que se completam 40 anos deste assassinato serão ouvidas testemunhas que presenciaram a tortura e morte de Merlino, como os ex-militantes do POC (Partido Operário Comunista), organização na qual Merlino militava, Otacílio Cecchini, Eleonora Menicucci de Oliveira, Laurindo Junqueira Filho, Leane de Almeida e Ricardo Prata Soares, o ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vanucchi, e o historiador e escritor Joel Rufino dos Santos.

Entre as testemunhas de defesa arroladas por Ustra, que serão ouvidas por carta precatória, estão o atual presidente do Senado e ex-presidente da República, José Sarney, o ex-ministro Jarbas Passarinho, um coronel e três generais da reserva do Exército brasileiro. A ação por danos morais está sendo movida pela irmã do jornalista, Regina Merlino Dias de Almeida, e por sua ex-companheira, Angela Mendes de Almeida, e é subscrita pelos advogados Fábio Konder Comparato, Claudineu de Melo e Aníbal Castro de Souza. Merlino era jornalista, começou muito jovem, trabalhando no Jornal da Tardee na Folha da Tarde, bem como no jornal alternativo de esquerda, Amanhã. Era militante do Partido Operário Comunista (POC) e havia aderido à Quarta Internacional um pouco antes de sua morte, com a idade de 23 anos.

Fonte: coletivo merlino

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