20 de dezembro de 2012

Eleições para o Diretório Acadêmico de arquivologia


Da coordenação

As eleições para a nova gestão do Diretório Acadêmico de Arquivologia (DAArq) ocorridas nos dias 28 e 29 de novembro mostraram, sobretudo, o amadurecimento político d@s estudantes de Arquivologia no Instituto de Ciência da Informação (ICI). Estamos vendo, como nunca ocorrera nessa unidade, a estudantada questionando, indo pra cima e, como tem que ser, lutando por seus direitos.

Essa geração está fazendo história no Movimento Estudantil do ICI. Os estudantes desse instituto estão adquirindo consciência política. Pela segunda vez na história da entidade que representa o coletivo dos estudantes de Arquivologia, ocorreu um bate chapa. Ano passado e esse agora.

O processo eleitoral desse ano foi um tanto quanto conturbado. Tensionamentos e discussões acaloradas foram a tônica desse disputa, inclusive, ocorrendo, duras acusações no debate entre as chapas. De um lado, a chapa 1 Integrarq, que tantava reeleição; do outro, a chapa 2, Voz Estudantil que, com o apoio de alguns docentes, queriam assumir a entidade para, como eles próprios colocavam, "barbarizar as estruturas do ICI". Ao final, a estudantada, reconhecendo a boa gestão e as propostas concisas da chapa 1, reelegeu, com sessenta e três votos de diferença da chapa 2, a Integrarq.

7 de dezembro de 2012

Após muita pressão "Comissão" lança edital de eleição para C.A. de Humanidades

No ultimo final de semana fizemos uma denuncia nas redes sociais sobre as mazelas realizadas por um grupo no movimento estudantil do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades. A verdade nua e crua publicizada nos mais diversos grupos do Facebook serviu para dar um alerta a estes que se vêem impunes diante de qualquer absurdo que possam cometer. Através dessas denúncias, enfim conseguimos que o edital para eleição do CA de Humanidades fosse publicado. 

Cartaz na porta do C.A. - Estudantes cobram presença de C.E.
Para explicar o ocorrido faremos uma breve contextualização do que se deu. Na sexta feira foi realizada uma assembléia em nome da gestão do CABIH, gestão essa com prazo de mandato vencido. Na assembléia estiveram presentes 15 estudantes propriamente do BI Humanidades. Sem quorum ou qualquer respeito ao estatuto do CA, votou-se a comissão e um suposto calendário eleitoral. Entretanto, esta comissão “eleita” em assembléia, não protocolou qualquer documento referente à eleição do centro acadêmico, nem deixou qualquer menção sobre onde seria encontrada quando da inscrição de possíveis chapas. O detalhe é que a inscrição de chapas seria apenas na segunda e terça-feira (3 e 4 de dezembro). 


Diante deste abuso que estava ocorrendo em um dos maiores cursos da UFBA passamos a segunda feira (3/12) toda entrando em contado com os dirigentes das correntes que juntas operaram este golpe. Insistimos na responsabilidade necessária com o movimento social bem como com o conjunto dos estudantes que naturalmente se afastariam deste processo diante da farsa “eleitoral” que estava sendo arquitetada no BI. Após muita pressão, e somente na noite da segunda-feira, eles “concordaram” em publicar o referido edital, com varias modificações do “aprovado em assembléia”.

2 de dezembro de 2012

“Comissão eleitoral” do BI de humanidades configura golpe anunciado.

A história do ME nos BI´s
Em 2009 o sentimento de curiosidade e vontade de se sentir pertencente à universidade tomava conta dos egressos nos novos cursos, os Bacharelados Interdisciplinares. Registros nas redes sociais[1] mostram que a organização dos novos estudantes começou a ser feita antes mesmo do inicio das aulas. Reuniões que partiam de Diretórios Acadêmicos de outros cursos ajudavam a dar organicidade aos calouros, como foi o caso do DA de Enfermagem (DAENF), que realizou diversas reuniões com os estudantes que haviam passado no vestibular do BI.

Naquela época, as principais questões eram organizadas em torno da noção dos Bacharelados Interdisciplinares, do que representava esse novo curso e com que base se sustentava sua implementação na UFBA. Disso decorriam diversos posicionamentos. Se por um lado não havia mais espaço para dizer “não ao REUNI”, por outro os questionamentos eram pertinentes e hoje se mostram acertados na greve de 2012. Após cinco anos de REUNI e quatro anos do BI podemos comprovar o excesso de estudante por professor, superlotação das salas, bem como a falta de professor em diversos componentes, a falta de assistência estudantil e a irresponsabilidade da instituição e do Governo em não dar essa assistência aqueles que se formam no BI e ingressam em um novo curso, agora profissionalizante, na universidade.

O que se pode dizer entre as particularidades desse momento histórico e as características apontadas para a consolidação da representação estudantil dos BI’s? Todos esses questionamentos e a necessidade de defesa da opinião estudantil nos espaços decisórios nos levaram a organizar o processo da fundação do Centro Acadêmico do BI em Humanidades. A Assembléia Geral do dia 26 de março de 2009 teve como pauta[2] a fundação do CABIH, a elaboração do estatuto e a comissão eleitoral para a primeira representação estudantil do curso. Foram mais de 50% dos estudantes presentes, o que à época representava cerca de 200 estudantes. Diversos debates ocorreram, alguns que achavam precipitada a formação do C.A. e tantos outros, a maioria, que achavam de suma importância sua construção. O Estatuto foi elaborado e aprovado ao fim.

Inicio do sentimento de impunidade

27 de novembro de 2012

Sobre a eleição da APUB


A eleição da APUB situa-se no epicentro da disputa ideológica na Universidade Federal da Bahia. A unidade dos três segmentos construída durante a greve,a reorganização da esquerda universitária e a saúde do movimento docente perpassam necessariamente pela escolha da nova diretoria do sindicato. Em uma Universidade essencialmente conservadora, o desafio de fazer da APUB um instrumento de luta da classe trabalhadora está posto.

O movimento paredista em 2012 foi o regente maior do processo de reorganização da categoria na UFBa. A eloqüência do anseio á luta fora diretamente proporcional á resistência de sua direção em fazê-la: coube á setores organizados e novos professores essa árdua tarefa. A política adesista, atrelada e antidemocrática preconizada nos últimos oito anos, assim evidencia a crise de direção existente em na entidade e com isso a necessidade de transformá-la.

24 de novembro de 2012

Os Judeus que lutam por uma Palestina Livre


Movimento judeu criado na década de 1930, em Jerusalém, e hoje espalhado no mundo inteiro, contraria visão religiosa que teria determinado criação do Estado de Israel

Por Lilian Milena, Do Brasilianas.org

Fonte:Nkusa

Em 1947, durante uma reunião realizada na Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a criação de um plano de partilha da Palestina entre judeus e árabes, o rabino Yosef Tzvi Dushinsku declarou a toda assembleia que o sionismo - movimento político ideológico criado no início do século passado que defende a existência de um Estado judaico - não representava os seguidores do judaísmo, portanto não concordavam com a criação de um Estado-nação para si.

Dushinsku, judeu de origem húngara, vivia na Palestina com sua família desde 1930 e foi considerado um dos mais proeminentes rabinos ortodoxos da região. Ele veio a falecer logo após a fundação do Estado de Israel, que ocorreu em 14 de maio de 1948.

Desde a segunda semana de novembro os conflitos entre Israel e Palestina se intensificaram após um ataque surpresa do exército israelense que culminou na morte de Ezzedin al Qasam, um dos líderes militares do Hamas, partido que governa a Faixa de Gaza, um dos poucos territórios que sobraram para os palestinos, desde a criação do Estado de Israel.

22 de novembro de 2012

Contradições da luta de classes


Extraído do site do escritor  Wladimir Pomar
  
As classes trabalhadoras de diferentes povos travam lutas contra o capitalismo há mais de 300 anos. Acumularam uma experiência considerável de erros e acertos, derrotas e vitórias, recuos e avanços. A rigor, mais erros, derrotas e recuos do que acertos, vitórias e avanços. O que não deve nos desanimar. Afinal, para substituir o feudalismo e se impor como forma de produção dominante, a burguesia levou bem mais tempo do que isso, na maioria das vezes sendo empurrada, para avançar em seu desenvolvimento, pelas lutas das próprias classes trabalhadoras que oprimia.

