27 de abril de 2012

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Gramsci foi um grande líder revolucionário, preso por Mussolini, que nasceu na Itália próximo a região da Sardenha. Sua vida esteve dedicada à formulação teórica que deixou grandiosos legados para o movimento libertário do Ocidente. Concepção de Estado, Hegemonia, cultura etc. ganham vitalidade diferenciada a partir das suas interpretações.

No aniversário de sua morte nós do Coletivo O Estopim! prestamos essa simbólica homenagem a este grande homem.

Os Indiferentes


Antonio Gramsci
11 de Fevereiro de 1917


Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história.

25 de abril de 2012

O que é ação afirmativa? o que é raça?



O que é ação afirmativa?

Um conjunto de ações privadas e/ou políticas públicas que tem como objetivo reparar os aspectos discriminatórios que impedem o acesso de pessoas pertencentes a diversos grupos sociais às mais diferentes oportunidades. Um exemplo é a política de criação de delegacias policiais especializadas no atendimento a mulheres. A falta de treinamento específico e da compreensão dos tipos de crimes que mais vitimam as mulheres influi na capacidade de oferecer um atendimento adequado às vítimas e na devida punição dos criminosos.

Afinal, o que é raça?

Há alguns anos, descobriu-se que a diferença genética entre os mais diferentes grupos étnicos do mundo é muito pequena, o que derruba o mito da existência de diferentes raças humanas. No entanto, existe um sentido social para o termo “raça”, pois os traços físicos (cor da pele, textura do cabelo etc.) ainda influenciam na percepção historicamente construída, muitas vezes com valores negativos para a população negra, podendo assim orientar ações sobre esses indivíduos. Quando as pessoas que defendem as cotas raciais falam de “raça”, estão dando um sentido político e social ao termo. Ou seja, referem-se às pessoas que, por considerarem importante para suas identidades a presença de componentes de matriz africana, se autodeclaram ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como “pretas” ou “pardas”. Numa leitura política, essas duas categorias de cores (preta e parda) são entendidas como o segmento “negro” da população, pois as pesquisas mostram que as trajetórias de vida das pessoas pretas e pardas são
muito mais próximas entre si do que se comparadas com as trajetórias das pessoas brancas.

A desigualdade e a discriminação raciais precisam ser corrigidas também com políticas públicas, e não
só com a idéia de que somos um “paraíso racial”. Por isso, a política de cotas tem adotado o critério da
autoclassificação em um contexto de construção da identidade negra.

O STF julgará hoje a constitucionalidade das cotas para afrodescendentes e índios nas universidades públicas brasileiras



O Supremo Tribunal Federal julgará hoje a ADPF – Ação Descumprimento de Preceitos Fundamentais 186, impetrada pelo DEM, Partido dos Democratas, contra a UNB – Universidade de Brasília e outra por um estudante branco do Rio Grande do Sul, que se sentiu prejudicado pela reserva de uma parte das vagas numa universidade a negros e pardos.

É julgamento pela constitucionalidade das Cotas Raciais que tem como objetivo promover acesso de Negros e Índios às Universidades.
É momento de LUTA por igualdade, dignidade, respeito e reparação!!!


Para ajudar a conhecer o debate O Estopim disponibiliza informações do IBASE sobre as cotas
Com dados do http://ibase.br/userimages/cart_ibase_cotas_completo.pdf


Universidades públicas com políticas de ações afirmativas
Das 79 universidades listadas a seguir, 54 possuem cotas raciais (marcadas com *). As demais aplicam 
um outro tipo de reserva de vaga, como as destinadas para alunos(as) oriundos(as) de escolas públicas.
Veja a lista:

22 de abril de 2012

Vladimir Ilitch Lenin, vivo a 142 anos.


Em homenagem ao nosso grande camarada que completou 142 anos hoje, 22 de abril de 2012, compartilhamos aqui seu Discurso na I Sessão do III Congresso das Juventudes Comunistas da Rússia.

V.I. Lênin
Tarefas das Juventudes Comunistas

(Discurso na I Sessão do III Congresso das Juventudes Comunistas da Rússia – Moscou, 2 de Outubro de 1920)

(Lênin é recebido com uma calorosa ovação do Congresso)

Camaradas: quisera falar-lhes hoje das tarefas fundamentais da União de Juventudes Comunistas e, por esta razão, do que devem ser as organizações da juventude em uma república socialista em geral.

