25 de fevereiro de 2013

Plenária do Coletivo O Estopim! debate um M.E. autônomo e independente

Foi realizada na última sexta-feira, na Escola de Enfermagem da UFBA, a Plenária do Coletivo O Estopim! Quase 30 estudantes, dos mais variados cursos, estiveram presentes para contribuir com as discussões. Foram debatidos temas como autonomia do movimento estudantil frente a governos e partidos, assistência estudantil, o enfrentamento à EBSERH, cultura e artes, autonomia universitária, etc.


23 de fevereiro de 2013

Projetos diferentes

Virou chavão, tanto de setores da direita, quanto de esquerda, reclamar da falta de um projeto para o Brasil. Todos reclamam dessa ausência, como se isso fosse tarefa de outros. Porém, de forma aberta ou mascarada, cada um à sua maneira, colocam em pauta suas próprias propostas.

À direita, por exemplo, o que existe é a tentativa, disfarçada, de retomar o projeto neoliberal, que entrou em colapso, mas ainda mantém seus restos fazendo estragos. Propostas de choque de gestão não passam da pretensão de remodelamento neoliberal, embora isto possa impressionar alguns setores sociais. Ao centro, a burguesia liberal procura um projeto de capitalismo sustentável, de alta rentabilidade e pequena turbulência, como se o capitalismo fosse capaz de unir esses dois aspectos irreconciliáveis de sua natureza.

15 de fevereiro de 2013

Por que defendemos a reativação imediata do Conselho Social de Vida Universitária (CSVU)

O Conselho Social de Vida Universitária, ou simplesmente CSVU, é um dos conselhos consultivos da Universidade Federal da Bahia. Em sua composição temos membros da administração central da universidade, componentes de Pró-reitorias, bem como representantes dos servidores técnico-administrativos, docentes e dos estudantes. É presidido pelo Pró-reitor de Assistência Estudantil.

Dentre as suas competências, conforme prevê o Regimento Geral da Universidade, estão: “I – propor à Reitoria e demais órgãos da Universidade Federal da Bahia ações no âmbito da vida universitária que fortaleçam a integração entre docentes, discentes e servidores técnico-administrativos; II – supervisionar a execução das políticas de ações afirmativas e de assistência estudantil aprovadas pelo Conselho Universitário; III – assessorar, quando solicitado, os Conselhos Superiores da Universidade Federal da Bahia, a reitoria, as Unidades Universitárias e outras instâncias acadêmicas no encaminhamento de questões pertinentes ao desempenho acadêmico; IV – julgar, em grau de recurso, a aplicação das penas disciplinares aos alunos assistidos pelos serviços componentes da Assistência Estudantil, conforme previsto nos Regulamentos específicos”.

Desde a entrada em vigor do novo Estatuto e Regimento Geral da UFBA, em julho de 2010, não tivemos uma única reunião do CSVU. Frisa-se, ademais, que algumas das suas competências foram alteradas com a edição do novo regimento, como por exemplo, a competência para elaborar, modificar e alterar o Regimento Interno das Residências Universitárias, que não consta do novo rol. Todavia, pendendo para o ponto de vista de que aquela relação de competências previstas no art. 52 são exemplificativas e não taxativas, em reunião ordinária do Conselho Universitário, em junho de 2012, foi aprovada a sua ampliação para comportar a faculdade de aprovar o novo regimento elaborado pelos residentes, que se encontra em fase de conclusão.

14 de fevereiro de 2013

Entraves e perspectivas para a integração latino americana




O mundo às avessas

Com o aprofundamento das crises política\economica\cultural nos centros tradicionais e a ausência de instrumentos organizativos dentro destes próprios centros que inspirem as massas populares em todo o mundo, a América Latina assume a vanguarda da luta antimperialista. Não foram raros os levantes, erupções políticas e mobilizações de massa que clamavam pela liberdade e pela justiça social nos últimos tempos. Interromper a hemorragia de séculos de exploração nas nossas veias abertas, superar essa agonia que atravessa gerações, desconstruindo um hábito cultural eurocentrista é tarefa mais que atual.

Apesar dos resquícios de feudalismo incrustados por décadas de um colonialismo usurpador e extremamente nocivo assistimos, de maneira inusitada, o encontro da Cúpula CELAC-UE no Chile, onde é possível registrar um maior interesse por parte dos europeus que dos latinos. Sim senhoras e senhores, a região da América Latina e do Caribe desperta mais interesse entre os europeus que a União Europeia para os latino-americanos por conta da crise generalizada concentrada nos principais blocos econômicos do capital, segundo estudo elaborado pelo Instituto de Prospectiva Internacional por ocasião da Cúpula Celac-EU que se encerrará na segunda-feira (28/01).