Na história, a burguesia nasceu antes da classe trabalhadora assalariada. Mas só cresceu e desenvolveu o que conhecemos como capitalismo quando os camponeses foram expulsos da terra, perderam tudo que tinham, e se transformaram numa massa de pobres livres que só tinham como propriedade sua força de trabalho. Portanto, o capitalismo não é uma coisa. É a relação econômica e social, mediada pelo salário, entre os donos de capital, a burguesia, e os donos de força de trabalho, os trabalhadores livres. Estes precisam vender sua força de trabalho para obter esse salário com o qual subsistem. E a burguesia precisa do trabalhador porque é do uso da força de trabalho assalariada que arranca um valor que acrescenta ao capital investido na produção, realizando um processo contínuo de acumulação capitalista.

18 de novembro de 2012

Como o mundo explica a política.*


Por Diego Rabelo**

A política esta presente cotidianamente nas nossas vidas. É quase imperceptível, mas o simples ato de fazer escolhas entre canais de TV com o controle remoto na mão se torna um exercício político. Nos deparamos com essas decisões tão comuns a todo o tempo e, a maioria das vezes, é muito difícil se dar conta.

Os esportes sempre foram sinônimos de muita disputa não só dentro dos seus devidos recintos, mas também expressam de forma organizativa o comportamento das sociedades. A hegemonia econômica e militar norte-americana ao longo dos anos também se demonstraram nas piscinas, nas quadras, nos campos e nas pistas de atletismo. A predominância do mundo capitalista sobre os seus rivais ficou nitidamente exposta nas seguidas olimpíadas desde o mundo bipolar.

A relação da política com o esporte não é um tema genuinamente novo, mas continua despertando a curiosidade de estudiosos sejam eles acadêmicos ou autodidatas. Não esqueço um texto que li há alguns anos atrás sobre a rivalidade entre dois times italianos, o Livorno (de esquerda) e a Lazio (fascista). Aquilo me despertou um sentimento de pertencimento diferente de qualquer outra coisa que havia vivido na minha militância.

16 de novembro de 2012

Estado de sítio

Da coordenação

São Paulo sofre com a violência desencadeada por grupos criminosos organizados e o contra-ataque do Estado através do seu aparato policial atinge justamente os mais pobres. Grupos de extermínio e paramilitares invadem casas e favelas em resposta as freqüentes investidas dos bandidos contra policiais.

A situação é crítica. O governador tucano Geraldo Alckmin vai a televisão desviar o foco da tensão gerada sobre a população para dizer que a média de assassinatos no Estado é inferior a muitos outros. Como se não bastasse o sentimento de pavor da população paulista, ainda precisam conviver com a sensação de abandono por parte dos seus governantes.

17 de outubro de 2012

Assistência estudantil e reforma agrária*

Por Diego Rabelo**

A questão da reforma agrária ainda parece ter solução distante no nosso país, haja vista a morosidade e, em certa medida, covardia deste governo de coalizão em romper uma das estruturas mais arcaicas e feudais no Brasil. A concentração de terras no nosso país não gera apenas desigualdade dos que têm sobre os que não tem, mas também um entrave produtivo de proporções gigantescas quando analisamos as vastas áreas férteis não utilizadas.

Nos últimos meses a disparada dos preços dos alimentos como tomate e batata fizeram com que os brasileiros experimentassem mais um aumento na cesta básica e mais inflação no bolso dos trabalhadores.  Isso tudo poderia ter sido evitado com uma produção mais agressiva, organizada sob gerência do estado e planificada, capaz de aumentar a oferta e baratear o custo de alimentos essenciais a nossa mesa.

Uma alternativa ao modelo do agronegócio e ao latifúndio improdutivo experimentado na última década é agricultura familiar. Distribuídos em cooperativas e com um limite de terra fixado os agricultores produzem de maneira equilibrada bens essenciais ao consumo da população, principalmente dos grandes centros.

O resultado do aumento de financiamento e novas linhas de crédito para a modalidade da agricultura familiar desde 2003 já dão sinais muito positivos. O balanço pode ser conferido após dez anos de Plano Safra que possibilitaram um maior investimento em equipamentos, além de aperfeiçoamento dos planos já existentes. Já em 2012, algumas políticas públicas como o PNAE (plano nacional de alimentação escolar) e o PAA (Plano de aquisição de alimentos) puderam ser destacadas pelos movimentos sociais e pelos gestores como um grande avanço.

13 de outubro de 2012

Assentados fornecerão alimentos à Universidade Federal do Paraná

Por Daniele Silveira

Fonte: Site do MST

Os pequenos agricultores do Paraná serão os primeiros a participar do contrato de venda direta de produtos para uma instituição pública. Nesta sexta-feira (05), a universidade federal do estado (UFPR) lança um edital para a compra de alimentos produzidos pela Agricultura Familiar, que serão destinados aos restaurantes universitários.

Na semana passada, foi publicado o Decreto 7.775/2012, que criou uma nova modalidade no Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal. A partir da resolução ficou estabelecida a dispensa de abertura de licitação por parte de órgãos públicos para a compra de alimentos provenientes de pequenos produtores.

2 de outubro de 2012

Adeus ao maior historiador do século XX


Da coordenação.

O coletivo O Estopim! lamenta o falecimento daquele que foi o maior historiador do último século,  no dia de ontem, Eric Hobsbawm.

O público geral talvez não saiba, mas E.H. nasceu em uma família judia em Alexandria, no Egito, viveu em Viena, na Áustria, e Berlim e também na Alemanha até pouco depois das eleições gerais que alçaram os nazistas aos principais postos da nação. Com a ascensão do terceiro Reich ao poder, sua família seguiu em 1933 para Londres, onde o talentoso Hobsbawm seguiu seus estudos e se graduou, em Cambridge, além de adotar a cidadania britânica.

Suas obras são trabalhadas na academia como livros de cabeceira para historiadores, cientistas sociais, economistas, juristas, filósofos e outras tantas áreas das humanas. A sua capacidade de descrever os fatos do século XX com simplicidade e precisão em suas principais obras marcam o talento desse grande marxista contemporâneo. Sua critica acurada do sistema capitalista, bem como a sua crítica implacável ao estalinismo, expressa a compreensão de um formulador não dogmático, que tem o materialismo histórico como ferramenta de interpretação social.

Hobsbawm ainda demonstrou como a complacência do estalinismo contribuiu para a ascensão do regime de Hitler na Alemanha e o desastre que isso representou para a luta do proletário internacionalista. Segundo dizia, o regime de Stalin estava mais preocupado em acomodar as diferenças internas da URSS do que com expansão.

27 de setembro de 2012

Ditadura matou 1.196 camponeses, mas estado só reconhece 29

Por Najla Passos
Fonte: Da Carta Maior
Financiada pelo latifúndio, a ditadura “terceirizou” prisões, torturas, mortes e desaparecimentos forçados de camponeses que se insurgiram contra o regime e contra as péssimas condições de trabalho no campo brasileiro. O resultado disso é uma enorme dificuldade de se comprovar a responsabilidade do Estado pelos crimes: 97,6% dos camponeses mortos e desparecidos na ditadura militar foram alijados da justiça de transição. “É uma exclusão brutal”, afirma o coordenador do Projeto Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência, Gilney Viana, autor de estudo inédito sobre o tema.

O estudo revela que pelo menos 1.196 camponeses e apoiadores foram mortos ou desaparecidos do período pré-ditadura ao final da transição democrática (1961-1988). Entretanto, os familiares de apenas 51 dessas vítimas requereram reparações à Comissão de Anistia. E, destes, somente os de 29 tiveram seus direitos reconhecidos. Justamente os dos 29 que, além de camponeses, exerceram uma militância político-partidária forte, o que foi determinante para que fossem reconhecidos como anistiados. “Os camponeses também têm direito à memória, à verdade e à reparação”, defende Viana.

14 de setembro de 2012

Balanços e perspectivas da greve estudantil 2012

A greve de 2012 faz cair por terra à concepção pós-moderna de ideias e ações reinantes no seio da Universidade Federal da Bahia. A luta de classes se aprofunda e essa instituição experimenta o mais legitimo e eficaz mecanismo de combate da classe trabalhadora revelando importantes aspectos. Se por um lado, professores e técnicos administrativos declararam guerra á exploração de sua força de trabalho – assim reafirmando o valor da mesma, por outro, o corpo discente, ao travar luta pela assistência estudantil, evidencia a essência elitista da universidade: a UFBA serve, ainda, á burguesia. 

