28 de maio de 2010

CARTA DE APOIO A CRIAÇÃO DO INSTITUTO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES SOBRE MULHER, GÊNERO E FEMINISMO

Da coordenação
O Estopim! é um grupo do movimento estudantil e social que luta contra todas as formas de opressões, buscando através de ações cotidianas construir dentro da sociedade pontes para o fortalecimento do povo no enfrentamento aos desmandos do capitalismo, bem como para conscientização acerca do pleno exercício da cidadania.
 Na UFBA, se constituiu enquanto grupo que pauta, debate, defende entre outras, as bandeiras de educação, saúde, assistência estudantil,  cidadania LGBT, questões de gênero, questões afirmativas, sempre se posicionando no combate a posturas machistas, homofobicas, racistas, sexistas, dentro e fora da universidade.
Reconhecendo o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM, mais antigo núcleo de estudos feministas do país, como forte lócus de luta, conscientização e produção de saber acerca da condição feminina na sociedade, considerando sua contribuição para o empoderamento das mulheres, bem  como para construção na academia e na sociedade de um novo olhar no que diz respeito a situação da mulher e as questões de gênero, manifestamos nossa alegria e apoio à  transformação do Núcleo em unidade de ensino, a partir da criação do Instituto de Estudos Interdisciplinares sobre Mulher, Gênero e Feminismo, acreditamos que tal passo exprime o reconhecimento do feliz trabalho desenvolvido pelo núcleo e se configura em uma oportunidade impar para os agrupamentos dos movimentos sociais e organizações da sociedade civil juntamente com a academia  possam ampliar ações na concretização de uma educação desprovida dos valores patriarcais.
Parabéns ao NEIM!

20 de maio de 2010

Primeira reunião de Diretoria do DCE.

Dia 14 de maio de 2010 aconteceu a primeira reunião de Diretoria da Gestão Primavera nos Dentes do DCE UFBA.




Foram discussões importantes sobre a dinâmica da gestão dentre outros pontos relevantes como o planejamento da gestão, posse e os CEB's.

A posse da gestão acontecerá no dia 28 de maio de 2010. Mais informações serão passadas pela Diretoria de Comunicação do DCE UFBA.


Coletivo O Estopim.

"Cotidiano do Coletivo O Estopim"

Reunião do Estopim. 13 de maio.

Mais uma reunião do Estopim. Atividade intensas, cada vez mais nos organizando e nos tornando mais orgânicos. Fiquem atentos para as próximas ações e atividades do coletivo, afinal estamos nos esforçando ao máximo para Incendiar Corações e Mentes.


Moção de apoio aos estudantes de Medicina da UFBA.

18 de maio de 2010

Reflexões de gênero.

Por Sâmia Souza*



Pensamos na igualdade constantemente e é constante, também, em nossos discursos, nos referirmos à igualdade como a meta ideal de toda a nossa luta e vida. Nada contra, óbvio. Muito embora sejamos diversos, distintos, plurais, somos humanos. Iguais, portanto. Ou não? Eu falei sobre pensar e discursar e estes verbos guardam muito bem o campo da utopia, do sonho, das teorias. Não que seja simples teorizar ou agregar conhecimento, formular projetos e erigir explicações que dêem conta de sintetizar o que vemos no mundo. Debruçar-se sobre papel e caneta, agarrar o microfone e bafejar uma platéia de um discurso libertador, exige, entretanto, um outro verbo: fazer.


A igualdade a qual me refiro, quando é confrontada com o verbo “fazer”, parece que perde o tônus. É que é muito comum amealhar conhecimento e afastar-se dele nos passos diários. Ainda sinto que é corriqueiro beber Marx, temperar tudo com a luta pela igualdade, mas abusar de ações que reforcem o machismo. E o que não faltam são companheiros “marxchistas”. Se estamos falando de igualdade, nada mais oportuno do que falar sobre as mulheres ocupando os mesmo espaços que os homens. E se estamos falando de uma sociedade que tem como corolário a própria desigualdade, concordaremos que nós mulheres temos que criar tensionamento constante para que tal ocupação se concretize, pois nunca veremos quem oprime lutar por oprimidos. E quando é que discurso e pensamento movem, de fato, a realidade? Eu ouso afirmar que as menores coisas fazem grande diferença. Então não adianta só gritar para que haja uma sociedade sem classes, sem desigualdade e depois reproduzir o machismo no desdém à mulher enquanto ela discursa, ou nos comentários aviltantes sobre seus corpos, sobre sua sexualidade, sobre sua mudança de postura e imagem.

Alguém espera [mesmo] que a classe que detém os meios de produção reparta livremente a riqueza gerada socialmente com a “classe que vive do trabalho”? Por que esperar que os homens cedam ou construam um espaço para a mulher? Não podemos defender uma lógica num ponto e desconstruí-la em outro. É a mulher que garantirá à própria mulher ser mais que a imagem hilária de um osso chato: uma costela. Não ser mais a princesa amarrada numa torre à espera do príncipe salvador.

