O último período permitiu ao Centro Acadêmico de Ciências Sociais pensar-se para além do historicamente construído. Durante algum tempo a dificuldade deste centro político, fundamental para os pretensos cientistas sociais, em fazer-se real na vida do estudante, portar-se como pólo organizativo das lutas, caro custou aos estudantes do curso. Ao centro acadêmico cabe a tarefa da disputa cotidiana, na base, da consciência de classe daqueles e daquelas que representa, organizar suas lutas e fazer-se espaço por essência democrático. E essa tarefa por muito tempo não fora cumprida.
O momento agora é outro: a tarefa mínima de existir fora efetivada. O CACISO portou-se como centro acadêmico presente no cotidiano dos estudantes de ciências sociais, ainda que porventura possam haver democráticas e saudáveis criticas á sua condução. A tarefa histórica agora é outra e o avanço urge! Faz-se necessário que possamos fazer deste pólo um espaço por essência democrático e que respeite a pluralidade do curso e ao movimento estudantil caberia a maturidade de portar-se em unidade.
Há pautas importantíssimas a serem tocadas. Imagine só, segundo a PROGRAD, o curso de ciências sociais está entre os três maiores no índice de evasão na área de humanas. Ou seja: temos a tarefa histórica de perguntarmo-nos – para assim trabalhar para a resolução do problema- os motivos que a isso levam. É uma questão grave e central, que coloca os estudantes de ciências sociais no olho do furacão da assistência estudantil na universidade.
Há necessidade de fazer de ciências sociais o centro político do movimento estudantil da universidade. Ora, como podemos ter a tarefa de debrucarmo-nos sobre a política e sociedade e nos abstermos de nela intervir? Superar o academicismo sem nisso cair em negligência acadêmica é um desafio. Há de se aliar lutas e intervenção no projeto acadêmico do nosso curso. Isso é indispensável.
O coletivo O Estopim! convida a tod@s a construir o centro acadêmico de ciências sociais, sob a perspectiva da defesa irrestrita de um espaço democrático, plural e de luta!
* É estudante de Ciências Sociais da UFBA e militante do Coletivo O Estopim!.
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