Nesse sentido, o movimento paredista não se limita apenas á conquistas concretas. Na construção da batalha por pautas que escancaram a magnitude da exploração existente. A classe trabalhadora, de forma dialética, percebe-se como tal, e assim posiciona-se na trincheira da luta de classes. O salto qualitativo proporcionado por esse processo de mobilizações coloca o movimento docente em outro patamar, superando o anestesiamento vivido nos últimos anos. Com isso, a greve apresenta-se como fomentadora, também, dos centros organizativos do proletariado. Só há greve porque há luta de classes. 

A greve de 2012, árdua batalha construída pelo movimento estudantil, trouxe-nos conquistas objetivas e organizativas. A ausência de uma sólida e eficaz política de assistência estudantil e de diálogo construtivo com a Administração Central exalta o caráter essencialmente conservador da nossa instituição. A greve conseguiu, sobretudo, durante a ocupação da FAPEX, não apenas pressionar a reitoria ao debate encaminhativo das pautas, mas também deu celeridade á concretização das mesmas, tais como o edital do BUSUFBA, os pontos de distribuição do Canela, São Lazaro e Politécnica, reativação dos grupos de trabalho, continuando um ciclo de mobilizações iniciadas desde o ano passado. 

4 de setembro de 2012

Entre os fins e os meios e o mensalão.


Por Diego Rabelo*

A mídia conservadora tem tentado de todas as formas pautar a questão do julgamento do “mensalão” de forma a desgastar o Partido dos Trabalhadores e o governo diante da sociedade brasileira. Essa tentativa de mobilização por parte dos jornalões e a cobertura da mídia em “tempo real”, tem obtido sucesso parcial diante das grandes massas, mas ainda não tem conseguido comprometer o desempenho eleitoral do PT. As disputas municipais, com exceções aqui e acolá, têm passado distante do caso, mesmo que a condenação de João Paulo Cunha tenha representado o primeiro revés petista.

Convenhamos, o que se chama de “mensalão” nunca existiu. Pelo menos não nos termos vociferados pela mídia com base no depoimento do ex-deputado Roberto Jefferson e difundidos pelos adversários do PT. O esquema de corrupção é muito mais sofisticado e sutil do que esses apresentados para o publico médio. Lobbistas, empreiteiros, grandes empresários, donos de agências de publicidade, quadrilhas especializadas em chantagens se adaptam as esferas de poder e de lá sugam as riquezas da nação.

A CPI do Cachoeira mostra apenas a ponta do Iceberg das relações promiscuas que transformaram os gabinetes de Brasília em um grande balcão de negócios onde rolam suntuosas cifras e troca de favores com licitações públicas. Os indícios de que o diretor da sucursal de veja, Policarpo Júnior, estaria envolvido em uma série de tramas com empregados do bicheiro, aponta o nível de proximidade da revista com o contraventor.

29 de agosto de 2012

Dia da Visibilidade Lésbica!


Em homenagem ao dia da visibilidade lésbica citamos a revolucionária Alexandra Kollontai em O Comunismo e a Família:

"O Estado dos Trabalhadores tem necessidade de uma nova forma de relação entre os sexos. O carinho estreito e exclusivista da mãe por seus filhos tem que ampliar-se até dar conta de todos os filhos da grande família proletária.

Ao invés do matrimônio indissolúvel, baseado na servidão da mulher, veremos nascer a união livre fortalecida pelo amor e o respeito mútuo de dos membros do Estado Operário, iguais em seus direitos e em suas obrigações."

Pela liberdade sexual e igualdade entre os sexos.

28 de agosto de 2012

A problemática direção do Instituto de Ciência da Informação


No Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia, estudantes, docentes e servidores técnico-administrativos, descontentes com as rotineiras atitudes de sua direção, resolveram, através de processo administrativo, solicitar da Administração Central de nossa Universidade a destituição do diretor em exercício, o Prof. Dr. Rubens Ribeiro Gonçalves da Silva.

Se por um lado à direção desse instituto consegue minimamente fazer com que a unidade execute as suas demandas, por outro, a falta de habilidade nas relações interpessoais e o explícito desrespeito a diversidade demonstram o quão a comunidade desse instituto sofre. O ICI historicamente sempre foi um espaço de diálogo entre os setores que compõem o seu bojo, porém, atualmente, a comunidade, e em especial os discentes, estão cada vez mais distantes da direção.

Eleita em meados de 2010, a gestão do referido acumula inúmeros dissabores. Perseguições a professores e servidores, ofensas e abusos de poder são comuns em seu mandato, levando a comunidade, que há tempos sofre com as mazelas de seu diretor, a levantar-se e pedir um basta.

23 de agosto de 2012

Sobre Trotsky, Assange e Pussy Riot: Um planeta sem passaporte              

Retirado do blog de Rubra Pauta

Júlio Miragaia

Planeta sem passaporte. Este é o nome do manifesto assinado por intelectuais e artistas em solidariedade a um “indesejado” Leon Trotsky em 1934. Na ocasião, Trotsky buscava asilo político da ditadura stalinista que deformou a experiência de por o proletariado no poder em 1917 na Rússia. Nenhum governo do mundo queria ter em seu território um dos principais dirigentes (junto com Lênin) da revolução russa.

O nome do manifesto também cairia como uma luva para a situação nos dias de hoje do fundador do Wik Leaks, Julian Assange. Atualmente, Assange representa uma pedra no caminho dos governos em todo o mundo e principalmente ao governo norte-americano, depois de vazar em seu site diversos segredos de estado. A última tentativa de Assange foi o asilo político no Equador, porém, mesmo com a permissão do governo de Rafael Correa para que receba asilo, o governo britânico está impedindo sua saída da embaixada equatoriana em Londres.

Pussy Riot. Uma jovem banda punk russa tem suas três integrantes com prisões decretadas por realizarem uma “oração punk” contra o presidente Putin numa catedral.

Planeta sem passaporte. São tempos em que a liberdade de questionamento é descaradamente censurada.

17 de agosto de 2012

ASSISTENCIA ESTUDANTIL: CONQUISTAS E DESAFIOS

A greve estudantil deflagrada no último dia seis de junho na UFBA trouxe como pauta muitas reivindicações apresentada em função da Assistência Estudantil. Isso se justifica em primeiro momento pela abrangência da matéria, visto que compreende desde o aspecto que versa sobre acesso, saúde, meio ambiente e instrumento pedagógico necessário à formação profissional e social dos estudantes, perpassando ainda pela permanência na universidade tida como provimento dos recursos mínimos para a sobrevivência estudantil tais como moradia, alimentação, transporte e recursos financeiros.

Esse aspecto ainda é fortalecido pela carência da implantação de uma politica, por parte da Administração central, que priorize a Assistência Estudantil o que é facilmente identificado pelo descompasso entre o número de oferta e a procura nos programas de assistência aos estudantes da UFBA.

A assistência estudantil como politica da universidade deve prover os recursos necessários para transposição dos obstáculos e superação dos impedimentos ao bom desempenho acadêmico, permitindo que o estudante desenvolva-se perfeitamente bem durante a graduação e obtenha um bom desempenho curricular, minimizando, dessa forma, o percentual de abandono e de trancamento de matricula. Assim sendo, ela transita em todas as áreas dos direitos humanos.

16 de agosto de 2012

A Greve das IFES e a UFBA

A mais longa greve do funcionalismo público dos últimos anos tem causado um impacto significativo no movimento de massas no País. Estamos vivendo um período importante onde podemos enxergar claramente que governo – patrões e trabalhadores se encontram em lados opostos. Em nossa avaliação, o processo de greves instalado país afora demonstra uma elevação da tomada de consciência da classe trabalhadora sobre o seu papel. E isso, para um governo de esquerda, não deveria ser considerado algo ruim.

No tocante à greve dos professores, acontece que, de acordo entrevistas e comunicados expedidos, através do MEC ou da AGU, não parece ser essa a opinião do Governo Federal. A pressão exercida sobre os reitores para o envio dos nomes dos grevistas para proceder no corte dos salários tem sido intensa. O Advogado Geral da União, em entrevista na imprensa, deixou claro que reitores que pagam salários a grevistas praticam improbidade administrativa. E o acordo celebrado entre o PROIFES e o Governo, repudiado pela maioria esmagadora dos professores em greve nas assembleias, deixou a situação ainda mais controversa.