E enquanto escrevo este texto, fico a imaginar a cara de cada companheiro que escondido atrás da tela de seu computador, torce o nariz para o que foi dito. Um dos significados da palavra companheiro é “aquele que vai na companhia” e eu como mulher estou dizendo apenas que não vamos ser carregadas, não vamos mais atrás, nem contaremos nessa caminhada com um escudeiro à nossa frente. Sei que não nos darão licença, portanto, marcharemos como for necessário, companheiros. Só digo, enfim, que observem como falam conosco, mas mais ainda como falam de nós, porque o machismo nega a igualdade e reforça a opressão largamente combatida nos pensamentos e discursos tão bem elaborados com os ideais que todos e todas defendemos – a justa sociedade.

Samia é estudante de Serviço Social da UFBa e militante do coletivo Marxista O Estopim!

17 de maio de 2010

Dilma e as eleições presidenciais

Pesquisa Vox Populi divulgada sábado pela Rede Bandeirantes - e boicotada pelos mais conhecidos onlines, além de escondida pelos jornalões - mostra que, como prevíamos desde o inicio do ano nesse blog, a candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) ultrapassou o da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) - é 38% a 35%.
Mas essa sondagem eleitoral traz informações mais importantes que a ultrapassagem em si. Serra continua caindo ou estagnado e Dilma não para de crescer desde março de 2008 quando a primeira pesquisa a incluiu na disputa e ela tinha 3%. O que interessa, então, é a curva ascendente de nossa candidata e a descendente do da oposição.
Mais do que isso: pela primeira vez Dilma é vista pelo eleitor como a concorrente com mais chances de vencer a eleição no 1º turno com 40% a 39% e, mais importante, também no 2º com 40% a 38%. A candidata do governo agora começa a ser conhecida e identificada pelo eleitorado de menor renda e escolaridade, mas ainda tem muito para crescer, já que continua desconhecida de boa margem de eleitores identificada com o presidente Lula.Pela Vox Populi, agora 74% já sabem que ela é a candidata do presidente - o percentual é de 69% no eleitorado do Nordeste e inferior, de 64%, na faixa de renda até 1 salário mínimo com até a 4ª série do ensino fundamental. Portanto é grande seu potencial de crescimento, inclusive porque mesmo no Sul e no Sudeste, 57% dos eleitores afirmam que podem votar na candidata do presidente da República.
Serra diz que Lula está acima do bem e do mal
Está explicado aí porque Serra passou a fazer campanha com elogios ao presidente, considerando-o acima do bem e do mal e com insistência na história de que ele é o "pós-Lula" e não o "anti-Lula". Outro detalhe interessante da pesquisa: no eleitorado que conhece Dilma, ela tem uma intenção de voto superior ao do que conhece Serra.
Mas é na votação espontânea que podemos identificar a força e a estabilidade do crescimento da candidata que agora tem nacionalmente 19% das intenções de voto contra 15% de Serra. Ela o supera nesse item inclusive no Sudeste - 17% a 14%. Não o ultrapassa aí, ainda, no Sul, onde Serra tem 23% e Dilma 16%. Em compensação, nessa região tem rejeição mais baixa que a de Serra.
Detalhe: praticamente não aumentou o grau de conhecimento de Dilma, o que dá mais força a esse seu crescimento na espontânea. Como destaco sempre, pesquisa é boa para um balizamento da campanha, mas é sempre um retrato do momento. A situação de nossa candidata é ótima, apesar de ainda estarmos a cinco meses da eleição. Por isso mesmo, comemorar com o pé no chão, sem euforia. Ao trabalho!

Fonte: Blog do Dirceu 

9 de maio de 2010

O efeito Lula


Não há mais como duvidar da capacidade do presidente Lula de multiplicar votos. Isso é efeito inegável dos elevados índices de aprovação do governo e de popularidade do presidente.

As pesquisas recentes mostram o crescimento veloz e consistente da ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência. O eventual candidato tucano ainda vê a adversária pelo retrovisor, mas Dilma já está no vácuo de José Serra.

Nada é imutável na dinâmica do processo eleitoral. E se o desejo da oposição era de que o apoio da população a Lula não oxigenasse a candidatura de Dilma, deve, agora, torcer para que isso não continue e, se possível, se desfaça.

Eis, porém, o resultado de pesquisa realizada na Baixada Fluminense (RJ), até então mantido sob reserva, feita pelo Instituto Mapear entre os dias 23 e 29 de janeiro. Foram ouvidos 1,4 mil eleitores. A margem de erro é de 2,6%. Todo o trabalho foi orientado e coordenado pelo estatístico Sergio Ribeiro dos Santos.

O instituto definiu 11 municípios mais populosos da região. Eles reúnem cerca de 2,4 milhões de eleitores. Quase 25% do eleitorado total do estado do Rio.

Quando o eleitor escolhe em quem vai votar (Dilma, Serra, Ciro ou Marina), surge um empate numérico entre Dilma e Serra: 26,9% contra 26,3%.
Após isso, o eleitor respondeu à seguinte questão: “O presidente Lula decidiu apoiar uma candidata do seu partido, o PT, chamada Dilma, para concorrer como sua sucessora. O(a) senhor(a) sabia ou não sabia disso?”