Este problema merece tanto mais nossa atenção enquanto que, em certo sentido, pode dizer-se que é precisamente a juventude quem está incumbida da tarefa de criar a sociedade comunista. Pois é evidente que a geração de militantes educada sob o regime capitalista pode, no melhor dos casos, resolver a tarefa de destruir os cimentos do velho modo de vida do capitalismo, baseado na exploração. O mais que poderá fazer será levar a cabo as tarefas de organizar um regime social que ajude o proletariado e as classes trabalhadoras a conservar o Poder em suas mãos e criar uma sólida base, sobre a qual poderá edificar unicamente a geração que começa já a trabalhar em condições novas, em uma situação em que já não existem relações de exploração entre os Homens.

Pois bem, ao abordar deste ponto de vista o problema das tarefas da juventude, devo dizer que as tarefas da juventude em geral e da União de Juventudes Comunistas e outras organizações semelhantes em particular, poderiam definir-se em uma só palavra: aprender.

Debate com Olívio Dutra



 A Militância Socialista e o Coletivo O Estopim! apoiam esta iniciativa.

O Diálogo Petista convida para os “Debates com Olívio Dutra” que, este mês, serão realizados nas cidades de Salvador (23/04) e Recife (24/04).

Em Salvador, a atividade conta com o apoio da Juventude do PT-BA, da Setorial de Educação PT-BA, da Executiva da EPS, do mandato do deputado federal Valmir Assunção, de Paulo Mota (Exec. PT Salvador), Julio Rocha (2º vice-presidente PT Salvador) e Lourival Lopes, da corrente O Trabalho.

O debate será no dia 22 de abril, as 18:30 Faculdade Visconde de Cairu (Rua do Salete, 50 - Barris). 

20 de abril de 2012

Nota de solidariedade aos companheiros ameaçados e agredidos por se manifestarem contra a Ditadura Civil-Militar

No último dia 29 de março, centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Clube Militar no Rio de Janeiro, onde ocorreria, por parte dos militares da reserva, “comemoração” aos 48 anos do golpe de 1964. Nesse fatídico dia, cinco militantes da Juventude do PT foram agredidos e continuam sendo ameaçados. Dentre eles, três companheiros do movimento “Refazendo”: Luiz Felipe Garcez, Rodrigo Mondego e Gustavo Santana.

O companheiro Gustavo Santana, inclusive, teve o braço quebrado, de modo a ter de passar por uma cirurgia. Os elencados companheiros tiveram os seus nomes divulgados em diversos blogs e sítios mantidos por militares. O companheiro Luiz Felipe Garcez, por exemplo, teve sua foto divulgada por jornais da grande imprensa golpista. Desde então, tem sofrido ameaças pela rede, por telefone e teve a sua vida pessoal devassada. Tal clima de tensão remonta os terríveis anos de chumbo, em que os militares e seus asseclas civis cometeram diversos crimes de lesa-humanidade, alguns deles, inclusive, que causaram condenação internacional ao Brasil em sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2010.

O protesto ocorrido no Rio de Janeiro não foi o único.

16 de abril de 2012

O “x” do desenvolvimento nacional.

Por Diego Rabelo*

A atualização dos números referentes à atividade econômica brasileira apontou um recuou de 0,13% em janeiro, o que fez com que o governo anunciasse a prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) por mais três meses. Porém, o processo de desindustrialização provocado pela ‘dinamização’ do mercado mundial preocupa e foi pauta em diversos jornais, programas de debates, blogs alternativos, revistas especializadas e até em parte da grande imprensa. Medidas tímidas como a redução do IPI não são solução para uma economia que vislumbra ser uma das maiores do mundo (quinta) dentro de alguns anos, e que na verdade expõem a necessidade de uma estruturante reorientação na economia nacional.


O debate não é necessariamente novo, mas ganhou contornos de dramaticidade para trabalhadores e empresários brasileiros que temem perder mais espaço no mercado internacional (uns lucros, outros empregos). Diferentemente de outros tempos, a indústria brasileira joga cada vez menos um papel de importância na economia brasileira, o que leva este humilde blogueiro a se perguntar: sobre quais bases estão sustentadas a riqueza nacional? O espaço outrora ocupado pela indústria cede pouco a pouco às tentações do lucro fácil e improdutivo, componente básico da especulação financeira.

Nota Pública:


“Não foi por acaso que nos chamaram inabaláveis”


E nem foi por acaso que somos conhecidos pela defesa intransigente das/dos estudantes em vulnerabilidade financeira nas universidades em que atuamos. Não foi por acaso que agrupamos em nossas fileiras muitos dessas(es) estudantes.

Não foi por acaso.

Em política, o esforço homérico realizado para construir uma organização, dias, meses e anos de intenso trabalho organizativo, de agitação e propaganda, pode ser debelado por uma simples estocada da repressão, como na Ditadura Militar, pelo trabalho de infiltrados, pela cooptação de quadros, dentre outros, ou pela tentativa amorfa e subterrânea de determinado setor em destruir a organização por supostas divergências sem, contudo, ter a capacidade de elaborar e propor uma nova dinâmica no processo político interno.