Na UFBA, a situação é peculiar. A diretoria da APUB Sindicato tem tentado, desde o mês de maio, frear o movimento docente. Entretanto, em Assembleia realizada no dia 29 de maio, a greve foi deflagrada por ampla maioria. Em seguida à instituição do Comando de Greve, a diretoria convocou um plebiscito para decidir sobre o que a assembleia, legitimamente, já havia decidido. Começava aí uma batalha de idas e vindas dos membros da diretoria para dentro e para fora do comando de greve. Após o não cumprimento de diversas deliberações da categoria e convocar uma assembleia com pauta única “encerramento da greve”, a paciência da base se esgotou e, no último dia 15 de agosto, a diretoria da APUB foi destituída.

Boletim eletrônico O Estopim! - Greve e Luta de Classes


13 de agosto de 2012

Curso de formação.


CURSO DE FORMAÇÃO DO COLETIVO O ESTOPIM!

SÁBADO- 17\08 as 08:00

COM O TEMA: "A concepção materialista da história"

PALESTRANTE: Prof. Jorge Nóvoa

EMENTA: A assimilação da filosofia materialista e o desenvolvimento do método dialético para a superação do idealismo na compreensão histórica. Interpretação do conhecimento socialmente referenciado e historicamente produzido.

LOCAL: No PAC\UFBa

para mais informações: oestopimba.blogspot.com - Contato: Marina Fernandes : 9251 6732

6 de agosto de 2012

Estudantes desocupam FAPEX, mas greve continua!

Ao passo que saímos da FAPEX após 13 dias de ocupação, chegamos ao segundo mês de greve dos estudantes. Esse processo diferenciado de mobilização, como há muito tempo não acontecia, reflete aos estudantes em luta o amadurecimento da categoria, comprovado pela organização de suas reivindicações e pela atuação em vista das conquistas.

Mesmo com a tentativa de criminalização, a greve discente se manteve na resistência e conseguiu pautar a Administração Central para o atendimento de suas pautas. Apesar de um duro método de negociação, colocado pela Reitoria, a obstinação estudantil deu exemplo e conquistou o BUSUFBA, agora em fase de pregão eletrônico.

Após audiência publica, da comunidade acadêmica e reitoria, realizada hoje, ficam duas lições: a primeira é que a gestão dessa universidade não tem um negociador, o que fortalece sua instabilidade e nos passa insegurança em sentar e resolver; a segunda é que, mesmo após intensa tentativa, a costura entre os três setores ainda é frágil.

Desta maneira, fica evidenciado que o próximo passo para consolidar a opinião dos segmentos combativos da Universidade é organizar um projeto de poder que possa polarizar com o conservadorismo e superá-lo. Dito isso, o movimento estudantil joga um papel protagonista para o desenvolvimento deste desafio que deve ser desde já enraizado entre os três setores.

3 de agosto de 2012

Audiência pública com reitoria tem avanço tímido.


Acaba de ocorrer agora na ocupação do prédio da FAPEX uma audiência pública com representantes da adm. Central da UFBa para tratar das negociações relativas as pautas da greve estudantil.  Diversos pontos foram tratados a exemplo do BusUfba, dos restaurantes universitários, das novas residências, da portaria que proíbe festas na dentro do campus além do plano de metas para as obras inacabadas. Os pró-reitores (Dulce, Ricardo e Iracema) apresentaram a quantas anda o desenvolvimento de algumas questões, mas se esquivaram de assumir maiores compromissos acerca dos mesmos.

31 de julho de 2012

Direto da ocupação: Segunda rodada de negociação com a reitoria da UFBa


Da coordenação

Os representantes discentes eleitos na assembléia da ocupação da FAPEX estiveram hoje no PAF III com representantes da reitoria para retomar as negociações iniciadas no sábado (27). Os representantes estudantis tiveram a oportunidade de desenvolver melhor a argumentação acerca dos pontos apresentados desde o início da greve discente.

Em ambiente melhor estabelecido diante da última reunião os pró-reitores, Ricardo (graduação), Dulce (Extensão), Iracema (Planejamento) tiveram a oportunidade de tirar dúvidas referentes a pauta e apresentar algumas saídas para o impasse. Os representantes discentes recolocaram a disposição de dialogar no intuito de resolver a situação da ocupação do prédio da FAPEX.

30 de julho de 2012

Ocupação da FAPEX e debate sobre EBSERH

Continuando o ciclo de debates e formação política na Ocupação da FAPEX, professores e técnico-administrativos se incorporam na agenda de hoje para debater a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Para realizar o debate montamos uma mesa redonda, com mais de 50 grevistas, sob as explanações de Cássia Maciel, servidora da Climério de Oliveira e diretora da ASSUFBA, Sarah Cortes, professora da Faculdade de Direito da UFBA e membro do Comando de Greve Docente e Yasmin Ferraz, estudante de Saúde Coletiva e diretora de Saúde do DCE-UFBA. Estavam presentes também estudantes da UFRB e o professor Tadeu Borges, professor da unidade de Enfermagem da UFRB e UNEB.

O debate girou em torno da necessidade de articulação política entre os seguimentos e para dentro das congregações para conseguir reprovar essa empresa na UFBA e dispor de alternativas para ela. Desta maneira ficou firmada a continuidade do ciclo de debates sobre a EBSERH e a criação de dois GT, um para pensar a Lei Orgânica e outro para propor uma alternativa que responsabilize a universidade pela estruturação dos Hospitais Universitários.

Greve, APUB e luta de classes na Universidade


Por Marina Fernandes*
                O ano de 2012 encaminha à história a possibilidade de fortalecer a disputa ideológica dentro da Universidade Federal da Bahia. Nesse sentido, as atuais greves dos três setores  (estudantes, professores e técnico-administrativos), tornam-se as maiores regentes de todo esse processo. Nos cabe analisar minuciosamente o passado e termos responsabilidade no presente para construção de um horizonte em uníssono.
                Diante desse quadro, o movimento docente oferece-nos não apenas o convite à luta pela base e a construção de uma unidade racional, mas também a retomada da real importância de um sindicato que de fato represente a classe trabalhadora no âmbito da luta de classes na Universidade. A construção da greve dos professores em 2012, após 8 anos sem fazê-la, significa, acima de tudo, uma vitória a categoria em si.
                A greve, essencialmente fruto da política pela base da APUB-LUTA, fora construída em meio a kafkiana guerra e, enquanto de um lado consta uma direção burocrata opta politicamente em desconstruí-la, de outro lado pleiteia uma amálgama de correntes políticas e gerações em um comando de greve, que se fez vitorioso, sobretudo a partir das assembleias dos dias 29 de maio e 26 de junho, quando ressurgiu a vontade da categoria de retornar á luta e refutar qualquer tipo de posicionamento que transformava a classe trabalhadora em braço sindical do governo. Os docentes viram-se como sujeitos na luta.
                A greve estudantil, deflagrada em 06 de junho com a presença histórica de 2000 estudantes, no entanto, nasceu sob outra perspectiva. O processo de mobilizações pelo qual passamos no ano de 2011 garantiu a construção de uma carta de pautas amplamente representativa e aprovada no CONSUNI. Por consequência da deflagração da greve, a maturidade política do corpo estudantil foi consolidada. O não cumprimento das pautas citadas gerou na Universidade não apenas um descontentamento geral, mas também maior segurança no que diz respeito à própria deflagração da greve. Afinal de contas, corria-se o risco de se fazer uma greve meramente a reboque da greve docente.

29 de julho de 2012

Mesa de negociação com Reitoria não avança

Os estudantes há quatro dias protocolaram uma carta de prioridades das reivindicações da greve na Reitoria para abrir a mesa de negociação. Os pontos carro-chefe dos estudantes são tocantes a assistência estudantil, como BUSUFBA e Restaurante Universitário.

Ontem, após cinco horas de reunião entre a comissão de estudantes que ocupam a FAPEX com administração central da UFBA, negociação terminou sem avanços. O grupo gestor da reitoria parece despreparado politicamente para dar avanços com pontos específicos como o prazo para lançamento de editais e licitação.

Reitoria alega não poder avançar por causa da greve dos técnico-administrativos e solicita desocupação da FAPEX. Entretanto, estudantes avaliam que a falta de prazos mínimos visam tratar o movimento com descaso, vide o desenho de principiante que foi apresentado como planta da residência universitária do Canela.

