24 de outubro de 2009
21 de outubro de 2009
92 anos da Revolução Russa.*
Por Diego Rabelo¹
Na primeira metade do século XX, o planeta foi sacudido por um acontecimento que se reflete até hoje, no século XXI. A mãe Rússia, devastada pela guerra e pela fome, inicia o processo que para muitos só poderia ser construído por um país desenvolvido no centro da Europa.
A queda do Czar em 1905 simboliza o desmoronamento de toda uma forma de relações obsoletas que não mais condiziam com os avanços tecnológicos proporcionados pela revolução industrial dois séculos antes.
Falar sobre a grande revolução Russa de 1917 é, sem dúvida, debruçar-se sobre uma infinita variedade de conjunturas e relações que, de certo, uma simples matéria desatenta do rigor científico e histórico não será capaz de firmar. Aqui, será necessário um recorte panorâmico, porém fiel aos relatos deste grande acontecimento.
Em A Era dos Extremos de Eric Hobsbawm², o historiador tenta definir os acontecimentos da ala oriente do globo da seguinte forma:
... “O mundo que se esfacelou no fim da década de 1980 foi o mundo formado pelo impacto da revolução Russa de 1917. Fomos todos marcados por ela, por exemplo, na medida em que nos habituamos a pensar na moderna economia industrial em termos de opostos binários, “capitalismo” e “socialismo” como alternativas mutuamente excludentes, uma identificada com economias organizadas com base no modelo da URSS, a outra com todo o restante”. ( A era dos extremos, Robesbawm, Página 14)
Mas como é possível compreender um acontecimento improvável naquelas circunstâncias que se desdobraram em costumes, práticas e um contundente sistema político-econômico? Como estudantes de Museologia e cientistas sociais, devemos estar atentos aos contextos manifestados pela conjuntura geral e também a específica no intuito de sermos responsáveis com o critério da pesquisa mesmo que ressaltando uma parte da mesma, ou seja, um recorte. E, respeitando a ferramenta científica fui obrigado a recorrer à fabulosa obra do Jornalista norte-americano Jonh Reed³ que, de certo, ajuda-nos a elucidar um pouco sobre como vivia o povo russo naquela época:
“A filha de um amigo meu chegou um dia à minha casa sufocada de indignação porque uma mulher, condutora de bonde, a havia chamado de camarada”. (REED, Jonh. Os dez dias que abalaram o mundo)
E continua...
A tranqüilidade da “vida normal” era apenas aparente. Do outro lado da cidade, era uma agitação infinita, uma disputa de idéias e de posições políticas. “Durante vários meses”, diz Reed, “em Petrogrado, e em toda a Rússia, cada esquina era uma tribuna pública. Nos trens, nos bondes, em toda parte, repetidamente, surgiam polêmicas e discursos”. (REED, Jonh. Os dez dias que abalaram o mundo)
O gelado país do extremo oriente do globo se aqueceu de idéias e relações que proporcionaram um grande salto qualitativo de ordem intelectual na população. Se no início do século XX a Rússia era apenas um país rude e camponês, quinze anos depois já era uma nação com acesso ao que havia de mais erudito em termo de música e literatura, além de variados círculos e partidos revolucionários.
Relatar a Revolução Russa nos obriga a compreender a intima ligação das massas camponesas e operárias a sua ferramenta, o partido político. A Rússia nos oferece um rico leque de exemplos sobre os partidos e as relações destes com o povo. Seguindo o recorte necessário, um dos mais importantes deles é sem dúvida o Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR). Este, na opinião de quem vos escreve, foi responsável pelo mais importante arcabouço teórico dos revolucionários russos no período pré-revolucionário. Em outras palavras, a “mãe” – Não a de Gorki(4), de todo o processo de desenvolvimento e amadurecimento para uma preparação conseqüente e disciplinada na implementação da democracia operária. A estratégia deste partido consistia basicamente em construir a partir das necessidades específicas dos trabalhadores um programa geral para a derrubada da ordem social vigente. Mas a democracia russa ainda era muito nova e carecia de experimentações que instrumentalizassem o conjunto dos trabalhadores.
Neste contexto de buscas e compreensões de estratégias para se adotar a situação, em 1902 há uma grande cisão no POSDR, colocando de um lado os Mencheviques (minoria) e do outro os Bolcheviques (Maioria). Após esta ruptura política nada mais foi o mesmo. Os Mencheviques defendiam de uma forma genérica um governo de coalizão com os partidos da burguesia para a implementação de conquistas democráticas contra o velho regime. Os Bolcheviques acreditavam que a burguesia enfrentava uma grave crise internacional e não seria capaz de garantir até as ultimas conseqüências às conquistas democráticas vividas nos países desenvolvidos da Europa.
