2014 é o ano de incendiar corações e mentes. Em defesa da aliança entre os
trabalhadores organizados e a juventude, a nossa intervenção passa por
organizar as lutas pelos nossos direitos, relegados ao último plano. Em
tempos de crise mundial, que também incide em nosso país, a juventude, em sua
diversidade, é ator central das transformações. Muito embora tenhamos uma
substancial melhora nas condições de vida do nosso povo, é preciso aprofundar.
É preciso que os ricos paguem pelo que nos foi tirado ao longo de séculos. É
preciso que os governos não sejam reféns dos interesses do capital.
A juventude brasileira entrou de uma vez por todas no cenário. É fundamental
que nos esforcemos por entender a conjuntura, sob pena de perdermos o bonde que
passa. Entender a crise terminal do sistema político tradicional e intervir no
sentido de enterrá-lo. É fato, o atual sistema político não nos representa, não
nos interessa. No Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas, nas Câmaras
de Vereadores, "são 300 picaretas com anel de doutor". É
chegada a nossa hora: será assim ou não será.
Atualmente temos muitos politiqueiros, temos poucos políticos. Política é
fazer um "rolezinho" no shopping. Política é sair às ruas em defesa
da saúde e da educação pública, defender um transporte 100% público e de
qualidade. Não podemos negar a política, mas devemos renegar o sistema.
2014 promete. Deve acontecer, aliás, já está acontecendo. Nas periferias a
inquietação é latente. Nas universidades não existe um único espaço em que esse
debate não esteja na ordem do dia. Devemos nos organizar e elaborar um plano de
ação. Setores conservadores, aqueles mesmos que em nossa história foram os
agentes da barbárie, desde o martírio de Zumbi, passando por Antônio Conselheiro
até a ditadura militar, estão atentos a todo esse processo e também querem se
construir. Eles se manifestam a partir da ação do judiciário que criminaliza a
pobreza, da Polícia Militar que agride e mata, dos grandes meios de comunicação
que distorcem os fatos e dos lobistas que atuam diuturnamente em defesa de
interesses escusos.
2014 pode ser tudo, como pode também ser nada. O que é certo é que a esquerda não deve perder o bonde, ou melhor, o "funk" da história.
*Wanderson Pimenta é membro do Diretório Estadual do PT e da Executiva Estadual da JPT - Bahia.
*Wanderson Pimenta é membro do Diretório Estadual do PT e da Executiva Estadual da JPT - Bahia.
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