Participam da discussão 37 dos 72 senadores argentinos.
O Senado da Argentina começou a discutir nesta quarta-feira (14) a lei que pode aprovar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo no país -o que pode transformá-lo no primeiro país latino-americano a ter o casamento gay.
Participam da sessão 37 dos 72 senadores, o que deu quórum para que a discussão começasse. A previsão é de que a votação seja equilibrada, pois os blocos não se posicionaram claramente sobre o tema.
Um dia antes do debate no Senado, a Igreja fez uma concentração em frente ao Congresso como encerramento de uma ampla campanha contra a iniciativa impulsionada pela consagração por lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, à qual definiu como "um projeto do demônio".
O Senado também debaterá um projeto de lei de união civil, que não reconhece direitos como o de adoção, considerado um ponto intermediário de alguns legisladores para evitar que se aprove o casamento gay.
A iniciativa para consagrar por lei os casamentos entre homossexuais, cujo alcance será geral, contempla reformar o Código Civil, alterando a fórmula de "marido e mulher" pelo termo "contraentes" e prevê igualar os direitos que os casais heterossuais têm, como a adoção, a herança e benefícios sociais.
O projeto de união civil, no entanto, "impede o acesso de pessoas do mesmo sexo ao direito civil do casamento, que resulta evidentemente discriminatório", segundo o diretor do Inadi, Claudio Morgado.
Segundo o funcionário, este texto "desenha uma instituição em separado, com um proeminente recorde dos direitos" para os gays.
A forte ofensiva da Igreja contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo abrange a mobilização de estudantes de escolas particulares católicas para a marcha em frente ao Congresso, bem como sanções a clérigos que não compartilharem da postura da hierarquia.
O arcebispado da província de Córdoba (centro) sancionou um sacerdote de sua diocese com a proibição de celebrar missas e casamentos por sua postura favorável ao casamento gay, partilhada por outros clérigos, embora o padre tenha desafiado a decisão de seus superiores.
"Tenho compromissos assumidos com a minha comunidade. Creio mais no Evangelho do que nestes códigos canônicos, portanto este fim de semana vou celebrar missa, salvo se me prenderem", advertiu Nicolás Alessio, sacerdote de um bairro da cidade de Córdoba, capital da província homônima.
No entanto, desde dezembro passado, nove casais do mesmo sexo obtiveram permissões judiciais para se casar por registro civil, alguns dos quais foram anulados por outros juízes, embora todos estejam em processo de apelação, inclusive na Suprema Corte.
Fonte: Do G1, com agências internacionais
Participam da sessão 37 dos 72 senadores, o que deu quórum para que a discussão começasse. A previsão é de que a votação seja equilibrada, pois os blocos não se posicionaram claramente sobre o tema.
Casal gay beija-se nesta quarta-feira (14) em frente ao Congresso em Buenos Aires, na Argentina. (Foto: AP)
Manifestantes pró-casamento gay fazem ato em frente ao Congresso da Argentina, em Buenos Aires, nesta quarta-feira (14). (Foto: AP)
A influente Igreja Católica mobilizou sseus fiéis em repúdio ao projeto; o governo respondeu com um dia de "Barulho pela Igualdade".Um dia antes do debate no Senado, a Igreja fez uma concentração em frente ao Congresso como encerramento de uma ampla campanha contra a iniciativa impulsionada pela consagração por lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, à qual definiu como "um projeto do demônio".
Grupos católicos manifestam-se contra o casamento gay nesta terça (13) em frente ao prédio do Congresso, em Buenos Aires. (Foto: AP)
Através do Instituto contra a Discriminação (Inadi), o governo organizou um dia chamado "Barulho pela Igualdade", instando a população a levar instrumentos de percussão para pontos estratégicos de Buenos Aires.O Senado também debaterá um projeto de lei de união civil, que não reconhece direitos como o de adoção, considerado um ponto intermediário de alguns legisladores para evitar que se aprove o casamento gay.
A iniciativa para consagrar por lei os casamentos entre homossexuais, cujo alcance será geral, contempla reformar o Código Civil, alterando a fórmula de "marido e mulher" pelo termo "contraentes" e prevê igualar os direitos que os casais heterossuais têm, como a adoção, a herança e benefícios sociais.
O projeto de união civil, no entanto, "impede o acesso de pessoas do mesmo sexo ao direito civil do casamento, que resulta evidentemente discriminatório", segundo o diretor do Inadi, Claudio Morgado.
Segundo o funcionário, este texto "desenha uma instituição em separado, com um proeminente recorde dos direitos" para os gays.
A forte ofensiva da Igreja contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo abrange a mobilização de estudantes de escolas particulares católicas para a marcha em frente ao Congresso, bem como sanções a clérigos que não compartilharem da postura da hierarquia.
O arcebispado da província de Córdoba (centro) sancionou um sacerdote de sua diocese com a proibição de celebrar missas e casamentos por sua postura favorável ao casamento gay, partilhada por outros clérigos, embora o padre tenha desafiado a decisão de seus superiores.
"Tenho compromissos assumidos com a minha comunidade. Creio mais no Evangelho do que nestes códigos canônicos, portanto este fim de semana vou celebrar missa, salvo se me prenderem", advertiu Nicolás Alessio, sacerdote de um bairro da cidade de Córdoba, capital da província homônima.
No entanto, desde dezembro passado, nove casais do mesmo sexo obtiveram permissões judiciais para se casar por registro civil, alguns dos quais foram anulados por outros juízes, embora todos estejam em processo de apelação, inclusive na Suprema Corte.
Fonte: Do G1, com agências internacionais
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