29 de agosto de 2013

Associação de Casas de Estudantes da Bahia realiza Seminário na Residência de Morro do Chapéu

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A Associação de Casas de Estudantes da Bahia (ACEB) acaba de completar quatro anos de refundação e em comemoração ao 4º aniversário de sua reestruturação foi realizado na tarde do último sábado (24.08), o Seminário “Balanços e Perspectivas”. O evento aconteceu na Residência Estudantil de Morro do Chapéu em Salvador (Remoc), e trouxe dois temas bastante emblemáticos: Trajetória do Movimento de Casa de Estudantes e Política Pública de Juventude.

 O orador do encontro Adílio Domingues, que é membro da ACEB e morador da Residência 5 da UFBA, deu as boas vindas aos presentes e convidou os membros a compor a mesa. Para debater Movimento de Casa de Estudantes foram convidados Antônio Claudio da Silva Pires, ex-morador da residência Estudantil de Ipirá, membro da comissão de fundação da ACEB, mestrando na Universidade Federal da Bahia; Wanderson Pimenta, ex-morador da residência Estudantil de Guanambi e Residência Universitária I UFBA, Estudante de Direito, articulador da refundação da ACEB; e o anfitriã Josemário de Carvalho Oliveira, morador da Residência Estudantil de Morro de Chapéu, estudante de Jornalismo e membro da comissão de refundação da ACEB.
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 Debatendo Política Pública de Juventude fizeram presente à mesa Rondinei Novaes, morador da Residência Estudantil de Mucugê, estudante de Direito, atual membro da ACEB; Patrício Souza representante do Conselho Estadual de Juventude; e o deputado estadual Yulo Oiticica, 1º vice-presidente da Assembléia Legislativa e Presidente da Frente de Juventude e Assistência Social.

20 de agosto de 2013

Homenagem a Trotsky: 73 anos de sua morte

 

Ao completar 73 anos da morte de Trotsky divulgamos um texto do camarada Rob Sewell escrito no ano passado lembrando os 72 anos de sua morte. Abaixo também publicamos trechos do testamento deste grande revolucionário. 

O homem e suas ideias

O dia 20 de Agosto marcou o aniversário do assassinato de Leon Trotsky. Há 72 anos, ele foi covardemente golpeado na cabeça por uma picareta que levava nas mãos o assassino estalinista. Trotsky logo entrou em coma e morreu no dia seguinte, 21 de Agosto de 1940.
O ataque não foi surpresa. Desde que Trotsky chegou ao México a imprensa estalinista estava ocupada em caluniar o Velho preparando o terreno para um ataque assassino. Ao mesmo tempo, Moscou travava uma campanha internacional massiva contra ele, infiltrando o movimento e, sob as ordens de Stalin, preparando sua morte.

Seguindo o fim da Guerra Civil Espanhola, os agentes estalinistas da NKVD foram despachados para o México para executar o plano. O primeiro assalto ocorreu em Maio de 1940, quando o quarto de Trotsky foi atacado a tiros e Robert Sheldon Harte, seu secretário de sua segurança, foi sequestrado e morto. O corpo de Sheldon foi descoberto depois em um poço de cal. Stalin ficou desesperado em seus esforços para eliminar Trotsky, um dos poucos velhos bolcheviques ainda vivos – o resto tinha sido assassinado por Stalin durante os Processos de Expurgos de 1936-38. Estes horrorosos processos, onde os réus eram forçados a envolverem-se em mentiras e crimes terroristas supostamente organizados por Trotsky, constituíram um rio de sangue, diferenciando o estalinismo contrarrevolucionário do genuíno Bolchevismo.

Stalin sabia que tendo traído a Revolução ele precisava eliminar aqueles que a defendiam e personificavam as ideias do Bolchevismo e da revolução mundial. Primeiro de tudo, isso recaiu sob Leon Trotsky, que tinha sido expulso para um exílio há cerca de onze anos atrás. Todos os recursos do estado Russo eram agora postos à disposição para executar seu assassinato. Muito antes, Stalin tinha assassinado vários colaboradores e amigos de Trotsky, sete de seus secretários e quatro de seus filhos – o ultimo deles, Leon Sedov, no início de 1938.

Trotsky foi um revolucionário e teórico excelente. No início de 1904, ele expôs a teoria da Revolução Permanente, que foi confirmada na prática pela Revolução de Outubro. Trotsky passou toda a sua vida no movimento revolucionário, liderou o Conselho Operário de Petrogrado em 1905, liderou com Lênin a Revolução de Outubro de 1917, criou o Exército Vermelho a partir da estaca zero, ajudou a construir a Terceira Internacional, e então, lutando contra a burocracia estalinista, foi cortado do poder e forçado a exilar-se por Stalin.