Com os desdobramentos do governo de coalizão implementado pela primeira revolução de 1905, os soviets(5) tiveram um fundamental papel na disputa de concepções políticas para a Rússia. Neles e com eles o partido Bolchevique se enraizou na classe trabalhadora operária fazendo avançar o nível de consciência da vanguarda que culminou na grande vitória de outubro de 1917. Dirigidos por Lênin(6), o partido Bochevique resistiu a todas as formas de pressão e agressão, assumindo o controle dos acontecimentos com uma unidade inquebrantável entre camponeses e operários. De certo que os soviets necessitariam de uma dedicação exclusiva deste que vos escreve, mas não me foi possível por espaço e objetivo deste boletim.
O grande interprete da teoria da Práxis, diria em cárcere Gramsci(7) ao se reportar a Lênin, portador de oratória apurada e de profunda habilidade, se destacou como o maior expoente da revolução de outubro além de fundador dos elementos mestres do que viria a ser a URSS. Após a sua morte em 1924 e as seguidas derrotas do movimento operário europeu (Alemanha, Espanha, Itália etc) os sonhos de toda uma nação e geração de revolucionários foram se transformando em pesadelo. A burocracia que o sucedeu, teve Stalin(8) como principal dirigente. Perseguindo, matando e silenciando divergentes, Stalin isolou a URSS afastando-a do seu papel histórico de ajudar na luta dos proletários de todo o mundo contra o sistema da grande propriedade privada dos meios.
Como ponta de lança do império capitalista, Stalin estrangulou todas as possibilidades de vitória do proletariado mundial possibilitando, inclusive, a ascensão de Hitler na Alemanha diante da capitulação da III Internacional frente aos acontecimentos naquele país.
O país dos soviets é e continuará a ser um holofote para o conjunto das gerações da classe trabalhadora em todo o mundo. Ela, mais do que qualquer outra, foi capaz de mostrar aos oprimidos que mesmo com toda a adversidade e dificuldade é possível destruir o agressor como diz o jornal da 19° brigada Eusébio Giambone:
Depois da Revolução francesa, surgiu na Europa uma Revolução Russa, e isso mais uma vez ensinou ao mundo que mesmo o mais forte dos invasores pode ser repelido, assim que o destino da pátria é realmente confiado ao povo, aos humildes, aos proletários, à gente trabalhadora. (Do jornal Mural da 19° brigada Eusébio Giambone, dos Partisans italianos, 1944 – Pavone, 1991, P.406.)
Alguns nos chamam de utópicos, outros – sem tanta propriedade, preferem o senso comum e pueril através de palavras que, na sua compreensão deveriam soar negativas, do tipo radicais. A estes pobres de espírito opto, de certo, por uma reclusão de pensamentos a espera de que, como na Rússia, a conjuntura nos aponte para um amadurecimento veloz feito um motor Ferrari. Em sendo assim prefiro ser chamado de “gripados da guerra fria” ou “pobres meninos ingênuos idealistas”. Estes adjetivos me soam mais carinhosos. (risos)
Honra aos que tombaram glória a revolução!
Criticas, sugestões, manifestações ou desabafos: diego_rabello@yahoo.com.br
*Extraído originalmente do Informe Museológico, boletim informativo dos estudantes de museologia da UFBA. Outubro de 2008.
1- Diego Rabelo é estudante da UFBa, diretor de política estudantil do DAMUSEO-UFBa, além de coordenador de Articulação Nacional da ExNEMus.
2- Historiador Marxista nascido no Egito. Autor de diversas obras das quais se destacam: Trabalhadores e Bandidos e História Social do Jazz, Nações e Nacionalismos e A Invenção da Tradição etc.
3- Jornalista norte americano que escreve com riqueza detalhes a grande Revolução Russa de 1917. Além de “os Dez dias que abalaram o mundo” escreve anteriormente “México Rebelde” dentre outras obras.
4- Artista surrealista russo. Politicamente identificado com os Mencheviques através da sua ala internacionalista. Tem como principais obras: A Mãe, Os degenerados, Os bárbaros etc.
5- Conselhos populares formados por soldados, camponeses e operários. Sem dúvida a forma de autogestão mais vitoriosa de que se tem conhecimento. Assim como na Rússia, chegou a ser implementada nos países que passaram por processos revolucionários como Espanha e França.
6- Maior dirigente do partido bolchevique. Morre em 1924 após, aparentemente, passar por um processo de recuperação vitima de um derrame. Os arquivos da antiga URSS podem revelar muito ainda sobre este acontecimento.
7- Revolucionário Italiano foi preso no regime fascista de Mussolini. Dono de um vasto arcabouço teórico que debate Filosofia, Religião, Política, Cultura dentre outros. A sua principal e inacabada obra chama-se Cadernos do Cárcere e conta com sete volumes.
8- Após a morte de Lênin dirige o partido onde expulsa, persegue, bane e assassina todos os seus opositores. Destrói e isola politicamente a URSS afastando-a do seu papel histórico. Morre em 5 de março de 1953.
