27 de novembro de 2012

Sobre a eleição da APUB


A eleição da APUB situa-se no epicentro da disputa ideológica na Universidade Federal da Bahia. A unidade dos três segmentos construída durante a greve,a reorganização da esquerda universitária e a saúde do movimento docente perpassam necessariamente pela escolha da nova diretoria do sindicato. Em uma Universidade essencialmente conservadora, o desafio de fazer da APUB um instrumento de luta da classe trabalhadora está posto.

O movimento paredista em 2012 foi o regente maior do processo de reorganização da categoria na UFBa. A eloqüência do anseio á luta fora diretamente proporcional á resistência de sua direção em fazê-la: coube á setores organizados e novos professores essa árdua tarefa. A política adesista, atrelada e antidemocrática preconizada nos últimos oito anos, assim evidencia a crise de direção existente em na entidade e com isso a necessidade de transformá-la.

24 de novembro de 2012

Os Judeus que lutam por uma Palestina Livre


Movimento judeu criado na década de 1930, em Jerusalém, e hoje espalhado no mundo inteiro, contraria visão religiosa que teria determinado criação do Estado de Israel

Por Lilian Milena, Do Brasilianas.org

Fonte:Nkusa

Em 1947, durante uma reunião realizada na Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a criação de um plano de partilha da Palestina entre judeus e árabes, o rabino Yosef Tzvi Dushinsku declarou a toda assembleia que o sionismo - movimento político ideológico criado no início do século passado que defende a existência de um Estado judaico - não representava os seguidores do judaísmo, portanto não concordavam com a criação de um Estado-nação para si.

Dushinsku, judeu de origem húngara, vivia na Palestina com sua família desde 1930 e foi considerado um dos mais proeminentes rabinos ortodoxos da região. Ele veio a falecer logo após a fundação do Estado de Israel, que ocorreu em 14 de maio de 1948.

Desde a segunda semana de novembro os conflitos entre Israel e Palestina se intensificaram após um ataque surpresa do exército israelense que culminou na morte de Ezzedin al Qasam, um dos líderes militares do Hamas, partido que governa a Faixa de Gaza, um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado de Israel.

22 de novembro de 2012

Contradições da luta de classes


Extraído do site do escritor  Wladimir Pomar
  
As classes trabalhadoras de diferentes povos travam lutas contra o capitalismo há mais de 300 anos. Acumularam uma experiência considerável de erros e acertos, derrotas e vitórias, recuos e avanços. A rigor, mais erros, derrotas e recuos do que acertos, vitórias e avanços. O que não deve nos desanimar. Afinal, para substituir o feudalismo e se impor como forma de produção dominante, a burguesia levou bem mais tempo do que isso, na maioria das vezes sendo empurrada, para avançar em seu desenvolvimento, pelas lutas das próprias classes trabalhadoras que oprimia.

Na história, a burguesia nasceu antes da classe trabalhadora assalariada. Mas só cresceu e desenvolveu o que conhecemos como capitalismo quando os camponeses foram expulsos da terra, perderam tudo que tinham, e se transformaram numa massa de pobres livres que só tinham como propriedade sua força de trabalho. Portanto, o capitalismo não é uma coisa. É a relação econômica e social, mediada pelo salário, entre os donos de capital, a burguesia, e os donos de força de trabalho, os trabalhadores livres. Estes precisam vender sua força de trabalho para obter esse salário com o qual subsistem. E a burguesia precisa do trabalhador porque é do uso da força de trabalho assalariada que arranca um valor que acrescenta ao capital investido na produção, realizando um processo contínuo de acumulação capitalista.

18 de novembro de 2012

Como o mundo explica a política.*


Por Diego Rabelo**

A política esta presente cotidianamente nas nossas vidas. É quase imperceptível, mas o simples ato de fazer escolhas entre canais de TV com o controle remoto na mão se torna um exercício político. Nos deparamos com essas decisões tão comuns a todo o tempo e, a maioria das vezes, é muito difícil se dar conta.

Os esportes sempre foram sinônimos de muita disputa não só dentro dos seus devidos recintos, mas também expressam de forma organizativa o comportamento das sociedades. A hegemonia econômica e militar norte-americana ao longo dos anos também se demonstraram nas piscinas, nas quadras, nos campos e nas pistas de atletismo. A predominância do mundo capitalista sobre os seus rivais ficou nitidamente exposta nas seguidas olimpíadas desde o mundo bipolar.

A relação da política com o esporte não é um tema genuinamente novo, mas continua despertando a curiosidade de estudiosos sejam eles acadêmicos ou autodidatas. Não esqueço um texto que li há alguns anos atrás sobre a rivalidade entre dois times italianos, o Livorno (de esquerda) e a Lazio (fascista). Aquilo me despertou um sentimento de pertencimento diferente de qualquer outra coisa que havia vivido na minha militância.

16 de novembro de 2012

Estado de sítio

Da coordenação

São Paulo sofre com a violência desencadeada por grupos criminosos organizados e o contra-ataque do Estado através do seu aparato policial atinge justamente os mais pobres. Grupos de extermínio e paramilitares invadem casas e favelas em resposta as freqüentes investidas dos bandidos contra policiais.

A situação é crítica. O governador tucano Geraldo Alckmin vai a televisão desviar o foco da tensão gerada sobre a população para dizer que a média de assassinatos no Estado é inferior a muitos outros. Como se não bastasse o sentimento de pavor da população paulista, ainda precisam conviver com a sensação de abandono por parte dos seus governantes.