19 de fevereiro de 2014

O que está em jogo na Ucrânia?






(Da Coordenação)

O assédio é antigo.

Com a rearrumação do tabuleiro geopolítico no leste europeu gerado pelo fim da URSS, a disputa pelos destroços da nave mãe se intensificou.

Um cabo de guerra. De um lado os russos, do outro o ocidente pelas vias da UE.

Em jogo o futuro energético estratégico para os russos.


O território ucraniano é o corredor por onde a Rússia escoa o seu gás para o centro da Europa, em troca de uma quantidade deste mesmo gás.

Aliada histórica da Rússia, a Ucrânia segue sofrendo com uma profunda desestabilização gerada pelos
interesses diversos.

Mas engana-se quem acha que se trata apenas de uma disputa por recursos energéticos.

Talvez uma reação em cadeia, pelo apoio de Putin ao regime de Assad na Síria o que atrapalha e muito a vida de franceses e americanos, passando pela não extradição de snowden aos EUA.

O troco veio ao quintal do kremlin.

Para a UE trata-se também de livrar-se da completa desmoralização após um investimento aberto e tão pesado em uma oposição difusa e disposta a vender os recursos naturais junto ao bloco em troca de estabilidade econômica.

O saldo até agora são 25 mortos.

Os chineses olham de longe, desconfiados.

Os americanos pressionam via ONU.

A situação tende a se intensificar e o kremlin, isolado, fatalmente cederá.

E aí Dilma, que tal praticar a tradição em defesa dos direitos humanos do Itamaraty?

Por hora, pobre snowden.

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