Dilma, candidata de Lula, é conhecida por 51% do eleitorado. Entretanto, 48,7% – quase a metade – não sabia.

A segunda tabela mostra um resultado diferente. A pergunta é feita colando o nome de Dilma ao de Lula. Ela salta para 42,4%. Serra perde 5%, aproximadamente. Ela agrega indecisos, demovidos pelo vínculo com Lula.
Em Nova Iguaçu, cujo prefeito é Lindberg Farias, do PT, o porcentual de Dilma cresce cerca de 12 pontos, quando o nome é associado a Lula. Curiosamente, em Duque de Caxias, governada pelo tucano Zito, é onde Dilma põe a maior frente sobre Serra.

Não há teoria social que explique como os votos se transferem do criador para a criatura. Só é possível invocar uma evidência óbvia: o mau -administrador não faz o sucessor. Isso aconteceu em 2002, quando Serra era a criatura de FHC.


Fonte: Carta Capital

4 de maio de 2010

O Estopim na Apuração das eleições do DCE.

O Coletivo O Estopim estava presente na conturbada e cansativa apuração das eleições do DCE UFBA.

Da esquerda para direita: Sâmia (Serviço Social), Lívia (Historia), Caio (Enfermagem), Rafael (enfermagem), Rondinei (Direito), Diego (Museologia), Dudu (Enfermagem - FIB), Fred (Enfermagem). Na frente João (Enfermagem) e no fundo Aiara (enfermagem).

Em breve mandaremos um repasse sobre as eleições, aguardem.

2 de maio de 2010

Eleições do DCE - CHAPA 1 Primavera nos Dentes

"Quem tem consciência para ter coragem



Quem tem a força de saber que existe



E no centro da própria engrenagem



Inventa a contra-mola que resiste"




Este é o Slogan da Chapa que concorre ao pleito de ser gestão da Universidade Federal da Bahia. Uma chapa heterogênea, que consegue formular e agregar cada vez mais estudantes tanto na UFBA, quanto em todo o Brasil, por se consolidar em unidade da Juventude Petista. Mas não viemos hoje falar sobre as nossas características nostálgicas, muito menos fazer uma plataforma política.
Estamos, nós de O Estopim!, aqui hoje para refletirmos sobre a importância do ME na Universidade e como setores deste movimento tão fascinante consegue deturpa-lo, destruí-lo, ou pior, colocar  vendas nas mentes estudantis.
A base do discurso que o ME necessita ter é acreditar que os fatos sempre podem mudar mas a conjuntura que quer destruir a universidade e o proletariado sempre existirá. Teremos armas de ataque diversas, seremos atacados das piores formas, mas a pior de todas é ser apunhalado pelos membros do próprio movimento estudantil. Não podemos mais aceitar que este setores sectários, falaciosos, destruam o que ainda temos a oportunidade de reformular. Queremos deixar claro que nem todos, mesmo sendo oposição são ferrenhos inimigos, há  a possibilidade de construirmos uma plataforma que atenda a tod@s @s estudantes. 
A chapa Primavera nos dentes,  acredita que o mundo e a Universidade vêm passando por reformulações. Na América Latina, por exemplo, uma série de governos populares e de esquerda têm encarado a educação e a produção do conhecimento científico como condição primordial para a constituição da soberania nacional e para a constituição de um paradigma civilizacional mais igualitário, justo e libertário.
E com essa crença conseguiu vencer as eleições do DCE. Os estudantes mostraram suas caras, foram a luta e disseram NÃO aos discursos com caráter meramente ofensivo, e mentiroso. Os estudantes se mostraram guerreiros e a contra-mola que deve resistir. Mas muitos ainda foram enganados, por discursos falaciosos, discursos destrutivos, discursos que nada apresentavam de novo, discursos que ferem o mínimo de dignidade, compromisso e fé que ao menos nós militantes de ESQUERDA, sabemos o que significa.
Mesmo sendo vitoriosos,  não significa que a batalha terminou. De maneira corruptível e insolente, pessoas vinculas a Chapa 3, tentam fraudar as eleições, destruir o que é nosso. Piratas que deslizam na ignorância e desprezo a política, ao qual os estudantes infelizmente vivem, se oportunizam desta para se construirem, para construirem seu partido, para destruirem o que sobrou do saudoso ME, energil, propositor, construtivo. Vencemos, mas a arrogancia, o ego e as atitudes anti-democráticas que a chapa 3 cometeu não nos permite descansar. Não aceitamos que invadam ou coajam novamente a comissão eleitoral. Não permitiremos que destruam mais nenhum patrimônio da Universidade que é de tod@s! Não permitiremos que eles, que se dizem a solução, destruam nosso bem maior: os estudantes!
Segunda-feira, dia 03 de maio, às 15:30, na sede do DCE a comissão Eleitoral, juntamente com as 5 chapas irão se reunir para decidir quem será o responsável por ser o elo do ME na universidade no próximo período.
Estaremos lá com todas as forças!
"Quem não vacila mesmo derrotado



Quem já perdido nunca desespera



E envolto em tempestade decepado

Entre os dentes segura a primavera"