Aconteceu entre os dias 17 e 19 de março, na Faculdade Zumbi dos Palmares, capital paulista, o 65º Conselho Nacional de Entidades Gerais - CONEG da UNE. O conselho contou com mais de 400 entidades credenciadas e reuniu aproximadamente 500 estudantes, contando com debates sobre as Reformas da Previdência e Trabalhista, o PL da terceirização, o combate às opressões e melhorias no ensino superior.
Diante do cenário apresentado no CONEG, analisamos que o movimento estudantil brasileiro precisa mudar radicalmente a sua postura, fazer autocrítica, se democratizar. Nesse atual cenário de golpe e retirada de direitos, o CONEG precisava ser mais propositivo e politizado. Era necessário demonstrar mais força e mobilização contra o governo golpista e usurpador de Michel Temer, o parlamento golpista e a retirada de direitos.
A aprovação da carta convocatória "Os estudantes em defesa da educação, da democracia e do Brasil!", conclamando os/as estudantes para construir o dia 7 de abril um dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência e em defesa da educação, reforça as mobilizações da classe trabalhadora rumo à Greve Geral que ocorrerá no dia 28 de abril.
Nos preocupa muito o crescimento da direita no movimento estudantil nos últimos períodos. É perceptível essa organização em muitas universidades, e sobretudo neste CONEG isso ficou bastante nítido. Preocupante também é a postura do Campo Majoritário da UNE, encabeçado pela UJS, no sentido de achar positivo/natural a participação desses setores nos espaços da entidade - a exemplo do MEIO (PMDB) e da Ação Popular (PSDB).
Acreditamos que essa movimentação da direita em disputar a UNE, mesmo compreendendo que isso já aconteceu em outros momentos na história, representa o sustentáculo de um projeto de poder iniciado logo após o golpe contra nossa democracia em 2016. Os golpistas precisam, nesses primeiros momentos, minar/destruir qualquer ferramenta de resistência a esse novo projeto, até para que o mesmo perdure por um longo tempo. E a UNE, apesar dos equívocos da sua direção majoritária, ainda continua sendo uma importante ferramenta de luta dos/as estudantes e do povo brasileiro.
Acreditamos que essa movimentação da direita em disputar a UNE, mesmo compreendendo que isso já aconteceu em outros momentos na história, representa o sustentáculo de um projeto de poder iniciado logo após o golpe contra nossa democracia em 2016. Os golpistas precisam, nesses primeiros momentos, minar/destruir qualquer ferramenta de resistência a esse novo projeto, até para que o mesmo perdure por um longo tempo. E a UNE, apesar dos equívocos da sua direção majoritária, ainda continua sendo uma importante ferramenta de luta dos/as estudantes e do povo brasileiro.
O Coletivo O Estopim! seguirá Refazendo a UNE, incendiando corações e mentes pela base do movimento estudantil através de mobilizações, assembleias, debates, jornadas de luta, organizando manifestações nas cidades e no campo, enfim, construindo alianças com o conjunto da classe trabalhadora para juntos barrarmos os ataques do governo golpista e avançar na conquista de direitos.
Convidamos os/as estudantes para construir conosco durante o 55º CONUNE a nossa tese, Refazendo a UNE - para os/as estudantes, de lutas e de massas.
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