“Não foi por acaso que nos chamaram inabaláveis”
E nem foi por acaso que somos conhecidos pela defesa intransigente das/dos estudantes em vulnerabilidade financeira nas universidades em que atuamos. Não foi por acaso que agrupamos em nossas fileiras muitos dessas(es) estudantes.
Não foi por acaso.
Em política, o esforço homérico realizado para construir uma organização, dias, meses e anos de intenso trabalho organizativo, de agitação e propaganda, pode ser debelado por uma simples estocada da repressão, como na Ditadura Militar, pelo trabalho de infiltrados, pela cooptação de quadros, dentre outros, ou pela tentativa amorfa e subterrânea de determinado setor em destruir a organização por supostas divergências sem, contudo, ter a capacidade de elaborar e propor uma nova dinâmica no processo político interno.
Diante disso, é preciso desbaratar, dissolver e excluir pessoas ou grupos que visem única e exclusivamente, desagregar, desorientar, entravar e causar crise. Qualquer organização política que respeite a sua militância sabe que é necessário preservar o que é de melhor nas suas fileiras e agir sem complacência com o desrespeito ao seu programa político e ao centralismo democrático.
Neste sentido, a postura adotada pela companheira Brisa Moura passa a constituir barreiras que impedem o livre acesso de novas e novos militantes ao nosso coletivo. Sua conduta revela autoritarismo, ausência de compromisso com as construções políticas desta organização, além de um permanente criticismo que jamais foram postos nas suas devidas instâncias.
As divergências são sempre importantes e necessárias para o crescimento e fortalecimento de O Estopim, mas não para minar as suas atividades e destruí-lo. Ou a postura destrutiva adotada na última Assembléia Geral Extraordinária, dia 30 de março, onde não foi possível constituir uma Comissão de Ética para apurar possíveis violações estatutárias por parte de Brisa Moura, não é a prova cabal disso? Ou ainda, esconjurar militantes históricos e dirigentes, com acusações infundadas, argumentos falaciosos e ameaças não demonstra uma tentativa de intimidar e descredenciar posicionamentos adversos?
O Coletivo O Estopim é mais que a soma de seus indivíduos. Militar em conjunto significa ter o mesmo ethos político, a mesma confluência de teoria e prática, mesmo que no decorrer do percurso existam diferenças aqui ou acolá. A militante Brisa Moura desde sua entrada no coletivo trilhou o caminho inverso ao que construímos árdua e cotidianamente. Tanto ao rechaçar entidades as quais dedicamos nossa militância, como em desrespeitar os espaços legítimos de deliberação de O Estopim!
Prezamos pela democracia na tomada de suas deliberações e unidade ao efetivá-las. Brisa Moura não apenas se calou quando questionada sobre suas atividades dissonantes, como difamou militantes e descumpriu de maneira escusa deliberações internas fragilizando, assim, O Estopim!
Não é possível uma militância conjunta com a citada companheira. O nível de arrogância, empáfia e insultos nas redes sociais traz à tona a ausência total de respeito e confiança política, sem as quais resta impossibilitada a permanência da mesma em nosso agrupamento. Foram ultrapassados todos os limites aceitáveis!
Tivemos a oportunidade de identificar encaminhamentos externos ao coletivo e posicionamentos próprios em diversos espaços sem o crivo da direção ou de suas instâncias, como: a defesa irrestrita do REUNI nos BI´s, a defesa da ANEL, além acusações caluniosas contra diversos dos seus membros, inclusive um dos seus principais expoentes, Frederico Perez. Não há mais perspectiva de reestabelecer o quadro sem confiança mútua, defesa do programa e estatutos e intervenção comum na conjuntura.
Dito isso, torcemos que a mesma companheira institua uma organização política e que exercite nela tudo que é cobrado a nós: o ostensivo e eterno direito de defesa, a transparência e participação nas tomadas de decisões, a flexibilização do estatuto. Assim, não teremos dúvidas de quem serão os intransigentes. Talvez passe a perceber a nítida diferença entre uma organização política e um clube de debates.
O sangue que derramamos hoje e derramamos por meses de paralisia interna, será a principal marca para prosseguirmos lutando e combatendo. A história será implacável contra quem visa desencadear qualquer conflito fratricida.
Tentarão destruir a nossa organização política. Tentarão arrastar na lama as nossas vidas pessoais. E não é por caso.
E “não foi por acaso que nos chamaram inabaláveis”.
Salvador, 15 de abril de 2012.
Conselho Diretor - O Estopim!
Cara... a única coisa que não entendi é pq só agora é que vocês perceram que Brisa Moura legitimava a ANEL e era a favor do REUNI e dos Bi´s?
ResponderExcluirCoisas que só os iluminados podem fazer!!
A Brisa foi totalemnte desmoralizada. Nem O Estopim quer a presença dela.
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