No dia seguinte à posse de Juan Manuel Santos na Colômbia, o presidente venezuelano Hugo Chaves, ressalta a necessidade das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia se empenhar em um processo de paz. As FARC estão em pleno declínio militar após a morte de 3 dos 7 membros que compunham o comitê central da organização. Isolada e desgastada politicamente, a guerrilha precisa de uma solução a curto prazo para iniciar um processo de paz respeitoso.
Mas as palavras de Chaves parecem conter sinais de alerta para os lideres da guerrilha, tendo em vista a imensa pressão internacional que o governo Colombiano (orientado pela casa Branca) vem investindo no ultimo período contra Chaves. Essa semana o presidente venezuelano foi novamente acusado na OEA, por Bogotá, de dar refúgio a guerrilheiros. Este tipo de pressão tende a surtir efeito, tendo em vista o próprio desgaste com o abastecimento de energia que o governo de Carácas atravessa.
É possível que as FARC, atualmente enfraquecida em menos da metade do seu poderio em outrora, quando chegou a dominar quase 40% do território colombiano, esboce uma real intenção de entregar as armas, assim como o IRA! em 2005 fez na Irlanda. As circunstâncias detêm algumas semelhanças do ponto de vista do esgotamento progressivo que este tipo de ação ccausa ao longo dos anos.
Mas será?
É muito difícil crer que mesmo em uma possível negociação de paz o imperialismo estadunidense permitirá qualquer tipo de complacência com a guerrilha e seus líderes. É pouco provável que as FARC caibam dentro da disputa institucional com uma máquina tão viciada e corrupta como é o caso das instituições daquele país..
Quanto mais a guerrilha se prolonga mais se torna desesperadora e preocupante a vida dos prisioneiros e dos combatentes. E o recado de Chaves esta dado.
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