13 de maio de 2012

Repleta de contradições, comissão da verdade é nomeada por Dilma

Na quinta-feira dia 10 de Maio a presidenta Dilma Rousseff nomeou os integrantes que irão compor a tão esperada comissão da verdade. Ao todo, sete nomes figuram na lista que já entraram no diário oficial da união. Essa comissão tem a tarefa de analisar os crimes e violações aos direitos humanos cometidos no período entre 1946 e 1988.

Os nomes são: José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista) e José Cavalcante Filho (jurista).



O fato da comissão da verdade não ter um caráter punitivo, revela o nível de pressão que os setores conservadores ainda exercem sobre a nação. É necessário investigar os crimes cometidos durante a ditadura e responsabilizar todos aqueles que transgrediram os direitos democráticos. É incompatível com uma democracia não contar o capítulo mais nefasto da sua história, repleto de sangue, dor, tortura e crueldade por parte do Estado.

Essa lacuna da comissão da verdade deve ser preenchida pelos movimentos sociais ligado aos direitos humanos sob forma de pressão com escrachos, mudança de nome das ruas e comitês populares. Será através da força destes segmentos que os crimes cometidos pela ditadura serão revelados para a nação. A comissão da verdade é contraditória e disputar os seus rumos é uma tarefa republicana.



Por Diego Rabelo, diretor de Direitos Humanos da UNE
Refazendo a UNE

Nenhum comentário:

Postar um comentário