Carta dos três comandos de greve da UFBa

O que caracteriza a situação atual é a anarquia dos setores produtivos causado por um modelo capitalista onde os mais endinheirados concentram grandes quantidades de capital através de monopólios: trata-se de uma crise do capitalismo que onera fundamentalmente a classe trabalhadora. Para manter seus lucros, os imperialistas estadunidenses aliados aos imperialistas da união Europeia, liderada pela Alemanha, exploram ao máximo aquilo que dá valor a tudo – a força de trabalho. Tudo isso resulta em uma profunda desigualdade social no nosso país com marcas regionais, raciais e de gênero. Diminuir direitos, retirar conquistas é a receita. Pelo lado oposto, a classe trabalhadora, com suas formas de manifestações e uniões sindicais, usam uma tática oposta, de garantia e ampliação de direitos e pela implementação de um projeto de sociedade alternativo ao do grande capital.

O país convive com apenas 18% das crianças tendo acesso a serviço de creches; mais de 14 milhões de não alfabetizados; nossos jovens chegam ao final do ensino fundamental sem saber ler e escrever corretamente; apenas metade destes chegam ao ensino médio na idade correta e temos 1,5 milhões destes fora da escola; e apenas 14% dos jovens conseguem chegar ao ensino superior, sendo que em cada 100 apenas 26 conseguem cursar uma universidade pública. Faz-se fundamental o aumento de vagas nas Universidades, e assim, consequentemente, na UFBa.

Atualmente, o governo gasta quase metade do orçamento federal para pagar juros a banqueiros. Isso demonstra que o tesouro tem dinheiro, mas infelizmente esses recursos só servem para beneficiar os especuladores. Somos a favor da auditoria da Dívida Pública, já que, conforme estudos preliminares – da Auditoria Cidadã da Divida1 - indicam que grande parte dessa dívida remete-se ao século XIX e XX e, portanto já foram pagas ou não deveriam existir mais. É preciso lutar para inverter essa lógica, para que o dinheiro do povo seja voltado para a educação. E por isso a Educação está em greve!

A Universidade brasileira.

28 de julho de 2012

Reitoria abre mesa de negociação

Da coordenação

As barracas de campi e os diversos colchonetes na Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão expressam a organização estudantil da UFBA. Desde o dia 25 os cartazes na parede da FAPEX anunciam a construção coletiva de uma universidade socialmente referenciada, pública e gratuita.

Os estudantes não poderiam conjecturar outra coisa senão o fortalecimento do debate sobre as fundações privadas na universidade, pois este caso surgiu há mais de duas décadas. Já na UFBA o debate voltou a se fortalecer na construção do 7º ConUFBa, no qual fizemos o pré-congresso sobre o papel dessas fundações na universidade, desmitificando a ideia de que estas favorecem a Universidade Pública.

A história nos sujeita a um momento oportuno: nas resoluções do último congresso estudantil foi explicitada a necessidade de debate sobre o papel das fundações na UFBA; nas pautas da greve está contida a contrariedade da permanência destas no espaço público; a necessidade de radicalização da greve nos levou a optar pela ocupação de uma fundação. Mais que acertado. O debate hoje foi sobre Fundações.

25 de julho de 2012

Após 49 dias de greve, estudantes da UFBA ocupam a FAPEX

Convocados para debate sobre Assistência Estudantil seguido de Marmitaço na escola de Arquitetura estudantes de diversos cursos, organizados pelo Comando de Greve da UFBA, seguiram para a FAPEX em ato de radicalização como forma de dar celeridade as negociações das pautas da greve.

O ato ocorreu por volta das 15h e, de forma pacifica, construiu o dialogo com os trabalhadores sobre o porquê da ocupação, bem como fez o convite para estes participarem das agendas que ocorrerá dentro da fundação durante o período.

A auto-organização estudantil vem sendo construída dia após dia por estes que ainda ousam lutar por um novo projeto de universidade. A preservação do patrimônio é de extrema importância e preocupação destes estudantes que se encontram no local, desta forma prepararam comissões como a de Limpeza, Segurança, Mobilização e Formação Política.

22 de julho de 2012

O Estopim da greve na UFBA!


Da Coordenação

O Coletivo O Estopim! é um dos coletivos que tem protagonizado a greve dos estudantes da UFBA. Nestes 45 dias de greve, foram 03 assembleias de estudantes, várias reuniões do Comando de Greve, dezenas de atividades e debates locais, atos nacionais, 01 audiência pública, duas reuniões do CONSUNI e uma do CONSEPE em que a atuação discente foi fundamental para assegurar garantias formais aos estudantes grevistas. Em todos esses espaços, a nossa militância teve intervenção destacada.

Nesse cenário, aprofundamos os debates sobre a concepção de Universidade Pública. Assim, consideramos de fundamental importância os debates sobre a assistência estudantil e a EBSERH. Precisamos debater o financiamento da permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade financeira e a nossa participação nos rumos desse financiamento. Em defesa da autonomia universitária e rechaçando a concepção privatista por trás da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), é necessário acumular forças na universidade, em conjunto com os docentes e servidores técnico-administrativos, para obstruir no Conselho Universitário a aprovação da mesma.

15 de julho de 2012

O Estopim!

O Coletivo O Estopim realizou neste domingo mais uma de suas reuniões ordinárias semanais. Entretanto, não foi uma reunião como tantas outras. Esta, em especial, contou com a presença da mãe e das irmãs do camarada Fred: Elieze, Fernanda e Maria Thereza prestigiaram a reunião do coletivo formado basicamente por residentes e bolsistas. Neste domingo, também esteve presente o camarada Roger Conrado, organizador de um Núcleo de O Estopim na UFRB.



4 de julho de 2012

"A nossa luta é todo dia por assistência, respeito e moradia" Fred Vive!

“A nossa luta é todo dia por assistência, respeito e moradia”.

Este foi o grito dos estudantes que predominou durante a inauguração da Residência Universitária Estudante Frederico Perez Rodrigues Lima, marcada pela emoção, nesta manhã (4), na Garibaldi. A homenagem, que contou com a presença dos familiares, foi feita pelo Movimento Estudantil da Universidade Federal da Bahia (UFBA), sobretudo pelo coletivo O Estopim, ao estudante e militante, Frederico Perez, morto em trágico acidente no dia 23 de janeiro deste ano.

Fred, como era conhecido, era estudante de enfermagem e liderança da Ufba, além de militante nas áreas de saúde e assistência estudantil. Representado o deputado estadual Yulo Oiticica (PT), a coordenadora do Núcleo de Gestão Popular (NOP,) Jéssica Sinai, se emocionou ao lado dos irmãos e amigos de Frederico e da reitora da UFBA, Dóre Leal.

Em um discurso emocionante, o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Wanderson Pimenta, disse que Frederico era uma máquina de trabalhar e que a inauguração deste espaço é resultado de uma luta dos residentes liderado por Frederico e demais companheiros.

1 de julho de 2012

Mineradora Vale despejou 1.300 famílias em Moçambique


Mineradora Vale despejou 1.300 famílias em Moçambique
25 de junho de 2012

Da Comunicação da Via Campesina

Jeremias Vunjanhe, da ONG Justiça Global, foi impedido na última semana de entrar no Brasil para participar do Encontro Internacional de Atingidos pela Vale. Em entrevista, ele explica como foi a sua deportação, o seu trabalho de denúncia na África dos impactos da atuação da empresa sobre as comunidades africanas.
Crítico do processo de expropriação implementado pela Vale em vários países, Jeremias vem há cerca de três anos denunciando esse processo e circulando imagens da degradação a que as famílias de Moçambique estão submetidas. Por causa de seu trabalho, ele tem recebido ameaças e acredita que sua deportação tenha a ver com isso.

30 de junho de 2012

Professores derrotam intransigência

Da coordenação

A greve dos professores da rede Estadual de ensino se arrasta a mais de dois meses o diálogo com o governo parece mesmo fechado. Em cabo de guerra, o governo tenta infringir uma derrota ao movimento grevista corta-lhes o oxigênio e arrastando a disputa ao limite. O novo capítulo dessa disputa foi a noticia de que o STF declarou legal a greve da categoria.

Com essa notícia os professores ganham um novo ânimo para manter as mobilizações em torno das suas reivindicações salariais. Cabe ao governo sentar com o movimento e ser mais propositivo quanto às tentativas de negociação.

Ademais, Wagner poderia passar sem essa.

