Da coordenação
Os estudantes não poderiam conjecturar outra coisa senão o fortalecimento do debate sobre as fundações privadas na universidade, pois este caso surgiu há mais de duas décadas. Já na UFBA o debate voltou a se fortalecer na construção do 7º ConUFBa, no qual fizemos o pré-congresso sobre o papel dessas fundações na universidade, desmitificando a ideia de que estas favorecem a Universidade Pública.
A história nos sujeita a um momento oportuno: nas resoluções do último congresso estudantil foi explicitada a necessidade de debate sobre o papel das fundações na UFBA; nas pautas da greve está contida a contrariedade da permanência destas no espaço público; a necessidade de radicalização da greve nos levou a optar pela ocupação de uma fundação. Mais que acertado. O debate hoje foi sobre Fundações.
No debate foi criticado o avanço da privatização, em que as fundações se apresentam como uma das formas para aplicar o programa neoliberal na universidade. Com pouco mais de 40 pessoas, este debate foi considerado um dos melhores durante a greve e contou com a presença da professora Celi Tafarel, do advogado e mestrando em Direito Publico Emanuel Freire, vulgo Balalaika, e do coordenador geral do DCE, Wanderson Pimenta.
A essa altura da greve estudantil, que conta com 52 dias de várias assembleias, reuniões de comando, atos de rua, audiência pública e marcha nacional, cabia outra postura ao movimento grevista. O fator de realizar a ocupação culminou na pressão sobre a reitoria para atender as reivindicações apresentadas. Dora chamou os estudantes para negociar as pautas. Desta forma, vale colocar na agenda que às 9h uma representação tirada pela ocupação irá reabrir a mesa de negociação.
A ocupação não se dá por entretenimento. Ao contrário, realizar o debate conjuntural da universidade, dar celeridade ao andamento das pautas prioritárias, resgatar o histórico de debates sobre as fundações privadas e fortalecer a defesa de auditoria pública e o veto ao credenciamento destas na universidade se faz essencial.
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