28 de outubro de 2017

Deixa o povo falar!


* Caio Teixeira

Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 19°:
"Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão."

25 de outubro de 2017

Carta Aberta do II Acampamento do Coletivo O Estopim!



Carta Aberta do II Acampamento do Coletivo O Estopim!

Nós do Coletivo O Estopim! acampados no Centro de Estudos e Ação social (CEAS), Salvador, Bahia, nos dias 8 e 9 de Setembro lançamos como síntese da nossa intensa programação de formação política, articulações e planejamento:
Carta Aberta Aos Trabalhadores, Trabalhadoras, Estudantes e Juventudes Do Campo e da Cidade :
O Coletivo O Estopim! está há 9 anos se propondo a incendiar corações e mentes e a organizar de maneira horizontal todos aqueles/as que acreditam na construção de uma sociedade mais justa e menos desigual.
Nos colocamos nas fileiras dos movimento sociais, construindo os CA´s, DA´s, DCE´s, os movimentos de juventude, nas comunidades e periferias, União dos Estudantes da Bahia (UEB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação de Casas de Estudantes da Bahia (ACEB), em defesa da Assistência Estudantil, nos Conselhos de Juventude, construindo o Centro Político e Cultural João Leonardo, defendendo os direitos humanos, combatendo o racismo, a LGBTfobia, o machismo, construindo a Associação Raízes do Semiárido para uma maior consciência socioambiental.
Com o tema do acampamento "Ocupar, resistir e transformar: por uma juventude socialista e popular" acreditamos que só a partir da organização do povo construiremos uma saída revolucionária e popular.

São grandes os desafios da classe trabalhadora na atual conjuntura de crise econômica e política, aprofundamento do golpe de estado no Brasil, tentativa de golpe na Venezuela, aumentos da tensão no oriente médio e na península coreana, e com uma brutal ofensiva neoliberal sobre os direitos do nosso povo e o crescimento do fascismo. O nosso compromisso é com a luta do povo brasileiro, com a luta dos oprimidos e explorados pelo capital, por isso acreditamos na Frente Povo Sem Medo e na construção da plataforma Vamos! e também nós somamos as luta para emancipação do povo brasileiro que se dá a partir da busca por direitos fundamentais, como o direito ao trabalho, habitação, saúde, educação, mobilidade e acesso, e na ampla aliança na luta contra o fascismo.

O aprofundamento das medidas do desgoverno golpista-ilegítimo estão demonstradas no abafa a operação lava jato que chegou ao PSDB, PMDB, PP, DEM, historicamente aliado do judiciário burguês, e para que a classe trabalhadora pague a conta da crise capitalista, e entregando as riquezas do nosso país aos países imperialistas, retirando assim o futuro dos brasileiros. A educação sofre ataques diários, o corte no orçamento de 2017 é de mais do que 15% em relação ao orçamento de 2014, o congelamentos dos gastos por 20 anos, "escola sem partido", escola com religião e sem filosofia e sociologia, redução da maioridade penal, a perseguição a professores, e estudantes são graves.

As arbitrariedades e as ilegalidades da Operação Lava Jato, o governo golpista, o envolvimento do STF e um legislativo conservador deram espaço para se cogitar uma intervenção militar no Brasil. Repudiamos toda e qualquer iniciativa nesse sentido e propomos que sejam convocadas ELEIÇÕES DIRETAS GERAIS JÁ! por uma saída democrática para a crise.

No que diz respeito a vida das mulheres diante da atual conjuntura, observa-se o crescimento constante do conservadorismo, do ataque dos direitos das mulheres sobre seus próprios corpos, e o retrocesso em conquistas que são fruto de muita luta das mulheres organizadas ao longo da história. Por exemplo a reforma trabalhista, da previdência, a PEC que congelou os investimentos em saúde e educação, medidas essas que trazem pras mulheres que estão na ponta da lança ainda mais violência e opressão.

Os setores cultural e artístico demonstraram ser uma importante ferramenta de enfrentamento ao golpe, se mobilizando contra a extinção do Ministério da Cultura e contra os cortes no orçamento da cultura, apresentando várias linguagens em um contexto cultural de resistência popular.

Acreditamos que os desafios das juventudes organizadas são muitos e que os secundaristas demonstraram no final de 2015 com as ocupações das escolas, o poder dos estudantes organizados.

Estamos dispostos a construir uma ampla unidade com os setores progressistas nas escolas, nas universidades, no campo, nas comunidades e nas ruas para construir uma sociedade mais justa e menos desigual através da educação, para lutar contra Michel Temer, para defender uma educação gratuita, de qualidade e com referência na classe trabalhadora, contra a entrega das riquezas do país e contra a retiradas de direitos.