A questão da reforma agrária ainda parece ter solução distante no nosso país, haja vista a morosidade e, em certa medida, covardia deste governo de coalizão em romper uma das estruturas mais arcaicas e feudais no Brasil. A concentração de terras no nosso país não gera apenas desigualdade dos que têm sobre os que não tem, mas também um entrave produtivo de proporções gigantescas quando analisamos as vastas áreas férteis não utilizadas.
Nos últimos meses a disparada dos preços dos alimentos como tomate e batata
fizeram com que os brasileiros experimentassem mais um aumento na cesta básica
e mais inflação no bolso dos trabalhadores. Isso tudo poderia ter sido evitado com uma
produção mais agressiva, organizada sob gerência do estado e planificada, capaz de aumentar a oferta e baratear o custo de
alimentos essenciais a nossa mesa.
Uma alternativa ao modelo do agronegócio e ao latifúndio improdutivo experimentado na última década é agricultura familiar. Distribuídos em cooperativas e com um limite de terra fixado os agricultores produzem de maneira equilibrada bens essenciais ao consumo da população, principalmente dos grandes centros.
Uma alternativa ao modelo do agronegócio e ao latifúndio improdutivo experimentado na última década é agricultura familiar. Distribuídos em cooperativas e com um limite de terra fixado os agricultores produzem de maneira equilibrada bens essenciais ao consumo da população, principalmente dos grandes centros.
O resultado do aumento de financiamento e novas linhas de crédito para a
modalidade da agricultura familiar desde 2003 já dão sinais muito positivos. O
balanço pode ser conferido após dez anos de Plano Safra que possibilitaram um
maior investimento em equipamentos, além de aperfeiçoamento dos planos já
existentes. Já em 2012, algumas políticas públicas como o PNAE (plano nacional
de alimentação escolar) e o PAA (Plano de aquisição de alimentos) puderam ser
destacadas pelos movimentos sociais e pelos gestores como um grande avanço.