Indicações para Leitura:
Os dez dias que abalaram o Mundo (Jonh Reed)
Obras escolhidas (Lênin)
Como fizemos à revolução (Leon Trotsky)
A era dos extremos (Eric Hobsbawm)
Na primeira metade do século XX, o planeta foi sacudido por um acontecimento que se reflete até hoje, no século XXI. A mãe Rússia, devastada pela guerra e pela fome, inicia o processo que para muitos só poderia ser construído por um país desenvolvido no centro da Europa.
A queda do Czar em 1905 simboliza o desmoronamento de toda uma forma de relações obsoletas que não mais condiziam com os avanços tecnológicos proporcionados pela revolução industrial dois séculos antes.
Falar sobre a grande revolução Russa de 1917 é, sem dúvida, debruçar-se sobre uma infinita variedade de conjunturas e relações que, de certo, uma simples matéria desatenta do rigor científico e histórico não será capaz de firmar. Aqui, será necessário um recorte panorâmico, porém fiel aos relatos deste grande acontecimento.
Em A Era dos Extremos de Eric Hobsbawm², o historiador tenta definir os acontecimentos da ala oriente do globo da seguinte forma:
... “O mundo que se esfacelou no fim da década de 1980 foi o mundo formado pelo impacto da revolução Russa de 1917. Fomos todos marcados por ela, por exemplo, na medida em que nos habituamos a pensar na moderna economia industrial em termos de opostos binários, “capitalismo” e “socialismo” como alternativas mutuamente excludentes, uma identificada com economias organizadas com base no modelo da URSS, a outra com todo o restante”. ( A era dos extremos, Robesbawm, Página 14)
Mas como é possível compreender um acontecimento improvável naquelas circunstâncias que se desdobraram em costumes, práticas e um contundente sistema político-econômico? Como estudantes de Museologia e cientistas sociais, devemos estar atentos aos contextos manifestados pela conjuntura geral e também a específica no intuito de sermos responsáveis com o critério da pesquisa mesmo que ressaltando uma parte da mesma, ou seja, um recorte. E, respeitando a ferramenta científica fui obrigado a recorrer à fabulosa obra do Jornalista norte-americano Jonh Reed³ que, de certo, ajuda-nos a elucidar um pouco sobre como vivia o povo russo naquela época:
“A filha de um amigo meu chegou um dia à minha casa sufocada de indignação porque uma mulher, condutora de bonde, a havia chamado de camarada”. (REED, Jonh. Os dez dias que abalaram o mundo)
E continua...
A tranqüilidade da “vida normal” era apenas aparente. Do outro lado da cidade, era uma agitação infinita, uma disputa de idéias e de posições políticas. “Durante vários meses”, diz Reed, “em Petrogrado, e em toda a Rússia, cada esquina era uma tribuna pública. Nos trens, nos bondes, em toda parte, repetidamente, surgiam polêmicas e discursos”. (REED, Jonh. Os dez dias que abalaram o mundo)
O gelado país do extremo oriente do globo se aqueceu de idéias e relações que proporcionaram um grande salto qualitativo de ordem intelectual na população. Se no início do século XX a Rússia era apenas um país rude e camponês, quinze anos depois já era uma nação com acesso ao que havia de mais erudito em termo de música e literatura, além de variados círculos e partidos revolucionários.
Relatar a Revolução Russa nos obriga a compreender a intima ligação das massas camponesas e operárias a sua ferramenta, o partido político. A Rússia nos oferece um rico leque de exemplos sobre os partidos e as relações destes com o povo. Seguindo o recorte necessário, um dos mais importantes deles é sem dúvida o Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR). Este, na opinião de quem vos escreve, foi responsável pelo mais importante arcabouço teórico dos revolucionários russos no período pré-revolucionário. Em outras palavras, a “mãe” – Não a de Gorki(4), de todo o processo de desenvolvimento e amadurecimento para uma preparação conseqüente e disciplinada na implementação da democracia operária. A estratégia deste partido consistia basicamente em construir a partir das necessidades específicas dos trabalhadores um programa geral para a derrubada da ordem social vigente. Mas a democracia russa ainda era muito nova e carecia de experimentações que instrumentalizassem o conjunto dos trabalhadores.
Neste contexto de buscas e compreensões de estratégias para se adotar a situação, em 1902 há uma grande cisão no POSDR, colocando de um lado os Mencheviques (minoria) e do outro os Bolcheviques (Maioria). Após esta ruptura política nada mais foi o mesmo. Os Mencheviques defendiam de uma forma genérica um governo de coalizão com os partidos da burguesia para a implementação de conquistas democráticas contra o velho regime. Os Bolcheviques acreditavam que a burguesia enfrentava uma grave crise internacional e não seria capaz de garantir até as ultimas conseqüências às conquistas democráticas vividas nos países desenvolvidos da Europa.
