28 de junho de 2010

Obama irá taxar bancos americanos


Da coordenação

Faz tempo que a tese de que “A mão invisível do mercado regula”  foi dissipada dos discursos liberais. Com as crises endêmicas do sistema capitalista e, o agravamento cada vez maior do setor produtivo em detrimento da especulação, o sistema capitalista busca alternativas para superar o seu dilema.





No último sábado o mandatário da maior potência imperialista do planeta, Barack Obama, discursou acerca da economia americana e soltou essa pérola: “"Precisamos impor uma taxa sobre os bancos que foram os grandes beneficiários da assistência pública durante a crise financeira, de modo que possamos recuperar cada centavo do dinheiro do contribuinte”. Não poderia ser mais sintomático, o presidente da maior nação capitalista, falar em taxação dos bancos. Que fique claro que isso ainda não foi aprovado pelo congresso.






Não nos iludamos, o valor ínfimo cobrado para os maiores beneficiados do dinheiro público durante a crise será de 0,15 % sobre os passivos das maiores instituições financeiras dos Estados Unidos. Se isso for colocado em termos comparativos com os muitos anos dessas suaves prestações, de certo que o valor estará longe do seu real. Em resumo, a crise foi creditada nas contas do trabalhador americano.





Isso não deixa de ser sintomático. A guerra fria acabou a 20 anos sepultando qualquer outro sistema que rivalizasse com o livre mercado. Parece que o oráculo que separa o real do ideal estava errado. O sistema capitalista demonstra graves sinais de esgotamento. O que não quer dizer que isso vá acontecer amanhã.

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