29 de junho de 2012

Apub “reconhece” greve docente!


Da coordenação

O clima de indefinição instaurado na Universidade Federal da Bahia acerca da legitimidade ou não da greve dos docentes deflagrada na assembléia do dia (29-05) ganhou um novo e decisivo capítulo esta semana. Após a manobra organizada pela diretoria da APUB de um pretenso plebiscito para deliberar sobre a paralisação das atividades, o clima entre os professores andou muito acirrado. De um lado a direção puxava a corda para a manutenção das atividades com claras intenções de desmobilizar a categoria, do outro a oposição da entidade organizava atividades de base para convencer o conjunto dos professores sobre a pauta grevista.


Pois bem, em assembléia realizada na ultima terça-feira (26) a categoria docente votou por unanimidade a continuidade da greve rechaçando qualquer tentativa de desmobilização por parte dos setores contrários a paralisação. É certo que algumas unidades continuam com aulas normais desrespeitando as deliberações, mas a vitória dos grevistas aponta uma importante perspectiva para as mobilizações. O comando de greve docente já discute a possibilidade de organizar intervenções nas unidades que ainda não aderiram ao movimento sustentando a tese de que é necessário incorporá-los a discussão.

28 de junho de 2012

#LeiCulturaViva: “Essa Ciranda é de todos nós”

#LeiCulturaViva: vitória do povo brasileiro

Em dia histórico para os fazedores da Cultura no Brasil, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o parecer do relator Antônio Roberto (PV/MG) sobre o Projeto de Lei 757/2011, de autoria da Deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que cria a Política Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, consolidando o Cultura Viva e os Pontos de Cultura como política permanente de Estado.

Os Pontos de Cultura representa a democratização e o protagonismo cultural do nosso povo, sobretudo da juventude! E a mobilização dos movimentos sociais e culturais foi fundamental para mais esse passo! Os próximos passos são na Comissão de Finanças e Tributação, e em seguida na Comissão de Constituição e Justiça. Agora é continuar mobilizando para até o final do ano o projeto chegar para votação no plenário.

“Essa Ciranda é de todos nós”

Na Universidade Federal da Bahia o Coletivo do Movimento Estudantil "O Estopim" junto com o CUCA da UNE escreveu o projeto Cultura e Educação como prática de Extensão – CUCA UFBA/UNE que foi aprovado como projeto de extensão da universidade e pelo PERMANECER possibilita bolsa de pesquisa para três estudantes empenhadas na área.

De acordo com Hellen, uma das estudantes contempladas com a bolsa, o projeto vem como um desafio de colocar a cultura como protagonista na consolidação do papel social da universidade:

"De forma interdisciplinar, o projeto visa integrar Cultura e Educação no dia a dia da universidade e da comunidade local. Combina as características acadêmicas da salas de aula com o fazer cotidiano do estudante e sua capacidade critica e criativa. Esse projeto possibilita maior organicidade do estudante dentro da universidade através do fazer cultural" e de acordo com Hellen essa é uma importante tarefa de uma Universidade pública.

(Hellen é estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades e Diretora de Assuntos Acadêmicos do DCE UFBA)

Idealizador do programa Cultura Viva, o historiador e escritor Célio Turino, Secretário da Cidadania Cultural do MinC entre 2004 e 2010, comemorou a conquista:

“Como diz a canção de Lia de Itamaracá, ‘essa ciranda é de todos nós’. É apenas um passo, mas um avanço muito importante para a Cultura Brasileira. Não há projeto de desenvolvimento para o Brasil que não tenha a cultura na centralidade das políticas públicas. Espero que esta vitória de hoje sinalize para a atual gestão do MinC a necessidade de cuidar melhor do Cultura Viva e dos Pontos de Cultura.

27 de junho de 2012

Lições paraguaias

(Da coordenação)

A cassação do mandato do presidente paraguaio Fernando Lugo revela a fragilidade e o longo caminho ainda por percorrer para a estabilização dos regimes democráticos em toda a América Latina. A queda de Lugo ocorre em um momento de ascensão da esquerda democrática no continente e recoloca a ordem do dia os golpes e contra-golpes financiados pelos EUA na região. Golpes de novo tipo, respaldados em supostas constitucionalidades, com a intenção de gerar o mínimo de distúrbios necessários a implementação de um novo governo sempre alinhado a Washington.

Em 2009, o governo legitimamente eleito de Manuel Zelaya foi deposto pela direita conservadora em Honduras sob a alegação de uma cláusula pétrea não permitir, sequer o debate, sobre a reeleição. Vale ressaltar que a imprensa conservadora brasileira e os seus jornalões festejaram a queda de Zelaya com argumentos muito semelhantes aos quais festejam também a queda de Lugo, as constituições. Nunca é demais lembrar que, no Brasil, esses mesmos aparelhos de disputa ideológica trabalharam diretamente na reeleição de FHC e seu projeto privatista.

O desgaste do imperialismo ianque provoca uma reformulação na sua forma de intervir nas zonas de influência e o que aconteceu em Honduras (2009) e Paraguai (2012) é um novo mecanismo de imposição dos seus planos de hegemonia. É necessário alertar também que Honduras e Paraguai representam os elos mais frágeis na cadeia de ascensão dos governos progressistas, ou seja, são uma possibilidade de entrada maior para os agentes conservadores externos. Também é importante dizer que o giro da estratégia adotada pelos EUA não significa o abandono da sua pressão militar sobre esses países como é possível perceber com restabelecimento da 4º frota.

 

Nota do DCE-UFBA sobre votação do PNE


Em meio ao estouro de tantas mobilizações em diferentes categorias no último período, a greve da educação se define no Brasil como um fenômeno resultante da situação social colocada pelas necessidades históricas da área. A educação brasileira após constantes ciclos de sucateamento consegue iniciar uma reversão do quadro na ultima década, com maiores investimentos e programas de apoio, porém ainda não somam sequer 5% do orçamento da união na área, permanecendo o gargalo educacional.
Hoje, 26 de junho de 2012, completam-se 77 dias de greve dos professores da rede publica do estado da Bahia, três universidades federais no estado (as únicas existentes) estão em greve de professores, e na UFBA a greve já é geral. Não para por ai, estas três universidades somam-se a mais de 50 em todo o país que deflagraram greve por mais estrutura, assistência estudantil e um Projeto Educacional socialmente referenciado, alem de plano de carreira e melhor condição de trabalho e salário para os servidores.

É também nesta data que se inicia a votação do Plano Nacional de Educação, o tão falado PNE, que traça as metas educacionais para o país na próxima década e vai definir o esforço que o Brasil pretende realizar para ‘priorizar’ a educação e o quanto de tempo pretende gastar para chegar aos níveis educacionais de um país com um patamar de 6ª maior economia mundial. 

25 de junho de 2012

Companheiro Wanderson Pimenta assume a coordenação geral do DCE-UFBa


A partir de hoje (25) a coordenação geral do DCE-UFBa terá o companheiro Wanderson Pimenta como membro da pasta. Wanderson é estudante de direito e militante do movimento estudantil desde 2007 e esta participando ativamente das mobilizações estudantis na nossa Universidade. A coordenação geral da entidade foi revezada com a companheira Yasmin Ferraz que cumpriu os primeiros seis meses da gestão Ciranda de Lutas.

Repleto de desafios, o movimento estudantil da UFBa deve ser protagonista da luta por uma educação popular e socialmente referenciada disputando os seus rumos na sociedade baiana e brasileira. Os problemas de infra-estrutura e insuficiência nos programas de assistência estudantil devem dar o tom das mobilizações no próximo período, caracterizando a nova composição social que a universidade começa a experimentar.

Superar a falsa polêmica entre expansão e sucateamento é também um tema central para o Diretório Central dos Estudantes que deve promover debates e intervenções que qualifiquem a temática. Além disso, é fundamental para os rumos da UFBa a reorganização da esquerda universitária que perpassa pela organização dos docentes.

16 de junho de 2012

3° Reunião do Comando de Greve dos Estudantes da UFBA

Reuniram-se nesta tarde de sábado, a partir das 14h, no Diretório Central dos Estudantes, os/as componentes do Comando de Greve dos Estudantes da UFBA. Em sua terceira reunião desde que foi instalado, no dia 08 de junho, o Comando debateu amplamente pautas como: prioridades para serem encaminhadas para a Administração Central da Universidade, Cartas e Moções direcionadas à unidades que em franco desrespeito à decretação da greve continuam coagindo os estudantes a estarem nas aulas, sob pena de reprovação, aplicação de faltas etc. Ademais, foram debatidos o calendário de mobilização, a construção do Comando Conjunto Organizativo de Greve (professores, estudantes e técnicos) e uma conversa prévia com a reitora para viabilizar a intervenção dos estudantes durante a reunião do Conselho Universitário do dia 20 de junho (quarta-feira).