Com os desdobramentos do governo de coalizão implementado pela primeira revolução de 1905, os soviets(5) tiveram um fundamental papel na disputa de concepções políticas para a Rússia. Neles e com eles o partido Bolchevique se enraizou na classe trabalhadora operária fazendo avançar o nível de consciência da vanguarda que culminou na grande vitória de outubro de 1917. Dirigidos por Lênin(6), o partido Bochevique resistiu a todas as formas de pressão e agressão, assumindo o controle dos acontecimentos com uma unidade inquebrantável entre camponeses e operários. De certo que os soviets necessitariam de uma dedicação exclusiva deste que vos escreve, mas não me foi possível por espaço e objetivo deste boletim.
O grande interprete da teoria da Práxis, diria em cárcere Gramsci(7) ao se reportar a Lênin, portador de oratória apurada e de profunda habilidade, se destacou como o maior expoente da revolução de outubro além de fundador dos elementos mestres do que viria a ser a URSS. Após a sua morte em 1924 e as seguidas derrotas do movimento operário europeu (Alemanha, Espanha, Itália etc) os sonhos de toda uma nação e geração de revolucionários foram se transformando em pesadelo. A burocracia que o sucedeu, teve Stalin(8) como principal dirigente. Perseguindo, matando e silenciando divergentes, Stalin isolou a URSS afastando-a do seu papel histórico de ajudar na luta dos proletários de todo o mundo contra o sistema da grande propriedade privada dos meios.
Como ponta de lança do império capitalista, Stalin estrangulou todas as possibilidades de vitória do proletariado mundial possibilitando, inclusive, a ascensão de Hitler na Alemanha diante da capitulação da III Internacional frente aos acontecimentos naquele país.
O país dos soviets é e continuará a ser um holofote para o conjunto das gerações da classe trabalhadora em todo o mundo. Ela, mais do que qualquer outra, foi capaz de mostrar aos oprimidos que mesmo com toda a adversidade e dificuldade é possível destruir o agressor como diz o jornal da 19° brigada Eusébio Giambone:
Depois da Revolução francesa, surgiu na Europa uma Revolução Russa, e isso mais uma vez ensinou ao mundo que mesmo o mais forte dos invasores pode ser repelido, assim que o destino da pátria é realmente confiado ao povo, aos humildes, aos proletários, à gente trabalhadora. (Do jornal Mural da 19° brigada Eusébio Giambone, dos Partisans italianos, 1944 – Pavone, 1991, P.406.)
Alguns nos chamam de utópicos, outros – sem tanta propriedade, preferem o senso comum e pueril através de palavras que, na sua compreensão deveriam soar negativas, do tipo radicais. A estes pobres de espírito opto, de certo, por uma reclusão de pensamentos a espera de que, como na Rússia, a conjuntura nos aponte para um amadurecimento veloz feito um motor Ferrari. Em sendo assim prefiro ser chamado de “gripados da guerra fria” ou “pobres meninos ingênuos idealistas”. Estes adjetivos me soam mais carinhosos. (risos)
Honra aos que tombaram glória a revolução!
Criticas, sugestões, manifestações ou desabafos: diego_rabello@yahoo.com.br
*Extraído originalmente do Informe Museológico, boletim informativo dos estudantes de museologia da UFBA. Outubro de 2008.
1- Diego Rabelo é estudante da UFBa, diretor de política estudantil do DAMUSEO-UFBa, além de coordenador de Articulação Nacional da ExNEMus.
2- Historiador Marxista nascido no Egito. Autor de diversas obras das quais se destacam: Trabalhadores e Bandidos e História Social do Jazz, Nações e Nacionalismos e A Invenção da Tradição etc.
3- Jornalista norte americano que escreve com riqueza detalhes a grande Revolução Russa de 1917. Além de “os Dez dias que abalaram o mundo” escreve anteriormente “México Rebelde” dentre outras obras.
4- Artista surrealista russo. Politicamente identificado com os Mencheviques através da sua ala internacionalista. Tem como principais obras: A Mãe, Os degenerados, Os bárbaros etc.
5- Conselhos populares formados por soldados, camponeses e operários. Sem dúvida a forma de autogestão mais vitoriosa de que se tem conhecimento. Assim como na Rússia, chegou a ser implementada nos países que passaram por processos revolucionários como Espanha e França.
6- Maior dirigente do partido bolchevique. Morre em 1924 após, aparentemente, passar por um processo de recuperação vitima de um derrame. Os arquivos da antiga URSS podem revelar muito ainda sobre este acontecimento.
7- Revolucionário Italiano foi preso no regime fascista de Mussolini. Dono de um vasto arcabouço teórico que debate Filosofia, Religião, Política, Cultura dentre outros. A sua principal e inacabada obra chama-se Cadernos do Cárcere e conta com sete volumes.
