Da coordenação.
Após a abertura da caixa de pandora da economia do mais afetado país europeu pela crise mundial, os trabalhadores foram às ruas em greve contra as medidas de cortes nos gastos públicos pelo governo. Mais de 2,5 milhões de trabalhadores de diversos setores cruzaram os braços em protesto aos ataques contra os que mais necessitam da presença do Estado. Diversos setores foram afetados pela greve, gerando um clima de tensão e apreensão pelas ruas das diversas cidades, principalmente Atenas.
Após quase uma década de pura maquiagem que visavam unicamente “adequar” o país as normas pré-estabelecidas, necessárias para a adesão de novos países-membros na UE, o setor público de saúde foi devastado mostrando a ponta do iceberg que a dilacerada economia grega se encontra. As medidas do capitalismo tradicional sugerem um arrocho salarial e fiscal que deve levantar a classe trabalhadora grega e leva-la a luta no próximo período. Os desdobramentos podem ter conseqüências muito mais sérias do que se pode imaginar, pois a beira do colapso, não serão as medidas petrificadas do capitalismo decadente que farão o país superar a crise.
Essa discussão foi tema da semana passada aqui mesmo no blog do coletivo O Estopim! Que apresentou uma análise econômica de fundo acerca da crise na Grécia e os mecanismos de falsificação utilizados por consultores que vivem como parasitas no coração do sistema. Na verdade, o fato é que a promiscuidade do capitalismo monetário desestabiliza frequentemente a ordem “natural” das coisas arrastando as diversas economias para o caos.
Se essa crise será suficiente para que se demonstre a força do proletariado grego? Bom, isso é uma outra história, mas as bases objetivas para potencializá-la e aprofunda-la estão colocadas no tabuleiro.
Vejamos as Cenas dos próximos capítulos.
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