Da Coordenação
O Coletivo O Estopim! é um dos coletivos que tem protagonizado
a greve dos estudantes da UFBA. Nestes 45 dias de greve, foram 03 assembleias
de estudantes, várias reuniões do Comando de Greve, dezenas de atividades e
debates locais, atos nacionais, 01 audiência pública, duas reuniões do CONSUNI
e uma do CONSEPE em que a atuação discente foi fundamental para assegurar
garantias formais aos estudantes grevistas. Em todos esses espaços, a nossa
militância teve intervenção destacada.
Nesse cenário, aprofundamos os debates sobre a concepção de
Universidade Pública. Assim, consideramos de fundamental importância os debates
sobre a assistência estudantil e a EBSERH. Precisamos debater o financiamento
da permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade financeira e a nossa
participação nos rumos desse financiamento. Em defesa da autonomia
universitária e rechaçando a concepção privatista por trás da EBSERH (Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares), é necessário acumular forças na
universidade, em conjunto com os docentes e servidores técnico-administrativos,
para obstruir no Conselho Universitário a aprovação da mesma.
Entretanto, estamos em outro patamar. Se os professores
rejeitaram por unanimidade a proposta do governo, os estudantes precisam
pressionar a administração da central da UFBA no sentido do atendimento das
nossas reivindicações. Das pautas apresentadas, nenhuma obteve resposta
concreta. Apenas discursos vazios e descaso. Na esteira dos atos nacionais,
precisamos radicalizar nas nossas ações, de modo a demonstrar a força da greve.
Temos que ocupar a universidade com debates e atividades cotidianas. Necessitamos
mobilizar constantemente e construir cada vez mais eventos com as outras
categorias em paralização.
Nesse sentido, nós do Coletivo O Estopim! acreditamos que
esta greve na UFBA é histórica, tanto pela assembleia que a deflagrou, quanto
pelas possibilidades concretas de vitória. Sem falar na repercussão nacional do
movimento paredista, o maior dos últimos anos. No terreno da disputa ideológica
na Universidade, estamos travando um debate encarniçado contra a direita (sim,
pelo menos nas redes sociais ela existe!) e contra setores da esquerda que
depois de um longo período de marginalidade social e política se encontram
completamente deformados e incapazes de uma atuação coerente frente à
conjuntura. De uma forma ou de outra, o nosso compromisso com os trabalhadores,
dentro e fora da universidade, não nos deve deixar descansar!
Venceremos!
Coletivo O Estopim! Incendiando Corações e mentes!
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