8- Após a morte de Lênin dirige o partido onde expulsa, persegue, bane e assassina todos os seus opositores. Destrói e isola politicamente a URSS afastando-a do seu papel histórico. Morre em 5 de março de 1953.
Indicações para Leitura:
Os dez dias que abalaram o Mundo (Jonh Reed)
Obras escolhidas (Lênin)
Como fizemos à revolução (Leon Trotsky)
A era dos extremos (Eric Hobsbawm)
16 de outubro de 2009
ENEM para os BI’s. Sim, e a formação profissional?*
*Por Rafael Damasceno / Enfermagem UFBA
Na última reunião do CONSEPE – Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UFBA houve a discussão sobre o novo método para adentrar nas Universidades. A proposta do MEC seria uma nova modalidade de ENEM unificado nacionalmente, ou seja, uma prova para todo o Brasil, em que os estudantes poderiam fazer em suas regiões tendo a oportunidade de escolher até cinco opções de cursos e instituições por todo o Brasil, de modo que o candidato poderá escolher cursos diferentes em instituições distintas. De fato é uma proposta, no mínimo, inovadora. As discussões iniciaram-se nos conselhos Universitários pelo país.
O debate sobre a modalidade de seleção nas Universidades é extremamente importante, afinal, a oportunidade de adentrar no Ensino Superior atualmente é relegada para poucos, sendo esta desigualdade de acesso executada e fundamentada pelo funil do vestibular. Entretanto, pôde-se perceber na citada reunião do CONSEPE uma arbitrariedade da Reitoria em afirmar que o “novo” modelo de entrada nas universidades pelo ENEN já seria válido para os BI’s – Bacharelados Iterdiciplinares, em vigor na UFBA. Esta afirmação é extremamente questionável quando coloca os BI’s em um patamar “fora” do universo acadêmico da UFBA. É como se os BI’s fossem uma outra Universidade, o que é uma incoerência tamanha. Os estudantes dos BI’s não podem ser considerados “diferentes” dos estudantes de graduação linear. Estes têm que pertencer a totalidade dos estudantes da UFBA, assim sendo também a eles garantidos diversos direitos que atualmente lhe são negados.
Nesse sentido, é possível perceber o fato que o Reitor tem com os BI’s a oportunidade pessoal de realização de uma experiência empírica subjetiva, excluindo a oportunidade de toda a Comunidade UFBA discutir e participar do processo decisório sobre os BI’s, ou seja, tendo os BI’s como propriedade pessoal. A UFBA não pode ser o trampolim político de Naomar para o ministério da educação. Isso é no mínimo irresponsável.
Assim, O ESTOPIM, reafirma a necessidade de inserção do Movimento Estudantil organizado nesta discussão, para que possamos cobrar a Reitoria um posicionamento qualificado sobre este novo Modelo de entrada nas Universidades, abrangendo assim a totalidade dos estudantes. A comunidade dos BI´S não pode ser enganada pela reitor Naomar. Queremos saber dele quando irá parar de fazer propaganda das maravilhas dos BI´s e garantir a centralidade da discussão que é a verdadeira formação para todos esses estudantes, assim, como a garantia material para que estes permaneçam de forma digna na Universidade.
A REITORIA TEM AGORA A RESPONSABILIDADE DE GARANTIR A CONTINUIDADE DOS ESTUDANTES DOS BI´s NA UNIVERSIDADE!!!
COM A PALAVRA O SR. REITOR NAOMAR DE ALMEIDA FILHO...
10 de outubro de 2009
Liberdade a Cesare Battisti!*
*Por Diego Rabelo/Museologia-UFBA
No ultimo dia 09 de setembro foi à julgamento o pedido do ministro da Justiça Tarso Genro no que concerne a concessão do refúgio ao ex-militante de esquerda Cesare Battisti. Mais uma vez foi adiada a sua decisão, já que o ministro Marco Aurélio Mello, depois de se manifestar favoravelmente ao ato do ministro pediu vistas do processo. O caso ganhou contornos colossais pela mídia conservadora por se tratar de um ex-guerilheiro que combateu na Itália durante um período conhecido como “anos de chumbo”. Battisti, militou em diversas organizações extra-parlamentares e em 1977, após ser preso pela segunda vez, aderiu ao grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Entenda um pouco a cronologia do caso...
O caso foi reaberto na Itália após dez anos quando, o que o próprio Battisti alcunhou de “um preso arrependido”, Pietro Mutti, companheiro de Battisti nas PAC, se colocou em colaboração com a justiça italiana e foi benefiado pela delação premiada. A sentença para Battisti foi a prisão perpétua. As circunstâncias em que se deu o ocorrido acordo são absolutamente questionáveis bem como a arquitetura completa da obra afim de descolar um bode espiatório.
