20 de abril de 2011

Juiz que foi guerrilheiro pede anistia política

Em 1970, Theodomiro Romeiro dos Santos era mais um daqueles jovens que lutavam para reescrever a história do Brasil – que vivia, então, o auge da repressão política contra os “subversivos” que lutavam contra o regime militar. Tinha 18 anos e integrava o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Num confronto com a polícia da ditadura, matou um sargento, ao ser preso.

Tornou-se o primeiro condenado à morte do Brasil na República. A pena nunca foi executada, mas Theodomiro chegou a cumprir nove anos de cadeia. Formado em direito, exercendo atualmente a magistratura – é juiz 9ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, no Recife -, o ex-guerrilheiro quer, enfim, ser reconhecido como anistiado político. Ele solicitou à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça que o período em que permaneceu no cárcere, somado aos anos no exílio, de onde voltou em 1985, sejam contados para fins de aposentadoria, sem que isso signifique compensação financeira.

"Não quero indenização. Quero apenas ser reconhecido como anistiado político para que o período que permaneci preso seja contado para a aposentadoria”, diz Theodomiro, que após fugir da prisão passou meses escondido antes de deixar o País em direção ao México e, posteriormente, à França.

Fonte: Jornal do Comércio de Recife - JC Online
 
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