6 de novembro de 2015

Notas sobre a Síria


 
 
Por Diego Rabelo*

O desenrolar da guerra na Síria basicamente aponta um grande fato novo. Longe dali, no 

espaço aéreo do Egito, um avião civil russo caiu. O ISIS assumiu a “autoria” de um suposto 

atentado ao avião. Estranhamente, EUA e Inglaterra se apressam a dizer que há indícios de que 

o avião fora abatido. De sua parte, Rússia e Egito condenam a avaliação precipitada das 

potências ocidentais.


O que estaria por trás? O terrorismo é realmente responsável pela queda do avião?


Em território sírio os EUA parecem sofrer o seu maior vexame desde o Vietnã. Enquanto isso o 

exército russo segue mostrando os músculos com seus jatos sukhoi e a grande precisão dos 

ataques aéreos.


Enfim, a guerra é reequilibrada.


Desmoralizados, os EUA reclamam dos bombardeios russos as suas posições, ou do seu 

exército de mercenários, como queiram. Em matéria recente no Financial Times, pasmem, o 

pentágono chama o "exército livre da síria" de ativos dos EUA. 


Parem as máquinas!!


Ativos !! A-T-I-V-O-S !! “American assets”!!


Diz o noticioso:

"In either case, the future of the region, and American credibility among the states of the 

Middle East, are both at stake. In these rapidly unfolding circumstances the US has only one 

real option if it is to protect its wider stakes in the region: to convey to Moscow the demand 

that it cease and desist from military actions that directly affect American assets." (Fonte: 

http://www.ft.com/cms/s/0/c1ec2488-6aa8-11e5-8171-ba1968cf791a.html#axzz3qfxcRHqk)


É possível ser mais claro do que isso?


Assim como no Brasil, a esquerda pequeno-burguesa prefere seguir no colo do imperialismo 

que não suporta e desestabiliza qualquer tipo de resistência aos seus interesses. A política do 

caos experimentado na América Latina é também fruto da mesma política imperialista em sua 

escalada rumo a readequar seu status de grande potência.


À esquerda pequeno-burguesa resta um chamado: rompam com o imperialismo e se 

coloquem ao lado da luta dos povos.

*Coletivo de Direitos Humanos do PT

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