Mais de 100 estudantes chilenos tentaram ocupar nesta quinta-feira (27) o Ministério da Educação em meio aos incidentes ocorridos na "Jornada de Agitação e Propaganda", quando vários setores de Santiago registraram barricadas e fogueiras.
A polícia chilena usou jatos de água para impedir que os estudantes da Universidade Metropolitana de Ciências da Educação (UMCE) entrassem no prédio do ministério, no centro de Santiago, durante a tarde desta quinta.
Representantes dos estudantes explicaram aos jornalistas que o protesto foi determinado porque os alunos da UMCE são os únicos que não receberam as bolsas de estudos distribuídas aos estudantes desempregados pela Junta Nacional de Ajuda Escolar e Bolsas de Estudos (Junaeb).
Durante a jornada de protestos, realizada em todo o Chile, estudantes universitários e do ensino médio organizaram atividades em praças e fizeram visitas porta a porta, além de pintar micro-ônibus.
Vários veículos do transporte público e carros particulares foram apedrejados, enquanto em algumas zonas os jovens cortaram a energia elétrica.
Segundo a polícia, além de Santiago, a situação se estendeu a outras grandes cidades do país.
Durante a noite, os agentes retiraram os alunos que mantinham ocupadas as dependências da Universidade Católica do Maule, no sul do Chile, em uma operação que terminou com mais de 30 detidos.
Os estudantes chilenos, mobilizados há cinco meses, exigem uma educação pública, gratuita e de qualidade, além da reforma do sistema imposto durante a ditadura de Augusto Pinochet, que os obriga a assumir grandes dívidas para financiar seus estudos.
Enquanto estes incidentes ocorriam em Santiago, cerca de 200 estudantes uruguaios marcharam por Montevidéu contra o que consideraram a "nefasta" visita do presidente chileno, Sebastián Piñera, ao seu país.
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