As seguidas batalhas judiciais tiveram diferentes cenários geográficos. Na França, durante o governo Mitterrand, Battisti viu o destino lhe sorrir quando no 65º Congresso da Ligue des Droits de l'Homme (Liga dos direitos Humanos), uma resolução assinalava que: “pessoas envolvidas em atividades terroristas na Itália até 1981 e que tivessem abandonado a violência poderiam optar pela permanencia na França, caso não praticassem mais crimes”. Battisti então retorna para a França, onde já se estabelecia sua família, mas é preso em 1991 por conta de um pedido de extradição da justiça Italiana (o primeiro de muitos). Ficou preso durante quatro meses até o pedido ser negado pelo governo francês, que mais tarde cedendo as pressões do governo italiano, o julga pela segunda vez e novamente o nega.
Com a mudança de governo naquele país e a ascensão de Chirac as intituições de Justiça aceitam um novo pedido de extradição de Battiste em 2004 para a Italia. Battiste foge e é preso em 2007 no Rio de Janeiro durante uma operação conjunta que envolveu a Interpol e as polícias brasileira, italiana e francesa. Desde então trava batalhas judiciais, de opinião pública e também para se manter em sã consciência. Battisti também é escritor e em cárcere deu origem ao seu “Minha fuga sem fim”, onde faz algumas reflexões sobre as condições políticas na Itália e sobre a sua experiência na luta armada.
A opinião do nosso coletivo:
Não se trata aqui de um feitiche com o governo Lula mas, a decisão demosntra e reforça a nossa opinião de combatermos o esquerdismo doentil, impregnado em alguns setores do movimento social, que resumem a sua análise sobre este a palavra de ordem “neoliberal”. Na verdade, a posição do Ministro Tarso Genro e da majoritária do PT, não é mais que a obrigação de um governo eleito com muitos anseios dos movimentos sociais, principalmente dos familiares daqueles que combateram e tombaram durante a ditadura militar aqui no Brasil.
Convenientemente esses mesmos setores não manifestaram uma única palavra a respeito do caso. Ora, será que a postura dos opositores do Governo de Lula deve mesmo ser apenas uma prática denuncista, sectária e oportunista a ponto de fazer vistas grossas a toda e qualquer atitude correta que este venha a adotar? De nossa parte temos inúmeras críticas ao governo, a majoritária do PT e inclusive, a esquerda do próprio partido, mas devemos ser responsáveis com as nossas atitudes e por isso apoiamos o Ministro Tarso Genro no que concerne o caso Battiste.
Os perseguidos políticos dos regimes autoritários como: os fascista, os nazista, ou qualquer ditadura de direita que solicitarem refúgio político devem ser acolhidos pelo nosso país como uma atitude livre e soberana. Essa luta se inicia no campo democrático e deve ser compreendida como um combate pela defesa dos direitos políticos que qualquer cidadão dispõe. Por tanto defendemos o refúgio a Cesare Battisti e aos diversos cidadãos que estejam na mesma situação independentemente da sua respectiva nacionalidade respeitando, dessa forma, a constituição de 1988, que veda a extradição motivada por dissonâncias políticas.
Combateremos para que a postura do governo seja intransigente no que diz respeito a sua soberania bem como para que este exemplo de vigor seja adotado também na abertura dos arquivos da ditadura no Brasil.
5 de outubro de 2009
Aborto Provocado é questão de Gênero!
*Por Thiago Fiel/Enfermagem UFBA
A sexualidade masculina e feminina construída socialmente cria estereótipos em que a sexualidade masculina é reconhecida como incontrolável, cheia de permissões e incentivos, e a sexualidade feminina é recheada de cobranças e restrições, devendo ser despertada e estar subordinada à vontade do homem. A ideologia responsabiliza a mulher e exime os homens de qualquer responsabilidade na questão da contracepção e da maternidade. A idéia que predominava e que ainda persiste é a responsabilização da mulher pela gravidez, mesmo nos casos de violência sexual ou risco de vida. A decisão de ser ou não ser mãe não é uma decisão fácil e o que, aparentemente, parece ser uma decisão individual, envolve uma série de fatores.
O aborto torna-se, então, a única saída para estas mulheres e, neste desafio, elas arriscam suas próprias vidas, quando decidem interromper a gravidez utilizando-se de quaisquer recursos que tenham à mão. Esta decisão muitas vezes é vivida de forma solitária e clandestina, ou sobre pressão dos parceiros ou familiares. O sentimento de abandono não significa necessariamente que sejam deixadas sozinhas, mas sim porque o parceiro e familiares são os primeiros a propor o aborto, sem maiores indagações. Por ser proibido, o aborto leva a pressões psicológicas e sociais muito grandes, sendo carregado de medo, culpa, censura, vergonha, e estas mulheres ainda enfrentam o desprezo, a humilhação e o julgamento dos profissionais de saúde. A prática do aborto inseguro, especialmente evidencia as diferenças socioeconômicas, culturais, étnico-raciais e regionais diante da mesma ilegalidade do aborto.
