Da coordenação
No ultimo congresso estadual da Juventude do PT na Bahia, que ocorreu paralelamente ao Fórum Social Temático, estivemos presentes. Basicamente,o congresso girou em torno de discussões gerais que apontasse para uma unidade entre as tendências internas do partido dos trabalhadores para o próximo período eleitoral.
Duas discussões foram dissenso: A) A ocupação sob comando das tropas brasileiras ao Haiti e B) A questão da coalizão com os partidos tradicionais da burguesia, ambos pautados pela corrente O Trabalho. Trataremos aqui da primeira questão.
Há algum tempo a corrente OT/PT – Através da sua Juventude Revolução, traz a discussão acerca do Haiti e do seu posicionamento contrário a ocupação por parte das tropas brasileiras. A reivindicação em si, é absolutamente justa do ponto de vista político. A questão é a forma de abordagem desta campanha perante as entidades estudantis. Na UFBA, por exemplo, a JR/OT abriu mão das discussões específicas de área, tão necessárias para a formação da militância setorial, dissolvendo todas as lutas em uma palavra de ordem que, em diversos momentos virou alvo de chacota.
Isso não é algo incomum e demonstra uma prática estabelecida por esta corrente nos movimentos sociais, dissolvendo todas as questões em um jargão oco e improdutivo que é a “luta de classes”. Ora, para compreender as especificidades da luta de classe é necessário vivê-la em sua complexidade, apontando perspectivas que sirvam de aprendizado para a militância que despertou a luta. A JR/OT há de convir que nem todos os militantes do movimento estudantil ou outro qualquer esta atraído pela luta de classes no sentido tradicional do termo. É este equívoco que leva a militância dessa corrente a combater contra as cotas ao lado de ferramentas como a ANDIFES e a conservadora imprensa brasileira.
Neste sentido a nossa defesa pela retirada das tropas brasileiras do Haiti é seguido por uma política responsável que respeita a diversidade do tema e ataca o problema na sua real situação contrariando a chuva de jargões como de hábito temos observado a ação política da referida corrente.
As tropas brasileiras ocupam o Haiti pela estratégia do governo Lula em entrar como membro permanente no conselho de segurança da ONU. Esse conselho, que foi ridicularizado durante a ocupação ianque do Iraque, é uma ferramenta política que serve para imprimir as diretrizes do grande capital a todos aqueles que por ventura não se submetam, como embargos econômicos e intervenções militares.
A ocupação das tropas da ONU - sob o comando do “simpático” Brasil, no Haiti serve como um aceno do governo ao imperialismo desgastado pelas suas investidas mundo a fora. A autodeterminação dos povos é uma ferramenta elementar no respeito à democracia dos países.
Não as tropas brasileiras e da ONU no Haiti!
Fora o imperialismo Ianque do caribe!
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