Logo depois da publicação, as autoridades começaram a deslocar as 27 prisioneiras que serão libertadas para a cadeia Hasharon, e os 450 prisioneiros para a cadeia de Ktziot, no sul de Israel. Tanto em Israel como nos territórios palestinos há preparativos intensos para a troca de prisioneiros, e nos dois lados cresce a comoção pública com a aproximação da data da libertação, prevista para a próxima terça-feira.
A Cruz Vermelha deverá identificar e examinar os prisioneiros nessas duas cadeias, das quais eles serão
transportados para postos de checagem militares na entrada da Faixa de Gaza e da Cisjordânia na terça.
A policia de Israel armou um forte esquema de segurança para garantir o deslocamento dos prisioneiros, já que, segundo analistas militares, existe o receio de que grupos israelenses de extrema direita tentem atacar os ônibus nos quais os palestinos serão transportados.
Ao mesmo tempo, famílias de vítimas de atentados entraram com recursos na Justiça para impedir a libertação de responsáveis por ataques que causaram a morte de seus filhos. Porém, segundo precedentes, a Justiça de Israel não costuma interferir em decisões políticas do governo.
Família Shalit
No vilarejo de Mitzpe Hila, no norte de Israel, os pais de Gilad Shalit se preparam para recebê-lo, e dezenas de veículos de comunicação, locais e internacionais, já se instalaram perto da casa da família Shalit.
Shalit é o prisioneiro de guerra israelense que ficou o período mais longo no cativeiro. A história dele causou profunda comoção em Israel e, segundo as últimas pesquisas de opinião, 90% da população apoia o acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas para obter a libertação do soldado.
A mídia local acompanha de perto todas as informações ligadas à libertação, inclusive detalhes mínimos como o nome exato da água de colônia que a mãe de Shalit colocou na sacola que ele deverá receber ao chegar no Egito, de onde deverá ser transferido para Israel.
Gideon Levy, colunista do jornal Haaretz, chegou a qualificar a comoção que se instalou em Israel como "psicose".
Na Faixa de Gaza, o braço armado do Hamas se prepara para transportar Shalit do local do cativeiro até o Egito - operação considerada de alto risco, pois há receios de que grupos extremistas islâmicos, ligados à Al-Qaeda, tentem sabotar a troca de prisioneiros.
De acordo com analistas, o Hamas também teme que Israel faça uma operação militar para soltar Shalit no momento em que sair do cativeiro, sem pagar o preço da soltura dos prisioneiros palestinos.
Décadas na cadeia
Na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em aldeias árabes em Israel, dezenas de famílias se preparam para se reunir com prisioneiros que estão há mais de 20 anos em cadeias israelenses.
O prisioneiro mais antigo é Sami Yunes, de 80 anos, da aldeia de Arara, no norte de Israel. Ele foi preso por assassinato em 1983.
Outro prisioneiro dos mais antigos é Tawfic Abdallah, 56 anos, marido da brasileira Lamia Maruf, condenado à prisão perpétua em 1986 pelo sequestro e assassinato de um soldado israelense.
O governo do Hamas começou a erguer um grande palanque na praça central da cidade de Gaza, no qual será realizada a recepção para mais de 300 prisioneiros, nesta terça-feira.
No entanto, nos territórios palestinos também há muitas famílias decepcionadas pelo fato de seus parentes não constarem da lista de libertados.
A policia de Israel armou um forte esquema de segurança para garantir o deslocamento dos prisioneiros, já que, segundo analistas militares, existe o receio de que grupos israelenses de extrema direita tentem atacar os ônibus nos quais os palestinos serão transportados.
Ao mesmo tempo, famílias de vítimas de atentados entraram com recursos na Justiça para impedir a libertação de responsáveis por ataques que causaram a morte de seus filhos. Porém, segundo precedentes, a Justiça de Israel não costuma interferir em decisões políticas do governo.
Família Shalit
No vilarejo de Mitzpe Hila, no norte de Israel, os pais de Gilad Shalit se preparam para recebê-lo, e dezenas de veículos de comunicação, locais e internacionais, já se instalaram perto da casa da família Shalit.
Shalit é o prisioneiro de guerra israelense que ficou o período mais longo no cativeiro. A história dele causou profunda comoção em Israel e, segundo as últimas pesquisas de opinião, 90% da população apoia o acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas para obter a libertação do soldado.
A mídia local acompanha de perto todas as informações ligadas à libertação, inclusive detalhes mínimos como o nome exato da água de colônia que a mãe de Shalit colocou na sacola que ele deverá receber ao chegar no Egito, de onde deverá ser transferido para Israel.
Gideon Levy, colunista do jornal Haaretz, chegou a qualificar a comoção que se instalou em Israel como "psicose".
Na Faixa de Gaza, o braço armado do Hamas se prepara para transportar Shalit do local do cativeiro até o Egito - operação considerada de alto risco, pois há receios de que grupos extremistas islâmicos, ligados à Al-Qaeda, tentem sabotar a troca de prisioneiros.
De acordo com analistas, o Hamas também teme que Israel faça uma operação militar para soltar Shalit no momento em que sair do cativeiro, sem pagar o preço da soltura dos prisioneiros palestinos.
Décadas na cadeia
Na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em aldeias árabes em Israel, dezenas de famílias se preparam para se reunir com prisioneiros que estão há mais de 20 anos em cadeias israelenses.
O prisioneiro mais antigo é Sami Yunes, de 80 anos, da aldeia de Arara, no norte de Israel. Ele foi preso por assassinato em 1983.
Outro prisioneiro dos mais antigos é Tawfic Abdallah, 56 anos, marido da brasileira Lamia Maruf, condenado à prisão perpétua em 1986 pelo sequestro e assassinato de um soldado israelense.
O governo do Hamas começou a erguer um grande palanque na praça central da cidade de Gaza, no qual será realizada a recepção para mais de 300 prisioneiros, nesta terça-feira.
No entanto, nos territórios palestinos também há muitas famílias decepcionadas pelo fato de seus parentes não constarem da lista de libertados.
Depois da soltura dos 477 prisioneiros nesta semana, e de outros 550 dentro de dois meses, ainda restarão mais de 6 mil prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses.
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