29 de junho de 2013

da coordenação

reproduzimos aqui a polêmica entrevista de josé paulo bisol, candidato a vice-presidente na chapa de lula da silva em 89, quando da derrota para collor de melo. críticas ao pt, a este modelo de democracia e fundamentalmente a luta pelos direitos humanos no brasil atual.

desejamos a todos e todas uma boa leitura.




Por Samir Oliveira e Rachel Duarte do sul21

Ex-secretário de Segurança Pública do governo Olívio Dutra (PT), José Paulo Bisol afirma que passou sua gestão inteira tentando desmilitarizar a Brigada Militar. “Eles são submetidos a uma educação militar antidemocrática”, considera.

Aos 85 anos, José Paulo Bisol recebeu a equipe do Sul21 em sua casa, no município de Osório, para falar sobre segurança pública e policiamento. Ex-candidato a vice de Lula em 1989, quando ainda era filiado ao PSB, Bisol ainda mantém uma filiação formal ao PT – apenas por não ter se dado ao trabalho de cancelar -, mas assegura que não possui mais identificação com o partido. “O PT não existe mais”, entende.

Nesta entrevista, Bisol comenta também sobre as manifestações que vêm ocorrendo no país. Ele se mostra entusiasmado com o movimento, mas lamenta que as causas defendidas, na sua avaliação, sejam “muito pobres”.

“A função policial é a mais difícil que existe e escolhemos os mais pobres para realizá-la”
Sul21 – Como o senhor avalia estes protestos que vêm ocorrendo no país inteiro ?
Bisol – Eu, pela própria condição da minha vida, sou um espectador, olho de longe. Isso já lamento. É um lamento de velho, pois eu gosto é de participar. Sou solidário com eles. O fato de haver violência é inerente a estes movimentos. O ser humano tem tendência para a violência e se a circunstância o envolve… Por melhor que eu seja, se eu me envolvo num movimento, se eu tenho paixões – e se eu não tenho paixões, não sou bem um ser humano -, essas paixões se manifestam e se põem para fora. A violência tem esse aspecto, ela é nossa. Não é dos outros.
“Eu fico impressionado com esse movimento” 

12 de junho de 2013

Universidade Federal da Bahia em luto

 


O Coletivo O Estopim! lamenta profundamente a morte da estudante do curso de Arquivologia da Universidade Federal da Bahia, Ana Carla Baldini Soares.
 
Na manhã desta última terça-feira, 11 de junho, a estudante foi vítima da violência que governa a cida
de de Salvador. O que aparenta ter sido uma bala perdida nas proximidades da Faculdade de Medicina (Famed), no Vale do Canela, é reflexo do abandono que vive a cidade e da má compreensão de Segurança Pública na Bahia e no Brasil.

10 de junho de 2013

A queda do Rei

“Pois a crosta apresentada pela vida de mentiras é feita de um estranho material. Ao se selar hermeticamente a toda a sociedade, ela parece feita de pedra. Mas, no momento em que alguém atravessa algum ponto,
quando alguém exclama “O imperador está nu!”- quando se quebram as regras do jogo, assim expondo-o como um jogo -, tudo de repente aparece a uma outra luz e então a crosta inteira parece feita de pano esgarçado, desintegrando-se de maneira incontrolável” . Václav Havel, “O poder dos sem poderes”, 1978.

A Universidade Federal da Bahia encontra-se ainda no Medievo. A relação historicamente conflituosa entre o público e o privado, a essência patrimonialista e a indisposição política em tornar os órgãos colegiados e conselhos superiores- teórica e regimentalmente democráticos e representativos- efetivos centros dos quais emanam as deliberações, tornam eloquente a ideia de que a UFBA ainda não passara pela revolução burguesa no sentido clássico do termo.

8 de junho de 2013

Nota de repúdio à intolerância da Polícia Militar da Bahia contra manifestação pacífica de estudantes e trabalhadores da FTC

O Coletivo O Estopim! manifesta o seu apoio irrestrito aos estudantes da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) que, de forma pacífica, realizaram manifestação pública em defesa da qualidade do ensino naquele centro universitário na última terça-feira(04/06). A FTC, como diversas entidades privadas, que dirigidas por empresários pouco ou quase nada comprometidos com uma educação de qualidade, passa por problemas do ponto de vista estrutural, além da insuficiência de condições de trabalho dignas a professores e funcionários.

  A juventude brasileira tem sido vítima de diversos atos de repressão país afora. Em Goiânia, Natal e São Paulo, estudantes e trabalhadores foram às ruas em protesto contra o aumento do preço das tarifas de ônibus. A juventude das periferias urbanas de diversas capitais do país também tem se levantado indignada contra o aparato estatal que tem assassinado jovens, principalmente negros, nos últimos meses. Todas essas manifestações têm sido duramente atacadas pelas tropas de choque com tiros, bombas e bordoadas. Tais movimentos de contestação também são criminalizados pela mídia conservadora que tem feito coro junto a setores que lucram com esses ataques a população.

7 de junho de 2013

O Estatuto do Nascituro : uma ameaça de retrocesso nos ronda ( ou A onda conservadora cresce)

Por Bruna Lima*

Em um momento em que grande parte da população se destaca participando efetivamente da política,assim como os movimentos sociais, contraditoriamente se destaca também um Projeto de Lei que foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o Estatuto do Nascituro. Este projeto fere diretamente o direito da mulher em dispor sobre o seu próprio corpo.

Não estamos falando apenas de uma proibição do aborto, mas sim da obrigação de criar um filho fruto de um estupro e com a ajuda do Estado, através do “Bolsa Gestação” ou do próprio estuprador que se identificado, deverá pagar pensão ao seu filho e terá o direito de visitá-lo ou até mesmo ter sua guarda. (pasmem).

Como mulher, digo com grande indignação que essa decisão nos priva de direitos garantidos na Constituição e que, se aprovado em outras Comissões, tornará um feto concebido através de abuso sexual mais importante que a mulher violentada.

6 de junho de 2013

Campo Popular se firma na disputa por uma UNE do Povo!



A União Nacional dos Estudantes concluiu no ultimo domingo, 2 de junho, seu 53º Congresso, em Goiânia. Com participação recorde de jovens, representando universidades públicas, comunitárias e particulares de todo o país, o Congresso definiu as principais resoluções da UNE para o próximo período. Foram aprovados documentos nas áreas de Conjuntura, Educação e Movimento Estudantil. A plenária aconteceu na Goiânia Arena durante todo o dia de sábado e domingo e, em consequência da grande disposição dos estudantes, seguiu pelo início da noite nos dois dias na capital goiana.

O Coletivo O Estopim esteve presente durante todo o congresso e trás aqui um relato das atividades, plenárias, debates e atos em que participamos.

4 de junho de 2013

A Luta do ICS!




A luta do Instituto de Ciências da Saúde é a prova maior das consequências inerentes ao importante processo de expansão das Universidades Federais.

A crônica ausência de docentes - sobretudo para os últimos semestres dos cursos de fisioterapia e fonoaudiologia e a já conhecida ausência de espaço físico prejudicam de maneira contundente aqueles que de fato o constroem: sua comunidade acadêmica. 

As mobilizações do ICS são um exemplo a ser seguido, pela justeza de suas reivindicações, organização e fervor político. 

Nesse sentido, o Coletivo O Estopim! se coloca ao lado destes lutadores e lutadoras que tanto sofrem e tanto lutam no cotidiano por uma universidade popular e socialmente referenciada.