Da coordenação
A visita de Obama, a convite da Presidente Dilma Roussef esta semana, foi marcada por algumas manifestações que questionam a presença do presidente americano no Brasil. Na realidade, não existe momento pior para uma visita do chefe de Estado do maior império do globo. Os acontecimentos na Líbia continuam a se desenvolver, mas agora com um novo componente aprovado nesta semana, a tal zona de exclusão aérea votada pelo conselho de segurança da ONU.
O tão sonhado acento permanente no conselho de segurança das Nações Unidas coloca o Brasil em uma situação delicada na política externa, tendo em vista a funcionalidade deste organismo e o papel que este joga para as principais potências. A ocupação no Haiti, sob tutela dos capacetes azuis do exército brasileiro, aponta uma profunda contradição entre o papel pacífico que o Brasil pretende adotar na sua politica externa e uma intervenção em uma nação estrangeira atolada em problemas insolúveis do ponto de vista militar.
Por sua vez, o governo Obama está mergulhado em uma crise sem precedentes na história moderna do capitalismo. O seu partido tem revelado extrema fragilidade em lhe dar com essa nova conjuntura e cada vez mais se aproxima da política dogmática dos republicanos. É importante ressaltar, que não existe diferença substancial entre esses dois partidos, mesmo com a euforia feita por parte da esquerda desde a eleição de sua vitória. Sem apoio da base social que o elegeu, o democrata apela cada vez mais para pautas tradicionalmente republicanas.
Na semana passada, fontes da Casa Branca não só davam conta da manutenção da prisão caribenha de Guantánamo aberta, mas também do prosseguimento das criminosas comissões militares como relata o trecho: “Segundo disse ao jornal 'The New York Times' um responsável da Casa Branca, Obama decidiu restabelecer as comissões, mas reforçando as garantias legais que estas oferecem aos réus.” (http://www.publico.pt/Mundo/obama-vai-anunciar-que-mantem-as-polemicas-comissoes-militares-de-guantanamo_1380801). O próprio Obama havia classificado de "desastrosas" tais intentos, utilizando um discurso contundente durante a campanha eleitoral nos EUA.
A movimentação de Obama parece querer conquistar a opinião pública republicana, tendo em vista que não existe um candidato “natural” deste partido, capaz de capitalizar o descontentamento do povo estadunidense. De fato, os próximos dois anos de mandato do presidente americano devem retomar o discurso extremado a direita rechaçado no último processo eleitoral.
O nosso coletivo se solidariza com todas as organizações de esquerda, movimentos populares e juvenis que questionaram a presença do presidente americano no Brasil. Nossa política internacional deve ser pautada na solidariedade dos povos e no mais absoluto sentimento antiimperialista.
Não a intervenção estrangeira na Líbia!
Pelo fechamento da prisão de Guantánamo!
Pela retirada das tropas brasileiras do Haiti.
A visita de Obama, a convite da Presidente Dilma Roussef esta semana, foi marcada por algumas manifestações que questionam a presença do presidente americano no Brasil. Na realidade, não existe momento pior para uma visita do chefe de Estado do maior império do globo. Os acontecimentos na Líbia continuam a se desenvolver, mas agora com um novo componente aprovado nesta semana, a tal zona de exclusão aérea votada pelo conselho de segurança da ONU.
O tão sonhado acento permanente no conselho de segurança das Nações Unidas coloca o Brasil em uma situação delicada na política externa, tendo em vista a funcionalidade deste organismo e o papel que este joga para as principais potências. A ocupação no Haiti, sob tutela dos capacetes azuis do exército brasileiro, aponta uma profunda contradição entre o papel pacífico que o Brasil pretende adotar na sua politica externa e uma intervenção em uma nação estrangeira atolada em problemas insolúveis do ponto de vista militar.
Por sua vez, o governo Obama está mergulhado em uma crise sem precedentes na história moderna do capitalismo. O seu partido tem revelado extrema fragilidade em lhe dar com essa nova conjuntura e cada vez mais se aproxima da política dogmática dos republicanos. É importante ressaltar, que não existe diferença substancial entre esses dois partidos, mesmo com a euforia feita por parte da esquerda desde a eleição de sua vitória. Sem apoio da base social que o elegeu, o democrata apela cada vez mais para pautas tradicionalmente republicanas.
Na semana passada, fontes da Casa Branca não só davam conta da manutenção da prisão caribenha de Guantánamo aberta, mas também do prosseguimento das criminosas comissões militares como relata o trecho: “Segundo disse ao jornal 'The New York Times' um responsável da Casa Branca, Obama decidiu restabelecer as comissões, mas reforçando as garantias legais que estas oferecem aos réus.” (http://www.publico.pt/Mundo/obama-vai-anunciar-que-mantem-as-polemicas-comissoes-militares-de-guantanamo_1380801). O próprio Obama havia classificado de "desastrosas" tais intentos, utilizando um discurso contundente durante a campanha eleitoral nos EUA.
A movimentação de Obama parece querer conquistar a opinião pública republicana, tendo em vista que não existe um candidato “natural” deste partido, capaz de capitalizar o descontentamento do povo estadunidense. De fato, os próximos dois anos de mandato do presidente americano devem retomar o discurso extremado a direita rechaçado no último processo eleitoral.
O nosso coletivo se solidariza com todas as organizações de esquerda, movimentos populares e juvenis que questionaram a presença do presidente americano no Brasil. Nossa política internacional deve ser pautada na solidariedade dos povos e no mais absoluto sentimento antiimperialista.
Não a intervenção estrangeira na Líbia!
Pelo fechamento da prisão de Guantánamo!
Pela retirada das tropas brasileiras do Haiti.
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