10 de maio de 2011

O que está acontecendo com essa “nova” juventude?

Keury Rodrigures*

Comecei a recordar de um tempo que infelizmente não tive o prazer de viver. Recordo então das falas, textos, lutas, exemplos, torturas e consequências de uma época em que era inerente - ao ser jovem e resistente - a luta pela liberdade, pelos sonhos, por uma sociedade mais justa e democrática.

A verdade é que os caras-pintadas já não têm as CARAS....

A Universidade Federal da Bahia inicia o ano letivo com mais de 150 turmas sem aula e nós, jovens novos ou novos jovens nada fizemos. A biblioteca Universitária de Saúde existe, mas não funciona, o restaurante universitário está aberto, mas atende a minoria d@s estudantes da universidade. Os bacharelados interdisciplinares vivem em constante crise de identidadeT temos estudantes, mas não temos estrutura. Não temos ônibus Inter campus, nos falta professores, disciplinas, força, política, luta...

Quando percebo que por muito menos se lutou, que por muito menos se foi às ruas me pergunto; o que será que está acontecendo com essa “nova” juventude?

Certamente o ser “novo” pode causar medos, angústias, receios, mas... E aqueles sonhos, aquele desejo de dias melhores, à vontade e capacidade de mudança que é característica fundamental deste povo?
É importante lembrar que não “somos juventude” e sim “estamos juventude”. Até quando esperaremos a história bater em nossa porta e dizer: Pintem as caras, saiam às ruas, gritem... Lutem por aquilo que acreditam?

A História não espera os seus autores e atores. Ou eles fazem parte dela, ou apenas serão lembrados como aqueles que NADA fizeram.

*Estudante de Enfermagem

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