Da coordenação
A cobertura limitada pelos grandes meios de comunicação sobre as eleições na vizinha Colômbia chega a ser surpreendente. Você leitor, sabia que a Colômbia esta passando por uma eleição majoritária, que já esta no segundo turno e o candidato da situação, tão capacho quanto Álvaro Uribe, tem mais de 60% das intenções de voto? Tudo bem, não precisa ficar com a consciência pesada por uma suposta “desinformação” sua. A verdade é que há muito pouco debate sobre o tema.
Como disse, a eleição foi para segundo turno com dois candidatos conservadores, um deles tradicional, O candidato Juan Manuel Santos, ex-ministro da defesa de Uribe que no ano passado protagonizou a crise diplomática com os seus vizinhos Venezuela e Equador no episódio da invasão ao território Equatoriano em operação contra os guerrilheiros das FARC. O outro de centro, Antanas Mockus, um fanfarrão (não há definição melhor) que corre por fora de numa disputa que já sabemos o resultado de antemão, ou seja, independentemente do resultado se mantém o servilismo aos EUA.
Enquanto Santos fez alguns destes estudos graças às bolsas de estudos que ganhou das fundações americanas Fulbright e Newmann trabalhando como professor de Ciências Econômicas na Universidade de Los Andes, em Bogotá, o candidato verde começou a ser conhecido quando, sendo reitor da Universidade Nacional, baixou as calças e mostrou as nádegas para um auditório em resposta ao barulho feito pelos estudantes que não permitia que seguisse com sua conferência.
A gestão de Santos no Ministério da Defesa foi marcada também pelo escândalo de jovens assassinados por militares, que os apresentaram como guerrilheiros mortos em combate para receber benefícios, tais como folgas nos finais de semana, no caso conhecido como "falsos positivos".
Para a vizinhança as perspectivas não são lá muito agradáveis com a provável vitória de Santos. Este, responde a um processo na justiça equatoriana pelo caso da invasão ao seu território. Hugo Chávez, presidente venezuelano, afirmou que caso Santos seja eleito presidente nas eleições do próximo domingo (20), isso apenas agravaria as deterioradas relações bilaterais.
O continente sul americano experimenta um período de governos progressistas e antiimperialistas, porém a Colômbia é a carta na manga do Tio Sam para intervir na região, como quando das instalações de bases militares em seu território.
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