12 de junho de 2012

Reunião do comando de greve estudantil


O comando de greve dos estudantes reuniu pela primeira vez na sexta (9), após a deliberação da assembléia estudantil que encaminhou pela greve. Na primeira reunião, cerca de 60 estudantes de diferentes cursos e unidades fizeram, primeiramente, uma análise de conjuntura sobre o movimento grevista observando um apanhado do que esta acontecendo nacionalmente. Após, o comando de greve fez um levantamento de pautas para incluir na carta entregue a reitoria no semestre passado reiterando as reivindicações estudantis.

O comando ainda definiu seus representantes de diversos cursos onde já foram feitas assembléias que encaminharam nomes. Os centros e diretórios acadêmicos devem ser fortalecidos neste processo, pois, o seu trabalho cotidiano constrói a ponte entre o movimento estudantil geral e o conjunto dos estudantes. Além disso, os estudantes interessados na problemática instalada na universidade devem se integrar a este processo horizontalizando as decisões dos rumos do movimento.

8 de junho de 2012

Em Assembléia histórica, estudantes deflagram greve na UFBa


A Faculdade de Arquitetura foi pequena para a assembléia estudantil realizada na ultima quarta-feira (06-04) que tinha como ponto de pauta a greve dos estudantes. Nas ultimas semanas, os professores Universitários da UFBa deflagraram greve por ampla maioria se somando as mais de 40 Universidades por todo país.


28 de maio de 2012

"ATÉ QUANDO ESPERAR?" RESUMÃO DA TESE DO COLETIVO O ESTOPIM!



“Mas isso não é desculpa pela má distribuição...” 
Até Quando Esperar - Plebe Rude


APRESENTAÇÃO

Damos as nossas boas vindas ao VII CONGRESSO DOS ESTUDANTES DA UFBA. Assim, saudamos as/os estudantes da UFBA mencionando Frederico Perez, companheiro de luta que nos deixou recentemente e que foi um dos mentores desta tese, com atuação destacada no último Congresso dos Estudantes da UFBA em 2009, pautando a temática da Assistência Estudantil.

E neste sentido, apresentamos a nossa contribuição ao VII Congresso, intitulada “Até quando esperar?”, uma alusão á eterna espera pelas nossas reivindicações e necessidades. Alusão também á paciência, que certamente não será eterna com aqueles que gerem as instituições, que fazem da Universidade um espaço extremamente excludente.

Esta tese é destinada àqueles e àquelas que enfrentam a falta de uma política de assistência estudantil efetiva, as adversidades de gênero, a violência na sua amplitude, enfim, todas as dificuldades que compõem a vida da juventude brasileira.

18 de maio de 2012

Manifesto ao 7º Congresso de Estudantes da UFBA


JOVENS E TRABALHADORES LUTAM PELOS SEUS DIREITOS, SOBERANIA E CONTRA AS GUERRAS!


No mundo, jovens e trabalhadores lutam pelos seus direitos, contra as guerras e exploração e pela soberania nacional. Nos países da Europa (Grécia, Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido, etc.) os planos de austeridade, medidas econômicas para salvar o capital de sua crise, retira direitos, além de corte de salários, demissões e ataque às organizações da juventude.

No Haiti, mantém-se por oito anos a ocupação da ONU, liderada pelo Brasil, que reprime os trabalhadores e a juventude que lutam por melhores condições de vida, por um país livre e soberano, soberania que o governo brasileiro deve respeitar retirando os seus soldados e enviando uma verdadeira ajuda como professores, médicos e engenheiros! Essa ocupação só serve aos interesses das multinacionais e do imperialismo.

ASSIM, É NECESSARIO QUE DILMA ADOTE OUTRA POLITICA!

16 de maio: Para que nunca mais aconteça!

16 de maio: para que nunca se esqueça. Para que nunca mais aconteça!

Rumo ao 7° Congresso de Estudantes da UFBA – CONUFBA: 22 a 25 de maio

Em 16 de maio de 2001, milhares de pessoas protestavam de forma pacífica em marcha pelas ruas do centro de Salvador. O Campo Grande, o Canela, a Graça e os contornos da Universidade Federal da Bahia foram tomados por trabalhadores(as), intelectuais, artistas e estudantes. O objetivo era constranger o então Senador Antônio Carlos Magalhães (do antigo PFL e atual DEM) por suas peripécias no Congresso Nacional.

Mas o que era um protesto pacífico e democrático se transformou em um dos episódios mais violentos na história recente da Bahia. O Batalhão de Choque da Polícia Militar, autorizado pela então Secretária de Segurança Pública do Estado, Kátia Alves, e com a aquiescência do então Governador Cesar Borges, atacou o movimento com bombas e bordoadas, culminando com a tão propalada invasão por parte da PM no Campus da UFBA, mais precisamente à Faculdade de Direito. O resultado foram dezenas de estudantes feridos, correria generalizada e o constrangimento público de professores e servidores que tentavam, em vão, negociar com os invasores. O 16 de maio de 2001 não destoa, em linhas gerais, de episódios similares ocorridos durante a Ditadura Civil-Militar.

Nesse sentido, todo dia 16 de maio deve ser encarado pelos(as) trabalhadores(as) e estudantes como “Dia de Luta contra as Oligarquias Baianas”. Elas ainda existem, muitas vezes não facilmente identificáveis, mas com atuação plena nos bastidores do poder do Estado. Esse combate deve se dar de forma intransigente, de modo que possamos avançar na perspectiva de um Estado verdadeiramente republicano.

13 de maio de 2012

Repleta de contradições, comissão da verdade é nomeada por Dilma

Na quinta-feira dia 10 de Maio a presidenta Dilma Rousseff nomeou os integrantes que irão compor a tão esperada comissão da verdade. Ao todo, sete nomes figuram na lista que já entraram no diário oficial da união. Essa comissão tem a tarefa de analisar os crimes e violações aos direitos humanos cometidos no período entre 1946 e 1988.

Os nomes são: José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).

8 de maio de 2012

Para refletir: Onde reside a armadilha?


Nos meses de agosto e setembro de 2011 o movimento estudantil, após diversas mobilizações, aprovou no conselho Universitário uma série de pautas que dizem respeito à assistência estudantil, segurança nos campi, enfim uma estrutura condizente com as nossas necessidades. A ocupação da FAPEX- Fundação de Amparo a Pesquisa, representou o ápice das mobilizações e foi o elemento de pressão utilizado pelos estudantes para garantir da reitora Dora Leal o compromisso com as pautas elencadas. Como é sabido, a reitoria, ao menos em palavras, se disse solidária as nossas reivindicações e encaminhou o prazo de 1º de Abril (data bastante sugestiva) para solução de parte dos problemas elencados.

Como sabemos, nem 10% dos compromissos firmados pela administração central da UFBa foram materializados por ações capazes de solucionar as insuficiências estruturais e de pessoal na Universidade. A residência da Garibaldi ainda não foi entregue, os restaurantes universitários do Canela e de São Lázaro continuam na cota das boas intenções da reitora e seus demais dirigentes e o BUZUFBa... esse nem merece comentários. Os estudos elaborados pela ADM. Central parecem pensados apenas para o calhamaço de papéis a figurar pelas mesas da burocracia.
Como se não bastasse essa série de problemáticas sem solução, a senhora reitora, após mais um caso de risco a integridade dos seus componentes, firmou um acordo com o comando da polícia militar para o policiamento do seu “entorno”. Indagada pela diretora do DCE- Marina Fernandes- sobre a confirmação da PM apenas no entorno dos campi a magnífica reitora foi taxativa ao dizer: “É apenas no entorno!”. Desde então diversos relatos e registros seguem acontecendo ao longo dos dias pelos diversos estudantes, militantes ou não, referentes ao trânsito de policiais fardados dentro dos campi.

