9 de março de 2010

Democracia na Universidade: esta luta é central.

Este período que se inicia já demonstra a grande efervescência política que virá, pois, trará diversas disputas eleitorais e dentre elas teremos a escolha para reitor na Universidade Federal da Bahia. Neste sentido, é importante compreender o atual momento que passamos, para o melhor entendimento das prioridades nas lutas.

Com todo o desenrolar dos fatos políticos que se deram nos últimos períodos (UNINOVA, REUNI, novo ENEM, dentre outros) a UFBa se coloca no epicentro das discussões sobre o ensino superior brasileiro, exercendo assim um alto grau de importância na formulação e execução das políticas para este no próximo período. O modelo dos bacharelados interdisciplinares, tão polêmicos, foi implementado na Universidade e com ele advêm diversos debates sobre as estratégias e táticas de como, dentro deste processo que constituiu-se, construir intervenções que coloquem o movimento estudantil no protagonismo da construção de uma universidade que se referencia nas necessidades da população e não do mercado.

É neste cenário que a eleição pra reitor da UFBA torna-se ainda mais importante politicamente, pois o próximo reitorado terá a função de dar ou não continuidade a implementação das políticas formuladas pela gestão de Naomar (modelo de reestruturação que norteará as Universidades brasileiras). No entanto, a conjuntura nos é desfavorável tendo em vista que as disputas internas da Universidade pouco acumularam em termos de projetos alternativos ao que aí se encontra há quase 8 anos. O fato é que as articulações para uma oposição política ao reitorado de Naomar é extremamente pequena e frágil. O que se delineia é a construção de alianças estratégicas de alguns setores (que fizeram oposição durante toda a gestão “naomista”, diga-se) para garantir possíveis espaços de disputa dentro da futura administração central.

Na última eleição de reitor quase a totalidade do movimento estudantil construiu a campanha de Nelson Pretto e Dirceu Martins e, juntamente com ela, a luta pela valorização do voto estudantil. Aquilo significou uma pressão pela mudança das regras, para que nós estudantes pudéssemos ter um maior peso no pleito e pudéssemos participar verdadeiramente do processo. Sendo assim, acreditamos que a retomada desta bandeira, que é uma luta por DEMOCRACIA dentro da Universidade, deve ser pautada no planejamento estratégico do movimento estudantil da UFBA.

Defender a PARIDADE (todas as categorias terem o mesmo peso, 33,3%) e o DENOMINADOR (ser por número de pessoas que votarem e não o de prováveis votantes, que seria o número total de estudantes) é uma reivindicação por democracia, logo, a construção de um espaço mais amplo e legítimo nas decisões dos rumos da Universidade.

Neste sentido, chamamos o movimento estudantil e demais setores da UFBA (Docentes e técnicos administrativos) para nessas eleições, independentemente das articulações feitas na construção de chapas, se unifiquem em prol da conquista deste nosso direito fundamental.

PARIDADE E DENOMINADOR NAS ELEIÇÕES PARA REITOR: essa é a nossa palavra de ordem.

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