É no âmbito de um ideário igualitário de gênero no campo dos direitos sexuais e reprodutivos que o tema do aborto deve ser percebido. Relações de poder e de gênero desiguais e violentas não podem ser reproduzidas e legitimadas pelo Estado, a partir de uma legislação que criminaliza as mulheres por um procedimento de saúde de que somente elas necessitam. Hoje não faz sentido falar-se em igualdade formal ou material, visto que há unanimidade de entendimento no sentido de que a isonomia adotada no sistema jurídico é a material que consiste justamente em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas disparidades.
Muito ainda há que se percorrer. E a partir da constatação de que a legislação não se adéqua ao espírito das lutas sociais, os movimentos devem se organizar e lutar para que a sociedade absorva o os direitos sexuais e reprodutivos de uma maneira que atenda a tod@s e não de uma maneira fictícia imposta pela lei que muitas vezes se tronam gritantemente inconstitucionais para atender as necessidades de um grupo patriarcal.
Por isso nós de O ESTOPIM! reivindicamos os direitos femininos pela liberdade de escolha, com a assistência do Estado e com o respeito da sociedade. Que mais nenhuma mulher morra pela ilegalidade!
3 de outubro de 2009
Passe Livre Estudantil
Um dos encargos mais pesados e exorbitantes para um (a) chefe de família na sociedade capitalista é sem dúvidas o gasto com o transporte. Para uma família trabalhadora, no Brasil, chega a ser o segundo maior gasto no mês. Em contrapartida os capitalistas donos das empresas de transporte lucram absurdamente à custa de um serviço ruim. As grandes cidades sofrem com a caótica situação do transporte público e a juventude é principal afetada, pois são estes que constantemente necessitam se deslocar para a escola e para diversas outras atividades.
Em Salvador pode-se perceber o caos do transporte público e o número cada vez maior de veículos particulares, o que leva nos horários de pico a uma situação absurda de congestionamentos quilométricos. Isso reflete diretamente na qualidade de vida do cidadão soteropolitano, pois o ambiente fica poluído com tantos veículos eliminando gás carbônico além do caos sonoro de buzinas e motores. Uma solução a médio prazo não efetuada e então teremos uma cidade intransitável no período de cinco anos.
Em contrapartida o SETEPS realiza ajustes anuais sob o argumento da defasagem da tarifa do transporte público em Salvador, se comparada a outras cidades. Isso é no mínimo cínico! É inaceitável ver o senhor Horácio Brasil e sua corja dizer que o transporte público de Salvador não lhe rende divisas. Ora companheiros, o cálculo é bem simples, a nossa cidade tem pouco mais de 3 milhões de habitantes, onde 2 milhões se utilizam do transporte público para se deslocar para o trabalho, para as escolas, enfim para cumprir a sua rotina cotidiana. Então o SETEPS pode falar qualquer coisa, menos que não está lucrando em Salvador.
Para provar a mentira contada pelo SETEPS, é necessário propor ao conselho de transportes, sem nenhuma ilusão a este órgão, que aconselhe a prefeitura de Salvador a abrir novas licitações para o transporte público fixando um valor que corresponda ao valor do salário mínimo além de garantir o passe livre para todos os estudantes e desempregados. Sem dúvidas de que essa estratégia desnudará a falácia dos empresários que dirão sobre a impossibilidade de tal implementação dessas reivindicações. De nossa parte diremos, não temos nada com isso e queremos que seja assegurada a nossa reivindicação e o nosso direito.
Neste sentido, nós do coletivo O Estopim! defendemos o passe livre para estudantes e desempregados. Entendemos que o direito de ir e vir da juventude deve ser respeitado, e que os empresários de ônibus devem arcar, de agora em diante, com qualquer adversidade financeira na matéria prima do transporte e com qualquer ônus causado pelos reflexos da economia.
Em Salvador pode-se perceber o caos do transporte público e o número cada vez maior de veículos particulares, o que leva nos horários de pico a uma situação absurda de congestionamentos quilométricos. Isso reflete diretamente na qualidade de vida do cidadão soteropolitano, pois o ambiente fica poluído com tantos veículos eliminando gás carbônico além do caos sonoro de buzinas e motores. Uma solução a médio prazo não efetuada e então teremos uma cidade intransitável no período de cinco anos.
Em contrapartida o SETEPS realiza ajustes anuais sob o argumento da defasagem da tarifa do transporte público em Salvador, se comparada a outras cidades. Isso é no mínimo cínico! É inaceitável ver o senhor Horácio Brasil e sua corja dizer que o transporte público de Salvador não lhe rende divisas. Ora companheiros, o cálculo é bem simples, a nossa cidade tem pouco mais de 3 milhões de habitantes, onde 2 milhões se utilizam do transporte público para se deslocar para o trabalho, para as escolas, enfim para cumprir a sua rotina cotidiana. Então o SETEPS pode falar qualquer coisa, menos que não está lucrando em Salvador.
