Da Coordenação
Enquanto que nos demais países da América do sul o exercício democrático institucional da sinais de avanço no que concerne a punição de militares torturadores e assassinos, a exemplo de Chile, Argentina e Uruguai vemos no Brasil prevalecer a política do terror e da censura velada. Esse modelo antiquado de pressão política mais uma vez vem a tona - inclusive com o aval da imprensa conservadora a qual muito deve de explicações sobre as suas relações promíscuas com as forças armadas entre os anos de 60 e 80.
A lei de anistia aprovada em agosto de 1979 não pode servir de guarida para atos bárbaros que foram cometidos contra a sociedade brasileira. Este tipo crime, segundo as convenções internacionais, são imprescritíveis e devem vir a público no intuito de esclarecer o povo brasileiro esse período tão negativamente marcado da nossa história.
Esse debate deve ser feito publicamente aos olhos da comunidade internacional no intuito de superar o modo de relação constituído pela ditadura de opressão, censura, agressão, intimidação e morte. É necessário que o comando das forças armadas entenda que a democracia não foi uma concessão dos militares e sim uma conquista arrancada, inclusive, com sangue daqueles que morreram na luta armada.
Um país que, minimante, se pretenda sério deve avançar nessa discussão assim como fizeram os nossos vizinhos e tornar públicos os arquivos da ditadura para que dessa forma as famílias das vítimas do golpe possam ter esclarecidos e solucionados o que ocorreu com os seus entes.
O governo acerta nessa questão e deve aprofundar essas conquistas democráticas, afastando qualquer possibilidade de cerceamento por parte do discurso da mídia tradicionalista (que muito deve sobre episódio) bem como pelos métodos arcaicos e antiquados do alto comando militar brasileiro. Essa medida deve ser entendida enquanto medida de Estado, por tanto, permanente e irrevogável sob circunstâncias eleitoreiras.
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