18 de julho de 2019

FUTURE-SE: Educação Não é Mercadoria, Nossos Sonhos Não Estão à Venda!



Por Mirian Hapuque 

Nessa semana, o Ministério da Educação do governo Bolsonaro lançou o projeto FUTURE-SE destinado as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), o qual estará aberto à consulta popular até o dia 31 desse mês, um curto prazo que não permitirá o amplo debate da comunidade acadêmica e da sociedade, que em sua maioria se encontra em férias, dificultando uma profunda avaliação de impactos. Esse projeto mostra-se uma verdadeira ameaça a autonomia e liberdade de produção acadêmica dos Institutos e Universidades Públicas Federais diante de um grande incentivo a entrada massivo da iniciativa privada no meio acadêmico.  O projeto apresentado pelo tal “Sinistro” da Educação Abraham Weintraub,  revela, propositadamente, pontos obscuros e confusos tais como sobre o papel que as Organizações Sociais irão desempenhar nas IFES.  As Organizações Sociais ou OS’s são um tipo de associação privada que atuam na área do jurídico, “sem fins lucrativos”, recebendo algum dinheiro do Estado para fazer cumprir o seu papel, ou o papel que o Estado deveria fazer, que é administrar os serviços e patrimônios públicos. Conhecido como a “Onganização” das responsabilidades públicas. 

17 de junho de 2019

Nota de Apoio do Coletivo O Estopim! à Organização Dandara Gusmão



Diante dos fatos colocados, nós, integrantes d’O Estopim!, viemos por meio desta nota prestar nosso apoio à Organização Dandara Gusmão. Deixamos nítida a nossa oposição ao racismo que infesta a Universidade, que dificulta e torna ainda mais árdua a nossa passagem e a construção dos projetos maiores que, enquanto juventude, propomos para nós e para as pretas e pretos que ainda virão. O racismo não nos calará diante dos absurdos que nos empurram goela abaixo!

3 de junho de 2019

LUTAR E MUDAR AS COISAS NOS INTERESSA MAIS | Sobre as Eleições para o 57º CONUNE na UFBA



Nós, jovens que sonhamos e lutamos por uma sociedade livre das amarras do capitalismo e de todas as opressões que assombram a vida cotidiana do nosso povo, organizadas/es/os nas fileiras do coletivo O Estopim!, compreendemos a necessidade de ocupar e fortalecer as entidades de representação estudantil em todos os lugares onde estudantes existem e re-existem na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

15 de maio de 2019

QUEM TEM MEDO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL? | Manifesto d'O Estopim! Rumo ao 57º CONUNE



Este manifesto é um chamamento aos braços de lutas dispostos a construção de um movimento estudantil como ele deve ser: combativo, popular, enraizado na base, SEM MEDO de mudar o Brasil e lutar por educação pública, gratuita e de qualidade para que toda população tenha condições de acesso e permanência.



Apresentação


Essa é uma contribuição do coletivo O Estopim! ao 57º Congresso da União Nacional d@s estudantes. Somos jovens que acreditam ser possível construir um novo modelo organizativo e de lutas para o movimento estudantil e para as juventudes. Convocamos as e os estudantes e as juventudes para que lado a lado possamos seguir construindo A UNE, retomando a tarefa de ser um movimento estudantil de massas, da classe trabalhadora, socialista e que seja protagonista da transformação social - construindo frentes democráticas e populares para uma mudança radical no sistema econômico e político - contra o monopólio das comunicações, pela garantia de direitos para trabalhadores/as, mulheres, negros e negras, LGBTQIA+. Contra os ataques à educação, na arte e na cultura, pelo fim do genocídio da juventude negra, pela reforma agrária e urbana, pela demarcação de terras indígenas e quilombolas, por mais saúde, educação, respeito ao meio ambiente e pelos direitos humanos, caminhando assim rumo a luta internacionalista e socialista.

31 de março de 2019

1964: Não Há Nada O Que Comemorar

Estudantes queimam a bandeira dos Estados Unidos na Sexta Feira Sangrenta, Rio de Janeiro, 21 de Junho de 1968. Fotografia: Evandro Teixeira

A determinação do presidente Jair Bolsonaro para que os Comandos Militares das Forças Armadas comemorem o golpe civil-militar ocorrido no Brasil em 1964 é mais uma afronta, dentre tantas outras deste governo, à memória do povo brasileiro.

17 de fevereiro de 2019

Manifesto: Incendiar o Velho Para Construir a Boa-Nova




"Não será a tristeza do deserto presente que nos roube as perspectivas dum futuro melhor."
Antonieta de Barros




QUEM SOMOS

O Estopim! na Plenária Final do 66º Conselho de Entidades de Base da UNE (CONEB).
Fotografia: Dêja Chagas

Nós, d’O Estopim!, nos caracterizamos enquanto coletivo que se organiza nas fileiras dos movimentos de juventudes desde 1º de Maio de 2008. Nascemos no seio da Universidade Federal da Bahia, entre o mais vulneráveis socioeconomicamente e à partir de uma contradição latente do movimento estudantil organizado. Naquele momento, os coletivos que estavam à frente do M.E da UFBA se posicionavam contra a implementação das cotas raciais e do REUNI (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), enquanto nós já expressávamos a importância da efetivação dessas políticas de ações afirmativas como importante iniciativa para a popularização da universidade, embora soubéssemos que esse era só o início de um processo de expansão e democratização do acesso para quem antes, como muitos de nós, nunca tiveram na história de suas famílias  acesso à educação superior pública e de qualidade. Partimos do movimento de casas de estudantes, atuação coletiva que posteriormente em 2009, desaguou na refundação da Associação de Casas de Estudantes da Bahia (ACEB), instrumento esse que é muito importante para aquelas e aqueles que lutam por moradia digna para que a possibilidade do acesso ao ensino superior seja, de fato, concreta.

21 de janeiro de 2019

Construção do Observatório de Direitos Humanos da UFBA: Balanço e Perspectivas



Leide Mota em discurso na Audiência Pública sobre o ODH/UFBA | Foto: Dêja Chagas

A pauta do Observatório de Direitos Humanos (ODH) na UFBA, assim como muitas outras bandeiras de luta dos setores organizados na universidade, não é nova. Há anos, o movimento estudantil – sobretudo a partir da intervenção do Coletivo O Estopim! e mais recentemente do Diretório Acadêmico de Arquivologia – vem se debruçando no sentido de torná-la realidade.
Debater direitos humanos no ambiente universitário, assim como na sociedade como um todo, nunca foi tarefa fácil. Temos um modelo de universidade que, ainda sob a influência da reforma universitária promovida pelos militares em 1968, reproduz e reforça discursos que violam os mencionados direitos.
Essa pauta começou a ganhar força no ano de 2014 quando, a partir do fim dos trabalhos da Comissão Milton Santos de Memória e Verdade da UFBA (CMSMV), percebemos a necessidade da continuidade do resgate das memórias e histórias da instituição em relação à ditadura civil-militar – período sombrio da nossa história recente.