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Investir na Juventude é apostar na América do Sul
O Peru, assim como o Brasil, é um país jovem, tendo 28,1% de sua população entre 15 e 29 anos, quase o mesmo percentual brasileiro e em que pese essa proporção venha diminuindo, em números absolutos essa tendência vem crescendo pela inércia demográfica.
Acompanhamos de perto o desenvolvimento das nações irmãs latino-americanas, porque nosso projeto é de um crescimento sustentado e com justiça social baseado na solidariedade e integração do nosso continente tão explorado ao longo de sua história para enriquecer outras nações com postura imperial.
Por isso, sabemos os jovens peruanos tem melhores perspectivas por conta da taxa de crescimento nacional que, apesar da crise económica, vai continuar a mostrar uma elevação entre os maiores índices da região,ainda que tenha sido de apenas 3% em 2009, comparado a 9% que foi registrado em 2008. Porém, o mapa da pobreza ainda é grave, afetando 56% dos 29 milhões de peruanos, sendo que 4,7 milhões vivem na exstrema pobreza. Problema que numa população que tem 1/3 de jovens, tem neles as principais vítimas. Não é à toa que 60% dos jovens urbanos peruanos são migrante da área rural.
Como já aconteceu com países como China e Tigres Asiáticos, pela sua população jovem, assim como o Brasil, o Peru vive uma oportunidade única para potencializar seu desenvolvimento econômico, pois só agora começa o processo de envelhecimento de sua população e a taxa de dependência, isto é a relação entre a população que não está na idade de trabalhar e a em idade laboral, alcançará seu nível mais baixo em 2020.
Mas sem distribuir renda e investir em oportunidades para os jovens, o desenvolvimento será apenas um discurso eleitoral.
A Juventude do PT oferece o exemplo brasileiro, do presidente Lula e da presidenta Dilma, que democratizaram o acesso ao ensino superior, abrindo vagas principalmente para os mais pobres, criaram centenas de novas escolas técnicas, incluíram os jovens como beneficiários do Bolsa-Família, investiram na qualificação profissional e combate à distorção idade/série entre a juventude mais vulnerável com o Projovem e fizeram com que 80% dos 15 milhões de empregos gerados em 8 anos seis meses fossem ocupados pelos brasileiros entre 15 e 29 anos.
Oferecer o serviço militar e não políticas públicas de inclusão social e emancipação para a juventude, que a coloque como ator essencial do desenvolvimento, é uma alternativa para a demagogia e para pretensões ocultas de gerar conflitos regionais e não para uma região com igualdade e liberdade.
Por isso, a Juventude do PT declara seu apoio e votos de sucesso em Ollanta Humala, que tem compromisso com a nova América do Sul que está nascendo, apostando na juventude.
Brasília, 26 de maio de 2011
Valdemir Pascoal
Secretário Nacional de Juventude do PT
Bruno Elias
Coordenador de Relações Internacionais da JPT
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