Para provar a mentira contada pelo SETEPS, é necessário propor ao conselho de transportes, sem nenhuma ilusão a este órgão, que aconselhe a prefeitura de Salvador a abrir novas licitações para o transporte público fixando um valor que corresponda ao valor do salário mínimo além de garantir o passe livre para todos os estudantes e desempregados. Sem dúvidas de que essa estratégia desnudará a falácia dos empresários que dirão sobre a impossibilidade de tal implementação dessas reivindicações. De nossa parte diremos, não temos nada com isso e queremos que seja assegurada a nossa reivindicação e o nosso direito.
Neste sentido, nós do coletivo O Estopim! defendemos o passe livre para estudantes e desempregados. Entendemos que o direito de ir e vir da juventude deve ser respeitado, e que os empresários de ônibus devem arcar, de agora em diante, com qualquer adversidade financeira na matéria prima do transporte e com qualquer ônus causado pelos reflexos da economia.
O que se passa em Honduras?*
*Por Diego Rabelo/Museologia-UFBA
No dia 28 de junho deste ano o Presidente eleito de Honduras Manuel Zelaya foi preso, de pijamas no seu quarto, pelos militares hondurenhos e expulso para a Costa Rica, sendo substituído por Micheletti. Este fato rememora uma terrível sensação vivida pelos povos latino-americanos durante as décadas de 50 à 80, quando o imperialismo estadunidense financiou e participou de diversas ditaduras na intenção de barrar a ascensão do perigo soviético.
O golpista Micheletti, em uma atitude lastimável expulsou o presidente eleito com apoio do aparato judiciário e do alto comando militar sob a alegação de que Zelaya pretendia propor uma alteração na constituição do país para que fosse, então, legalmente permitida a sua reeleição, visto que, o seu governo goza do apoio popular.
O golpista Micheletti, em uma atitude lastimável expulsou o presidente eleito com apoio do aparato judiciário e do alto comando militar sob a alegação de que Zelaya pretendia propor uma alteração na constituição do país para que fosse, então, legalmente permitida a sua reeleição, visto que, o seu governo goza do apoio popular.
Zelaya e seus partidários articulavam durante o período de seu governo, respeitando os marcos da constituição e da legalidade, uma proposta que o colocasse mais uma vez no pleito de 2009, onde fatalmente sairia vencedor. A idéia de Zelaya era fazer uma consulta onde os eleitores teriam que responder sim ou não à seguinte pergunta:
Está de acordo que nas eleições gerais de novembro de 2009 se instale uma quarta urna para decidir sobre a convocação de uma Assembléia Constituinte que aprove uma nova Constituição política?Os setores conservadores do país pressionaram o congresso e seus representantes que aprovaram uma nova lei que regulamenta os referendos e os plebiscitos e invalidava juridicamente a consulta. Segundo esta nova lei, este tipo de consulta não poderia ser feita 180 dias antes e 180 dias após o pleito que elegeria os novos representantes do país e também o seu presidente.
Após sucessivas tentativas de negociação com o governo golpista, os países membros da ONU e OEA seguem sem grandes resultados, pois este se nega a restabelecer Zelaya na presidência. Para completar a obra, um novo fato, o presidente Zelaya esta preso na embaixada brasileira e sitiado pelo exército e pela polícia, enquanto mantêm um toque de recolher que tolhe os direitos de ir e vir da população, bem como a sua privacidade, pois qualquer amontoado de pessoas tem o respaldo dos golpistas para ser disperso, inclusive com violência.
O que esta em jogo para além da disputa pelo poder, é a situação de assistirmos mais uma vez na nossa vizinhança o descalabro de golpistas desqualificados e antiquados que sobrepõe à opinião popular respaldado em uma elite golpista e sem escrúpulos que, apavorada com os ventos libertários que sopram na América latina, tentam a todo custo e inclusive, do sangue do povo manter os seus privilégios sobre a maioria explorada.
O governo americano que se julga paladino da democracia e da liberdade não parece ter grande disposição em restabelecer a ordem em Honduras. Se, desta vez os ianques não estão envolvidos no golpe, a sua vontade em resolver a questão não é lá das mais voluntárias, afinal de contas, o governo golpista se encaixa perfeitamente nas suas pretensões geopolíticas para a região.
A postura do governo brasileiro e dos demais governos latinos deve se manter na defesa e no respeito as instituições democráticas daquele país, inclusive, preparados militarmente para o restabelecimento da democracia. Não se pode tolerar este tipo de golpe bem como qualquer tipo de violência contra a sua população.
Não ao golpe em Honduras! Pelo retorno de Zelaya a presidência de Honduras!
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