A ultima reunião da comissão eleitoral que irá tocar as eleições de reitor na UFBa determinou a igualdade de peso dos votantes. Na fórmula regimental, os professores tem um peso de 70% enquanto que estudantes e técnicos apenas 15% cada.
Porém, não há muito que comemorar. A mesma comissão eleitoral reunida no último sábado (28/03) determinou também que o cálculo do denominador deve ser feito sob o número total de cada categoria, ou seja, num universo de 38 mil estudantes – o caso da nossa categoria, é praticamente impossível que tenhamos o peso consubstancial da nossa opinião.
Para exemplificar essa situação, as eleições mais mobilizadas para o DCE contam com pouco menos de oito mil votos. Isso é por que somos desmobilizados? Essa não é a melhor de colocar a questão, pois existem diversos outros elementos que implicam nesta resultante. Um deles é o fato de anualmente a Universidade contar com milhares de novos estudantes – no ano passado foram quase oito mil. Isso é bastante diferente do quadro de professores e funcionários que são mantidos ao longo dos tempos.
Não da pra balizar dessa forma. Isso tudo não leva em consideração a imensa dificuldade de chegar aos estudantes e a sua fluidez – em média 4 anos, dentro do universo acadêmico. Na verdade, o fato é que mesmo com o suposto avanço na paridade, isso pouco se concretizará com o cálculo do denominador mantido dessa forma.
Cabe ao movimento estudantil pressionar os demais setores da Universidade – APUB e ASSUFUBA, para que possamos reverter essa situação. Acreditamos que isso é possível, bastando à boa vontade das chapas que irão para o pleito.
Diego Rabelo é estudante de museologia da UFBa e representante discente na comissão eleitoral para eleições de reitor.
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