Por Diego Rabelo*
Na última semana me deparei com a caixa de e-mails lotada, mais uma vez, por conta de uns dois dias sem checá-la. Aquele caminhão de e-mails onde quase 95% são inúteis e descartados na mesma velocidade em que chegam lá. Os outros 5%, e-mails que tem alguma utilidade, continham diversas mensagens sobre o conflito ocorrido entre um jornalista da globo e o técnico da seleção brasileira, o anão.
Não vale muito adentrar ao mérito da competência do treinador, tampouco ao seu compromisso ideológico, que por vezes exacerba um fanático patriotismo do tipo caudilho a lá Brizola. Mas fiquei muito contente ao ver a TV Globo confrontada nos seus interesses. Convenhamos, isso não acontece todos os dias. A Global esta sendo obrigada a engolir a linha dura do treinador da seleção e isso é bom!
Após anos, décadas, tratando a seleção como uma propriedade privada, escalando, demitindo, exigindo e obrigando o país a assistir os jogos da seleção exclusivamente nos seus canais, vimos este ano algo diferente. Não diria que é o fim do monopólio, até porque as demais emissoras não o fazem pura e simplesmente por não terem tanta “bala na agulha”, mas, de certo, a fortaleza Global se viu balançada nesse mundial.
Como se não bastasse, na internet – essa maravilha contemporânea, se multiplicam e se organizam campanhas gigantescas contra o monopólio da emissora. O Twitter registra milhares de acesso ao “Cala boca Galvão”, aliás foi líder por vários dias. Agora foi o “Dia sem Globo”, no caso ao último jogo de sexta-feira. Qual será a próxima campanha?
Ah...se a moda pega... e pelo visto tem tudo pra pegar. Eu já aderi. E você?
*Rabelo é estudante de Museologia da UFBa e coordenador do Coletivo O Estopim!
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