BOGOTÁ (Reuters) - A política franco-colombiana Ingrid Betancourt, que passou mais de seis anos como refém de rebeldes antes de ser resgatada pelo Exército, processou a Colômbia pelo seu sequestro, afirmou o Ministério da Defesa nesta sexta-feira.
Betancourt pediu 6,8 milhões de dólares ao Estado pelos danos sofridos, como o estresse emocional e a perda de renda enquanto permaneceu no cativeiro em acampamentos secretos de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na selva.
O ministério informou, no entanto, que ela não tem razão para culpar o Estado por seu sequestro.
Ingrid Betancourt foi sequestrada pelas Farc durante sua campanha pela Presidência em 2002. Autoridades de segurança do governo haviam alertado a candidata contra a entrada nas áreas rurais, que estavam sendo disputadas por tropas e guerrilheiros de esquerda.
Os detalhes do processo, no qual consta que ela acredita ter sido responsabilidade do Estado, não foram disponibilizados.
Ela foi resgatada em 2008 junto a outros 14 sequestrados, incluindo três norte-americanos, em um operação do Exército, que se infiltrou entre as Farc, considerada como o pior golpe político e militar contra o grupo rebelde.
Ingrid, de 48 anos, já foi cotada como possível futura presidente da Colômbia, mas ela passou a maior parte do tempo na Europa desde que foi libertada.
Na semana passada, a ex-refém das Farc participou de uma comemoração do segundo ano de seu resgate em Bogotá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário