Da coordenação.
Após alguns anos da aprovação do REUNI/UFBa, o viés adotado pela administração central dirigida por Naomar parece posta em xeque e o futuro desses estudantes é incerto. Com o desligamento do ex-reitor dos grupos de trabalho sobre a formulação dos BI´s, o clima de dúvidas paira sobre o instituto Milton Santos e o movimento estudantil precisa ser protagonista deste debate. Superando a antiga discussão maniqueísta, dos pró e contra os BI´s, o DCE da UFBa deve organizar fóruns de discussão que possibilitem a formulação para essas novas modalidades de ensino, entendendo-as como realidade e um novo desafio para o ME.
É verdade que com todo o investimento feito nos BI´s, na sua composição acadêmica, curricular, conceitual etc. teremos estudantes formados com uma capacidade analítica mais elaborada se comparados com os estudantes formados nos currículos tradicionais. O quadro de professores “top de linha”, designados para lecionar nos BI´s, temperam o instituto Milton Santos, dando-lhe cara de Universidade, mais até do que em outros institutos. Porém, questões mais objetivas como o mercado de trabalho ainda são incertas. Reflexo disso, é a resistência que os BI´s encontram para garantir as vagas nos cursos de progressão linear mais tradicionais.
Além disso, a forma de acesso destes estudantes ainda não esta definida, gerando mais incertezas para os mesmos. O IHAC deve ser entendido em sua complexidade e como um novo componente político dentro da Universidade. Sua estréia, não tem sido interpretada desta forma e a postura de dirigentes e do próprio movimento estudantil, aponta para a formação de uma bolha. O efeito psicológico disso, alinhado com uma atuação imatura ou mesmo irresponsável de militantes estudantis e docentes, é que criticar o IHAC e seus aspectos significa ser contra os BI´s, ou pior ser contra os seus estudantes.
Esse debate merece uma postura equilibrada e razoável por parte de todos e isso só pode ser conquistado com um espaço de formulação comum, que ajude a superar desconfianças provenientes de seqüelas constituídas em disputas passadas. Após o primeiro passo, será necessário envolver as unidades até então apáticas com relação à discussão, além, obviamente, dos cursos tradicionais alvos da demanda por vagas, fazendo com que o tema se torne hábito do Canela a Ondina, passando por São Lázaro e a Politécnica. Sem essas iniciativas a nuvem que hoje se instalou no PAF III dificilmente será dirimida e o futuro dos BI´s continuará incerto.
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