27 de maio de 2017

Liberdade e anistia para Abimael Guzmán!


Abimael Guzmán ou “Presidente Gonzalo” foi a principal liderança da guerrilha peruana “Sendero Luminoso”, fortemente atuante nas décadas de 80 e 90. Quando parcela dos partidos de esquerda, sobretudo na Europa, já haviam abandonado a via revolucionária para a conquista do poder em detrimentos de projetos com forte cunho eleitoral, a América Latina era varrida por uma série de movimentos contestatórios fruto das enormes desigualdades sociais no continente.

O Sendero Luminoso, muito embora deva ser compreendido enquanto um fenômeno localizado particularmente nas zonas pobres e camponesas do Peru, não era um acontecimento isolado. Na Colômbia as FARC, o MIR no Chile, a Frente Farabundo Marti na Guatemala, a Frente Sandinista que havia derrubado a ditadura de Somoza na Nicarágua e diversas outras organizações se ergueram em armas contra a corrupção, a miséria e o autoritarismo das classes dominantes e militares, em associação direta com o imperialismo estadunidense. Esse é o contexto, em maior ou menor grau, que fez surgir a guerrilha senderista como braço armado do Partido Comunista Peruano, tendo como principal articulador um professor de filosofia da Universidade de Ayacucho chamado Manuel Rubén Abimael Guzmán Reynoso.
 
O Sendero teve seu ápice em finais da década de 80 quando contou com milhares de camponeses em armas e com núcleos urbanos na capital Lima, dentre outros centros. O Exército se utilizou de todas as práticas possíveis e imagináveis para abalar as bases da insurreição no campo, destruindo vilarejos inteiros, cometendo assassinatos em massa, estupros coletivos, extermínio de crianças e idosos, sequestros em série, em um verdadeiro clima de terror que foi debitado na conta da guerrilha, o que gerou imenso desconforto nas classes médias embebidas pela propaganda midiática.
 
O golpe
 
O Presidente Alberto Fugimori dando um golpe de Estado e dissolvendo o parlamento, implementa uma série de medidas de emergência e de segurança que levaram a captura de Guzmán e parte da cúpula do movimento em meados de 1992. Desde então, mantido preso numa base naval do exército, incomunicável e com uma questionável sentença perpétua para cumprir, Abimael Guzmán, aos 82 anos, passa por diversos problemas de saúde. Como parte de uma campanha internacional pela sua libertação imediata, nos somamos nesse esforço internacionalista, latino-americano e libertário!
 
Liberdade para Abimael Guzmán!

Liberdade para todos os presos políticos da América Latina!

Coletivo O Estopim! "Incendiando Corações e Mentes"

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