Ao passo que saímos da FAPEX após 13 dias de ocupação, chegamos ao segundo mês de greve dos estudantes. Esse processo diferenciado de mobilização, como há muito tempo não acontecia, reflete aos estudantes em luta o amadurecimento da categoria, comprovado pela organização de suas reivindicações e pela atuação em vista das conquistas.
Mesmo com a tentativa de criminalização, a greve discente se manteve na resistência e conseguiu pautar a Administração Central para o atendimento de suas pautas. Apesar de um duro método de negociação, colocado pela Reitoria, a obstinação estudantil deu exemplo e conquistou o BUSUFBA, agora em fase de pregão eletrônico.
Após audiência publica, da comunidade acadêmica e reitoria, realizada hoje, ficam duas lições: a primeira é que a gestão dessa universidade não tem um negociador, o que fortalece sua instabilidade e nos passa insegurança em sentar e resolver; a segunda é que, mesmo após intensa tentativa, a costura entre os três setores ainda é frágil.
Desta maneira, fica evidenciado que o próximo passo para consolidar a opinião dos segmentos combativos da Universidade é organizar um projeto de poder que possa polarizar com o conservadorismo e superá-lo. Dito isso, o movimento estudantil joga um papel protagonista para o desenvolvimento deste desafio que deve ser desde já enraizado entre os três setores.
A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes.
ResponderExcluirAs revoluções são a locomotiva da história.
(Karl Marx)