27 de abril de 2012

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Gramsci foi um grande líder revolucionário, preso por Mussolini, que nasceu na Itália próximo a região da Sardenha. Sua vida esteve dedicada à formulação teórica que deixou grandiosos legados para o movimento libertário do Ocidente. Concepção de Estado, Hegemonia, cultura etc. ganham vitalidade diferenciada a partir das suas interpretações.

No aniversário de sua morte nós do Coletivo O Estopim! prestamos essa simbólica homenagem a este grande homem.

Os Indiferentes


Antonio Gramsci
11 de Fevereiro de 1917


Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história.

25 de abril de 2012

O que é ação afirmativa? o que é raça?



O que é ação afirmativa?

Um conjunto de ações privadas e/ou políticas públicas que tem como objetivo reparar os aspectos discriminatórios que impedem o acesso de pessoas pertencentes a diversos grupos sociais às mais diferentes oportunidades. Um exemplo é a política de criação de delegacias policiais especializadas no atendimento a mulheres. A falta de treinamento específico e da compreensão dos tipos de crimes que mais vitimam as mulheres influi na capacidade de oferecer um atendimento adequado às vítimas e na devida punição dos criminosos.

Afinal, o que é raça?

Há alguns anos, descobriu-se que a diferença genética entre os mais diferentes grupos étnicos do mundo é muito pequena, o que derruba o mito da existência de diferentes raças humanas. No entanto, existe um sentido social para o termo “raça”, pois os traços físicos (cor da pele, textura do cabelo etc.) ainda influenciam na percepção historicamente construída, muitas vezes com valores negativos para a população negra, podendo assim orientar ações sobre esses indivíduos. Quando as pessoas que defendem as cotas raciais falam de “raça”, estão dando um sentido político e social ao termo. Ou seja, referem-se às pessoas que, por considerarem importante para suas identidades a presença de componentes de matriz africana, se autodeclaram ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como “pretas” ou “pardas”. Numa leitura política, essas duas categorias de cores (preta e parda) são entendidas como o segmento “negro” da população, pois as pesquisas mostram que as trajetórias de vida das pessoas pretas e pardas são
muito mais próximas entre si do que se comparadas com as trajetórias das pessoas brancas.

A desigualdade e a discriminação raciais precisam ser corrigidas também com políticas públicas, e não
só com a idéia de que somos um “paraíso racial”. Por isso, a política de cotas tem adotado o critério da
autoclassificação em um contexto de construção da identidade negra.

O STF julgará hoje a constitucionalidade das cotas para afrodescendentes e índios nas universidades públicas brasileiras



O Supremo Tribunal Federal julgará hoje a ADPF – Ação Descumprimento de Preceitos Fundamentais 186, impetrada pelo DEM, Partido dos Democratas, contra a UNB – Universidade de Brasília e outra por um estudante branco do Rio Grande do Sul, que se sentiu prejudicado pela reserva de uma parte das vagas numa universidade a negros e pardos.

É julgamento pela constitucionalidade das Cotas Raciais que tem como objetivo promover acesso de Negros e Índios às Universidades.
É momento de LUTA por igualdade, dignidade, respeito e reparação!!!


Para ajudar a conhecer o debate O Estopim disponibiliza informações do IBASE sobre as cotas
Com dados do http://ibase.br/userimages/cart_ibase_cotas_completo.pdf


Universidades públicas com políticas de ações afirmativas
Das 79 universidades listadas a seguir, 54 possuem cotas raciais (marcadas com *). As demais aplicam 
um outro tipo de reserva de vaga, como as destinadas para alunos(as) oriundos(as) de escolas públicas.
Veja a lista:

22 de abril de 2012

Vladimir Ilitch Lenin, vivo a 142 anos.


Em homenagem ao nosso grande camarada que completou 142 anos hoje, 22 de abril de 2012, compartilhamos aqui seu Discurso na I Sessão do III Congresso das Juventudes Comunistas da Rússia.

V.I. Lênin
Tarefas das Juventudes Comunistas

(Discurso na I Sessão do III Congresso das Juventudes Comunistas da Rússia – Moscou, 2 de Outubro de 1920)

(Lênin é recebido com uma calorosa ovação do Congresso)

Camaradas: quisera falar-lhes hoje das tarefas fundamentais da União de Juventudes Comunistas e, por esta razão, do que devem ser as organizações da juventude em uma república socialista em geral.

Este problema merece tanto mais nossa atenção enquanto que, em certo sentido, pode dizer-se que é precisamente a juventude quem está incumbida da tarefa de criar a sociedade comunista. Pois é evidente que a geração de militantes educada sob o regime capitalista pode, no melhor dos casos, resolver a tarefa de destruir os cimentos do velho modo de vida do capitalismo, baseado na exploração. O mais que poderá fazer será levar a cabo as tarefas de organizar um regime social que ajude o proletariado e as classes trabalhadoras a conservar o Poder em suas mãos e criar uma sólida base, sobre a qual poderá edificar unicamente a geração que começa já a trabalhar em condições novas, em uma situação em que já não existem relações de exploração entre os Homens.

Pois bem, ao abordar deste ponto de vista o problema das tarefas da juventude, devo dizer que as tarefas da juventude em geral e da União de Juventudes Comunistas e outras organizações semelhantes em particular, poderiam definir-se em uma só palavra: aprender.

Debate com Olívio Dutra



 A Militância Socialista e o Coletivo O Estopim! apoiam esta iniciativa.

O Diálogo Petista convida para os “Debates com Olívio Dutra” que, este mês, serão realizados nas cidades de Salvador (23/04) e Recife (24/04).

Em Salvador, a atividade conta com o apoio da Juventude do PT-BA, da Setorial de Educação PT-BA, da Executiva da EPS, do mandato do deputado federal Valmir Assunção, de Paulo Mota (Exec. PT Salvador), Julio Rocha (2º vice-presidente PT Salvador) e Lourival Lopes, da corrente O Trabalho.

O debate será no dia 22 de abril, as 18:30 Faculdade Visconde de Cairu (Rua do Salete, 50 - Barris). 

20 de abril de 2012

Nota de solidariedade aos companheiros ameaçados e agredidos por se manifestarem contra a Ditadura Civil-Militar

No último dia 29 de março, centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Clube Militar no Rio de Janeiro, onde ocorreria, por parte dos militares da reserva, “comemoração” aos 48 anos do golpe de 1964. Nesse fatídico dia, cinco militantes da Juventude do PT foram agredidos e continuam sendo ameaçados. Dentre eles, três companheiros do movimento “Refazendo”: Luiz Felipe Garcez, Rodrigo Mondego e Gustavo Santana.

O companheiro Gustavo Santana, inclusive, teve o braço quebrado, de modo a ter de passar por uma cirurgia. Os elencados companheiros tiveram os seus nomes divulgados em diversos blogs e sítios mantidos por militares. O companheiro Luiz Felipe Garcez, por exemplo, teve sua foto divulgada por jornais da grande imprensa golpista. Desde então, tem sofrido ameaças pela rede, por telefone e teve a sua vida pessoal devassada. Tal clima de tensão remonta os terríveis anos de chumbo, em que os militares e seus asseclas civis cometeram diversos crimes de lesa-humanidade, alguns deles, inclusive, que causaram condenação internacional ao Brasil em sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2010.

O protesto ocorrido no Rio de Janeiro não foi o único.

16 de abril de 2012

O “x” do desenvolvimento nacional.

Por Diego Rabelo*

A atualização dos números referentes à atividade econômica brasileira apontou um recuou de 0,13% em janeiro, o que fez com que o governo anunciasse a prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) por mais três meses. Porém, o processo de desindustrialização provocado pela ‘dinamização’ do mercado mundial preocupa e foi pauta em diversos jornais, programas de debates, blogs alternativos, revistas especializadas e até em parte da grande imprensa. Medidas tímidas como a redução do IPI não são solução para uma economia que vislumbra ser uma das maiores do mundo (quinta) dentro de alguns anos, e que na verdade expõem a necessidade de uma estruturante reorientação na economia nacional.


O debate não é necessariamente novo, mas ganhou contornos de dramaticidade para trabalhadores e empresários brasileiros que temem perder mais espaço no mercado internacional (uns lucros, outros empregos). Diferentemente de outros tempos, a indústria brasileira joga cada vez menos um papel de importância na economia brasileira, o que leva este humilde blogueiro a se perguntar: sobre quais bases estão sustentadas a riqueza nacional? O espaço outrora ocupado pela indústria cede pouco a pouco às tentações do lucro fácil e improdutivo, componente básico da especulação financeira.