18 de agosto de 2013

Nota de esclarecimento do Movimento Estudantil Unificado – UFOB

Em reunião realizada no dia 15 de agosto de 2013, iniciada ás 18 horas no Pe. Vieira, com os representantes dos cursos, com objetivo de trazer as respostas das assembleias dos cursos, no que diz respeito, a unificação do movimento e paralisação das atividades do Padre Vieira. Estiveram presentes os representantes dos cursos: Engenharia Civil, Engenharia Sanitária e Ambiental, Biologia, Geologia, Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, História, Física, Administração, Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades. Por quatro votos a favor, dois votos contra e três abstenções, os cursos decidiram por paralisar as atividades nos campi da Universidade Federal do Oeste da Bahia e unificar o movimento.

Dessa forma foi criada uma pauta única com as demandas dos cursos que trouxeram suas pautas já discutidas, em assembleia com os estudantes. Os cursos que apresentaram as pautas são: Biologia, Física, Historia, Geologia, Engenharia Civil, Engenharia Sanitária e Ambiental e Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades. Sendo que os demais cursos devem entregar as pautas ao movimento unificado até o inicio das negociações, ou seja, em caráter de urgência.

12 de agosto de 2013

12 de agosto de 1798: Nasce a chama da liberdade republicana

O 12 de agosto deveria ser sempre lembrado e celebrado por todos os brasileiros. Há 215 anos apareceram em locais públicos estratégicos da Bahia (São Salvador da Bahia de Todos os Santos) os primeiros manuscritos – depois chamados de “pasquins sediciosos” – assinados por um Partido da Liberdade que conclamava o Povo Bahinense para a “memorável revolução” que iniciaria um novo “tempo em que todos seremos irmãos; o tempo em que todos seremos iguais”.

A historiografia brasileira tem chamado esse movimento de diferentes nomes, dentre eles: “sedição dos
mulatos”, “sublevação intentada”, “movimento revolucionário baiano”; “inconfidência baiana”; “conspiração baiana”; “revolta dos alfaiates”; “primeira revolução social brasileira”; “revolução dos búzios”; “conjuração baiana de 1798”.

Base social

Apesar das interpretações diversas que foram e continuam sendo feitas sobre a natureza e os objetivos do movimento baiano de 1798 e sobre suas contradições internas, estudos mais recentes que consultaram, além dos Autos das Devassas, outros arquivos e documentos no Brasil e em Portugal, revelam que estiveram envolvidos, pelo menos em suas origens, brasileiros e portugueses dos mais diferentes estratos sociais.

Embora as penas capitais (enforcamento) tenham recaído sobre dois soldados e dois alfaiates, e outras punições (degredo, açoites e prisão) tenham atingido a artesãos, escravos, pardos e negros forros, o Tribunal da Relação da Bahia chamou também para depor senhores de engenho, comerciantes, intelectuais, médicos, padres, professores, alguns deles diretamente ligados a ocupantes de altos cargos públicos do poder colonial na Bahia.

8 de agosto de 2013

Algumas lições de junho e o Partido dos Trabalhadores

Wanderson Pimenta*

Tivemos a oportunidade de acompanhar as maiores mobilizações dos últimos vinte anos. Desta vez, não estava em jogo os destinos institucionais da República, como no “Fora Collor” ou nas “Diretas Já”. Foram atropelados todos aqueles que imaginavam com certo de ar superioridade que havíamos atingido um status de bem estar social incompatível com grandes insatisfações. Enfim, se éramos um “País de classe média”, se estávamos todos absorvidos por um pacto de conciliação entre as classes e se o governo de composição

conseguia minimamente apresentar respostas a problemas seculares, como a redução da miséria, a partir do incremento das políticas de inclusão, qualquer previsão sobre algum tipo de convulsão social seria considerada loucura pelos céticos de plantão. Acontece que, nem sempre, as cartomantes a serviço da institucionalidade estão conectadas com o dia-a-dia das ruas. De tão acostumados ao ar condicionado das repartições, não conseguem mais se misturar aos novos ares das manifestações sem se resfriarem.

Assim, seria difícil imaginar que essa esquerda dispusesse de alguma condição para interpretar ou apresentar respostas às grandes mobilizações de junho. Atônitos, vendo pela televisão ou pela internet centenas de milhares de pessoas nas ruas de diversas cidades, não conseguiam acreditar no que viam. Os fatos que já desmentiam o triunfalismo medíocre há alguns anos, desta vez, sepultaram a tese do bem estar perpétuo propagada pelos tribunos da esquerda adepta “das leis e da ordem”. Entendemos com pesar, sob pena de do cometimento de equívocos, mas com a sobriedade da análise do momento, que a geração que fundou o Partido dos Trabalhadores, dirigiu o mesmo durante as grandes manifestações dos anos 80, criou a CUT, elegeu e reelegeu Lula, levou Dilma à presidência e, ainda mantém o PT sob férreo controle, foi completamente superada. Incapazes de abandonar as suas posições que, reconhecemos, foram duramente conquistadas, estão tão amarradas a elas que já não se diferenciam. Entrincheirados, já não se dispõem a qualquer tipo de revisão, retificação ou autocrítica. Como aqueles que se afogam, estão dispostos a arrastar com eles não apenas o salva-vidas, mas também o bote. De tanto nadarem a favor da correnteza, não conseguem visualizar o abismo adiante. De timoneiros, passaram a proprietários do navio.