22 de julho de 2012

O Estopim da greve na UFBA!


Da Coordenação

O Coletivo O Estopim! é um dos coletivos que tem protagonizado a greve dos estudantes da UFBA. Nestes 45 dias de greve, foram 03 assembleias de estudantes, várias reuniões do Comando de Greve, dezenas de atividades e debates locais, atos nacionais, 01 audiência pública, duas reuniões do CONSUNI e uma do CONSEPE em que a atuação discente foi fundamental para assegurar garantias formais aos estudantes grevistas. Em todos esses espaços, a nossa militância teve intervenção destacada.

Nesse cenário, aprofundamos os debates sobre a concepção de Universidade Pública. Assim, consideramos de fundamental importância os debates sobre a assistência estudantil e a EBSERH. Precisamos debater o financiamento da permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade financeira e a nossa participação nos rumos desse financiamento. Em defesa da autonomia universitária e rechaçando a concepção privatista por trás da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), é necessário acumular forças na universidade, em conjunto com os docentes e servidores técnico-administrativos, para obstruir no Conselho Universitário a aprovação da mesma.


Entretanto, estamos em outro patamar. Se os professores rejeitaram por unanimidade a proposta do governo, os estudantes precisam pressionar a administração da central da UFBA no sentido do atendimento das nossas reivindicações. Das pautas apresentadas, nenhuma obteve resposta concreta. Apenas discursos vazios e descaso. Na esteira dos atos nacionais, precisamos radicalizar nas nossas ações, de modo a demonstrar a força da greve. Temos que ocupar a universidade com debates e atividades cotidianas. Necessitamos mobilizar constantemente e construir cada vez mais eventos com as outras categorias em paralização.

Nesse sentido, nós do Coletivo O Estopim! acreditamos que esta greve na UFBA é histórica, tanto pela assembleia que a deflagrou, quanto pelas possibilidades concretas de vitória. Sem falar na repercussão nacional do movimento paredista, o maior dos últimos anos. No terreno da disputa ideológica na Universidade, estamos travando um debate encarniçado contra a direita (sim, pelo menos nas redes sociais ela existe!) e contra setores da esquerda que depois de um longo período de marginalidade social e política se encontram completamente deformados e incapazes de uma atuação coerente frente à conjuntura. De uma forma ou de outra, o nosso compromisso com os trabalhadores, dentro e fora da universidade, não nos deve deixar descansar!

Venceremos!

Coletivo O Estopim! Incendiando Corações e mentes!

Nenhum comentário:

Postar um comentário