30 de janeiro de 2014

Torturador não acusa, é acusado!


Ocorreu na última terça-feira, 28, às 14h, no Fórum Ruy Barbosa, mais uma audiência entre o jornalista Emiliano José e o pastor Átila Brandão. O pastor, como consta em relatos, foi torturador da ditadura militar e está processando Emiliano José por causa da publicação do texto intitulado “A premonição de D. Yayá”, em que o jornalista expõe as torturas cometidas por Átila Brandão contra o professor Renato Afonso.

Isso representa, caso se concretize, um atentado aos direitos adquiridos a partir da promulgação de nossa Constituição de 1988. A tentativa de judicializar uma opinião jornalística, que inclusive é comprovadamente verdadeira, diga-se de passagem, fere o direito da liberdade de expressão, ao ponto de permitir que um torturador, ou seja, um acusado, acuse outras pessoas.

Nesse sentindo foi organizado um ato político em frente ao Fórum com os objetivos de evidenciar o ocorrido à população baiana, bem como pressionar o Poder Judiciário para que o mesmo não cerceie um jornalista de desempenhar o seu trabalho: informar.

 Assim, o Coletivo O Estopim!, que acompanhou a primeira audiência desse caso no ano passado, também se fez presente nesse dia. Acreditamos, sobretudo, que é papel da juventude pautar o direito a memória, verdade e justiça.


Um comentário:

  1. Parabéns pela matéria e atuação do Coletivo O Estopim! Apoio vocês por conhecer a postura de juventude inquieta que vocês têem.

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