Diante disso, é preciso desbaratar, dissolver e excluir pessoas ou grupos que visem única e exclusivamente, desagregar, desorientar, entravar e causar crise. Qualquer organização política que respeite a sua militância sabe que é necessário preservar o que é de melhor nas suas fileiras e agir sem complacência com o desrespeito ao seu programa político e ao centralismo democrático.

Neste sentido, a postura adotada pela companheira Brisa Moura passa a constituir barreiras que impedem o livre acesso de novas e novos militantes ao nosso coletivo. Sua conduta revela autoritarismo, ausência de compromisso com as construções políticas desta organização, além de um permanente criticismo que jamais foram postos nas suas devidas instâncias.

11 de abril de 2012

1° Encontro de Estudantes Ambientalistas da UFBA


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Reunião com os movimentos sociais para o III Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas


A Comissão dos Blogueiros Progressistas da Bahia, juntamente com representantes da Comissão Nacional para o III Encontro Nacional de Blogueir@s Progressistas, vem por meio desta, convidar os movimentos sociais para reunião nesta quinta-feira, às 19 horas no Sindicato dos Comerciários.

Em meio a uma diversidade de opiniões na plenária de encerramento do II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas (BlogProg), em Brasília, 19 de junho de 2011, uma das poucas decisões unânimes foi a escolha da sede do evento, em maio 2012, na Bahia.

A reunião visa mobilizar os demais movimentos sociais para o III Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas que acontecerá de 25 à 27 de maio, em Salvador.

Endereço do Sindicato dos Bancários
RUA FRANCISCO FERRARO, Nº53, NAZARÉ
SALVADOR - BAHIA
TEL: (71) 3555-3300

10 de abril de 2012

O trunfo do pragmatismo petista.







por Diego Rabelo*

O livro de Amaury Ribeiro Jr continua dando o que falar na mídia alternativa a revelia do silêncio ensurdecedor da grande mídia tupiniquim. Enquanto isso o deputado Protógenes Queiroz, na sua busca insaciável por holofotes, cumpriu um relevante papel ao coletar as assinaturas necessárias para a abertura do que vem se convencionando chamar de CPI da privataria. O posicionamento do governo é dúbio, pois, se de um lado as denúncias reabrem feridas no seio do tucanato, por outro nem mesmo o alto comando petista sabe onde isso vai parar e segue adotando uma postura cautelosa. 

8 de abril de 2012

Jovens feridos em protesto no Clube Militar: “Fomos agredidos pela história de uma instituição”


         No Hospital Pedro Ernesto, de onde concederam entrevista exclusiva para o QTMD?, dois jovens feridos na manifestação no Clube Militar seguram um exemplar do livro "Direito à Memória e à Verdade". Foto: Ana Helena Tavares


Por Ana Helena Tavares – do Quem tem medo da democracia?



Rodrigo Mondego -
Foto: Ana Helena Tavares

Eles empunhavam cartazes com rostos. Rostos que não têm corpos.

“Ali, a gente não estava fazendo um carnaval, não estava fazendo palhaçada. Para ver um cara que foi do regime que matou rindo das fotos dos companheiros que foram mortos. E sumiram. Rindo também de gente que estava lá, que tinha sido torturada e que traz cicatrizes no corpo”, desabafa Rodrigo Mondego, de 27 anos, bacharel em direito, que esteve na quinta-feira, 29 de Março, em frente ao Clube Militar no Rio de Janeiro, protestando contra a comemoração do golpe de 64, promovida no mesmo dia por integrantes do Clube.

Ele não estava sozinho. Segundo seus cálculos, havia cerca de 700 pessoas. Gustavo Santana, sociólogo, de 28 anos, também estava lá. Ambos dizem ter sido agredidos por PMs. Mondego sofreu ferimentos leves, porém Santana teve o braço quebrado e terá que ser operado. Do Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde está internado, ele e Mondego concederam entrevista exclusiva para o site “Quem tem medo da democracia?”.

6 de abril de 2012

SER MULHER: REFLEXÕES SOBRE UMA CULTURA DE EMBATES E RESISTÊNCIAS

 


* Taísa Ferreira

As reflexões desenvolvidas no bojo da militância e da vivência universitária me suscitaram a escrever sobre os embates e resistências que permeiam a vivência das mulheres na sociedade, neste sentido me proponho a trazer algumas considerações sobre os enfrentamentos vividos a partir do entendimento de que pertencer a um ou outro sexo diferencia atitudes, crenças e códigos numa determinada sociedade.