8 de fevereiro de 2013

Nota em solidariedade aos 72 estudantes denunciados e ao movimento estudantil da USP

Estamos vivenciando um período de ataques aos direitos democráticos conquistados por anos de lutas dos trabalhadores e da juventude. Assassinatos recentes dos companheiros sem terra, dos sem teto, militantes LGBT, indígenas e da juventude negra nos bairros empobrecidos das grandes cidades, demonstram que, do ponto de vista da democracia, o Brasil ainda deve muito ao seu próprio povo. A espetacularização de julgamentos essencialmente políticos por parte da “grande” mídia, o linchamento público de dirigentes partidários e lideranças dos movimentos sociais, apontam que as nossas tarefas são muitas e que a vigília deve ser permanente.

Nesse sentido, nos solidarizamos aos 72 estudantes denunciados pelo Ministério Público de São Paulo e ao movimento estudantil da USP. Tal ataque não está isolado de um contexto mais amplo de uma ofensiva conservadora contra os movimentos sociais. Devemos combater com todas nossas forças a judicialização da política já que, o Poder Judiciário, insusceptível de qualquer tipo de controle social, é um terreno hostil aos trabalhadores e à juventude. Dentre todas as acusações feitas aos estudantes, como as de dano ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial, a que mais chama a atenção é a de formação de quadrilha, tipo penal utilizado para criminalizar o MST, por exemplo, nos dias de hoje e, para descaracterizar movimentos de contestação em geral, como no período da ditadura civil-militar, quando o Judiciário foi conivente em face do massacre contra os estudantes organizados do período.

7 de fevereiro de 2013

Entrevistas históricas: o escritor H.G. Wells entrevista Lenin



O britânico H.G.Wells (1866-1946) já tinha publicado seus famosos romancesA Guerra dos Mundos, A Ilha do Dr. Moreau e O Homem Invisível quando foi à Rússia, em outubro de 1920, e se encontrou com Vladimir Ilitch Lenin (1870-1924), o líder da revolução ocorrida no país três anos antes. Wells nunca foi marxista nem acreditava na chegada do socialismo ao poder pela via revolucionária. Sim, era socialista, mas um socialista utópico.

No entanto, ganha visível simpatia e admiração intelectual por Lenin nesse encontro que um amigo em comum, o também escritor Máximo Gorki (1868-1936), tornou possível. Wells chega ressabiado, cheio de críticas ao que viu no país até ali e cético com o futuro da União Soviética, mas nada foi capaz de causar tensão entre os dois: o papo flui de maneira agradável até o fim. Era a segunda vez que Wells visitava a Rússia. Ainda iria lá mais uma vez em 1934, quando entrevistou Stalin, a quem também admirou, mas achou “rígido demais”.

A entrevista foi publicada no The Sunday Express (edição de domingo do Daily Express), entre vários artigos que Wells escreveu sobre a viagem. No ano seguinte, saiu em livro, com o título Russia In the Shadows (Rússia nas Sombras). A conversa com Lenin, que traduzi e transcrevo aqui quase na totalidade, ocupa o penúltimo capítulo do livro. A edição original pode ser encontrada online, em inglês. É uma narrativa fascinante, rica em descrições e muito saborosa, que nada deixa a desejar ao “new journalism” que surgiria apenas 40 anos depois. Espero que desfrutem.

Fonte: http://www.socialistamorena.com.br

1 de fevereiro de 2013

Balanço do 14º CONEB da UNE


No último dia 18 de janeiro iniciou-se o 14º Conselho Nacional de Entidades de bases da União Nacional dos Estudantes na Universidade Federal de Pernambuco em Recife. O encontro teve como tema a reforma universitária e contou com diversos palestrantes que contribuíram acerca do balanço e das novas perspectivas do ensino superior no país.

Do ponto de vista dos debates e gt´s pode-se afirmar que esse conselho oportunizou uma maior e melhor discussão acerca das diversas temáticas. Ainda assim, mesmo melhor organizado, o CONEB continua insuficiente para o tamanho das pautas dos estudantes brasileiros. Os problemas de infra-estrutura continuam a afastar os menos resistentes e os atrasos em todos os espaços, tornam a plenária final maçante e carente de um conteúdo melhor desenvolvido.